Outro dia gloriosos para ir trabalhar. Sabe o melhor deles? Eu estou com um galo horrível na cabeça; culpa de quem? É, Jake. As meninas perguntaram o que houve comigo para eu estar com aquilo na cabeça, logo depois que sai da casa dele, morrendo de ódio. Eu ainda me pergunto o que eu tinha na cabeça de ter ido para a casa dele naquele noite, ter aceitado seu convite. Hoje eu tenho que ir trabalhar, ignorando a dor de cabeça que ainda sinto. E assim eu faço, durante os trinta minutos que tenho depois que acordo. Tomo um bom banho, visto uma roupa, preparo o café da manhã para as meninas, tomo uma vitamina de frutas e pego meu caminho até o trabalho. Uma coisa que não mencionei, é que cuido de crianças no período da manhã até o final na tarde quando vou para o clube. E assim sigo até a casa das adoráveis crianças.
Lá, sou recebida com abraços de Alex e Maria, de três e dez anos. Eu gosto muito deles, realmente muito, posso passar o dia inteiro com eles. Depois que seus pais saem, visto Maria, alimento ela com cereais e a caminho até o ônibus que a leva para o colégio; Alex fico comigo, almoçamos juntos, brincamos, assistimos TV e tudo mais juntos. Por volta de onze da manhã, preparo o almoço, mas sou interrompida pelo barulho do meu celular, uma ligação para ser mais específica.
-Alô?
-Olá. - uma voz familiar me alerta.
-Quem é?
-Não se lembra da minha voz?
-Eu devia? - por alguns segundos ninguém diz nada, mas eu me atrevo a adivinhar. -Jake?
-Isso. - seu tom de voz se torna um pouco mais agressivo. -Keaton me deu seu número. Eai, quer vim aqui agora?
-Estou trabalhando. E sinceramente, me esquece, só nos veremos quando você pagar o programa e olhe lá. Agora me deixe em paz.
-Não! - grita ele do outro lado da linha - Eu quero te ver Jade.
-Eu odeio hipocrisia e bom, vai se foder.Eu desligo o celular, já ficando aborrecida. Depois de algumas horas, termino de lanchar com Alex, e logo depois Maria chega. A ajudo com a lição e depois de mais algumas horas, seus pais retornam e eu sigo para meu segundo emprego. Agora só irei ver as crianças depois de amanhã.
O clube como sempre está lotado, bem lotado, principalmente por hoje ser sexta. Já começo dançando particularmente para um cara, mas ele não me toca, até estranho, porém agradeço. Estou voltando para a sala maior, quando esbarro em alguém.-Desculpa. - digo, mas ao ver quem é, sinto minhas pernas ficarem bambas.
-Jade, por favor, eu preciso conversar com você. - implora Jake.
-Some! - sussurro com o maxilar travado.
-Jade - Keaton aparece ao lado de Jake - Faça o que ele quer, agora! - ordena. Sendo ele meu chefe, tenho que obedecer.
-Oi Jake. - diz uma mulher, na casa dos vinte e cinco anos. Ela agarra ele de uma certa forma, que mais alguns minutos estão na cama. Jake sussurra algo no ouvido dela, que some entre os rapazes.Jake me leva até o quarto, e tira a camisa. Me pergunto o que ele está fazendo, e tenho certeza que trama algo. Eu sinto uma pontada de medo ao lembrar da noite passada, quando Jake me empurrou e bati a cabeça. Levo minha mão até o local; sua expressão passa de um dominador para um arrependido. Ninguém ousa dizer nenhuma palavra e esse silêncio é angustiante.
-Quer começar desde a primeira noite que nos vimos? - sugere.
-Só isso que tem a dizer? Então posso me retirar. - até tento ir embora, mas ele não deixa.
-Eu não queria ter te machucado Jade, eu juro, não sei o que houve comigo. Olha, eu gosto de você, desde há algumas semanas. Eu quero tentar algo contigo.
-Algumas semanas? Nos vimos ontem.
-Você me viu ontem, mas eu te acompanho há semanas, quando você estava dançando. Até perdi o jogo que estava ao meu favor. - Jake se aproxima de mim - Jade, você pode achar que sou um louco, que sou ruim, mas no fundo, você sente algo por mim.
-Tenho mais o que fazer, e acredite - antes que eu termine de falar, meu celular toca, e é minha mãe. Atendo. - Mamãe. - minha voz se torna meiga.
-Como vai Jade? - sua voz é falha.
-Eu sinto sua falta mãe. - sussurro segurando o choro.
-Filha, estou muito doente, muito e tenho pouco tempo de vida. Meu câncer voltou e ainda mais grave. Não sei se aguento tudo de novo, e meu único desejo é ter você comigo.
-Não mãe, de novo não. - e aquele sentimento de que algo ia ruim, se esclarece. Caiu no chão, apenas ouvindo minha mãe chorar e dizendo o quanto me ama. Eu desligo sem falar uma palavra. Jake senta ao meu lado e quando percebo, estou chorando em seu colo. - Eu tenho que ir até ela. - digo soluçando.
-Eu te acompanho.
-Não, você não pode. Ela não sabe que é disso que eu trabalho. - eu levanto, seco meus olhos. - Eu preciso ir pra casa e arrumar minha mala. - e vem a minha cabeça que hoje é final de mês, ou seja, eu não tenho dinheiro para ir até o Arizona. - Eu não tenho dinheiro pra ir. Ai meu Deus, por que não me ajuda? - pergunto olhando para cima.
-Eu pago. Não adianta negar. Vamos até a sua casa, arrumar sua mala e vamos pra minha, lá eu compro a passagem e vamos.Eu não recuso. Mesmo tendo medo de Jake me ferir outra vez, eu aceito. Por volta das dez da noite, chegamos no meu apartamento. As meninas perguntam quem Jake é e onde o conheci. Eu minto, digo que é meu amigo e que vai comigo ver minha mãe. Em alguns minutos estamos no apartamento do Jake. Minha cabeça lateja, eu começo a ficar tonta; sou medicada. Enquanto tomo um banho, Jake compra nossa passagens e depois eu durmo, desligando meu cérebro por algumas horas até que ele me acorda.
Sua mala está arrumada e em poucas horas fizemos o check in no aeroporto. Quando a mulher atrás do balcão entrega minha identidade, quem pega é Jake e ele faz uma cara de perplexo. Nos afastamos um pouco e ele diz:
-16 anos? 16 anos? Está brincando comigo não é? - sua testa de franze.
-Não, o que tem minha idade? - fico confusa e ao mesmo tempo com medo do que ele pode falar e fazer.
-Eu peguei você pra criar, só pode! - bufa Jake revirando os olhos, e de uma certa forma fico constrangida. -Você tem ideia de quantos anos eu tenho? - nego com a cabeça. -Eu tenho 20 anos! - exclama, sei o quanto irritado Jake está, e me afasto dele.Sozinha no banheiro, penso no que estou fazendo. Jake tem 20 anos, okay; ele é podre de rico, okay; isso é meio que pedofilia, o que é não é tão okay assim. Nunca pensei em perguntar a idade dele, já que me envolvi com caras com mais de 25, então prefiro não saber muito sobre quem paga por mim. Mas com Jake, eu não sei... Estou confusa. O conheci há dois dias, estou indo em uma viagem como ele! Estou procurando uma forma de morrer, só pode, principalmente porque ele se mostrou ser um homem bruto.
-Jake - estico meu braço, impedindo a passagem dele - Minha mãe não sabe do que trabalho, então por favor, não diga nada. Somos amigos. Pode ser? - ele afirma com a cabeça e entramos em casa. - Mãe, Kenny? - grito-os. Kenny aparece vindo da cozinha e me recebe com um abraço.
-Jade, estamos felizes em saber que você está aqui com a gente. - Kenny olha para Jake, e antes que eu diga algo, ele se pronuncia:
-Jake Sims prazer. Sou namorado do Jade.Escritora comenta
Olá gente, pelo visto aqui não tem como comentar cada capitulo a não ser nos comentários mesmo que talvez tenha pessoas que não os le, então fiz isso aqui pra falar com quem está lendo e agradecer. Algumas meninas me ajudaram com o inicio da fanfic e agradeço a elas também. Desculpem se tiver qualquer erro, e se tiverem sugestões, opiniões pra dar, estou aceitando, aqui ou no meu twitter @batesmotel e espero que estejam gostando porque estou me esforçando para isso
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Heart Out
Fanfiction"Tem hora que eu me arrependo de ter me envolvido com ele. Meu coração esquece que eu sou uma pessoa e sinto dor, e só inventa de amar gente ruim" Jade é uma prostituta sem sucesso na vida, até conhecer Jake. Mas ela vai aprender a lidar com as muda...