My Little Boy - Vinnie Hacker

Wake Up

Pov Vinnie

Peguei meu carro e todos entraram nele e fui às pressas em direção ao hospital.
Quando chegamos corremos em direção a recepção pra saber se Harry já tinha chegado.

- oi, eu quero saber se vocês receberam um paciente chamado Harry Miller? - pergunto.
- recebemos sim! Vocês são algo dele? - pergunta a moça.
- somos amigos! - digo.
- vocês podem seguir para a sala 5 no terceiro andar, ele entrou em cirurgia agora! - ela diz.

Corremos para a sala e vimos os pais de Harry chorando em um banco do lado da sala.

- ele está bem? - pergunto.
- ah, crianças que bom que vieram! - diz a mãe de Harry.
- o médico não disse nada, estamos esperando! - diz o pai do garoto.

Sentamos todos juntos ali esperando alguma notícia do garoto.
Se passaram 2 horas e nada de notícias de Harry. Já estava começando a ficar preocupado até um médico sair da sala onde supostamente Harry estaria.

- senhor e senhora Miller? - ele pergunta olhando para os pais de Harry.
- os senhores terão que ser fortes! - ele diz.

Quando ele diz isso a mãe de Harry chorou mais ainda. Meus amigos se abraçaram atrás de mim e meu corpo começou a suar frio.

- ele morreu? - pergunta Any.
- não, mas as chances dele viver não são grandes! - ele diz. - o garoto engoliu muita água e essa água ficou parada dentro dele. Nós conseguimos tirar toda a água mas ele só consegue respirar por aparelhos. Vai ser um milagre se o garoto acordar, eu sinto muito! - ele diz saindo dali.

Os pais de Harry se olharam e começaram a chorar se abraçando. Olhei pela janela vendo Harry ali dormindo, era horrível ver ele assim e eu não poder fazer nada!

Pov Harry

- vó? - digo ao ver minha vó na minha janela com meu violão na mão.
- Harry meu amor, você demorou! - ela diz.
- eu morri? - pergunto.
- claro que não! - ela diz. - por que você acha isso? - ela pergunta.
- por que você morreu! - digo.
- esqueça isso! - ela diz. - algo está te incomodando, me conte! - ela diz.
- tudo está tão difícil vovó, não achei que passaria por tudo isso! - digo sentando ao seu lado.
- Harry meu filho, na vida todos nós enfrentamos medos, é normal sentir esse sentimento mesmo sendo ruim! Mas saiba que é ótimo sentir um pouco de medo as vezes, porque esses momentos nos lembram como nossas histórias são especias! E quando você enfrenta seus medos, a vida deixa de ser assustadora meu amor! - ela diz passando a mão em meu rosto.

Chorava ao ver minha vó em minha frente, me tocando, era como se ela realmente estivesse ali.

- eu sinto sua falta! - digo soluçando.
- eu nunca sai de perto de você meu amor! - ela diz sorrindo.
- eu te amo! - digo abraçando ela.
- agora você precisa voltar, todos estão preocupados! - ela diz e minha visão fica preta.

E aí tudo voltou ao normal. Acordei num pulo vomitando água salgada. Vários médicos entraram ali e me olharam confusos. Olhei para a janela e vi meus pais e meus amigos me olhando com um sorriso no rosto e lágrimas acompanhando o sorriso.

- como? - pergunta um médico.
- o que aconteceu? - pergunto.
- vou te dar um remédio que vai te fazer dormi Harry, teremos tempo para te explicar tudo! - ele diz ejetando algum líquido no meu soro.

Meus olhos começaram a pesar até eu cair em um sono.

Pov Vinnie

Harry acordou! Eu estava muito feliz, tudo que eu queria era ir abraçar ele é dizer o quão assustado eu fiquei e com medo de perdê-lo!

- ele vai ficar bem doutor? - pergunta a mãe de Harry.
- como eu disse senhora Miller, se ele acordar seria através de um milagre! Agradeça a Deus por seu filho estar vivo, por tantas horas em baixo da água, não era para ele ter sobrevivido! Ele está dormindo agora, os remédios farão efeito já já, quando ele acordar vocês podem ir falar com ele! - ele diz sorrindo e vai para uma sala ao lado da nossa.

Mãe de Harry abraça seu marido com um sorriso no rosto em meio a orações e lágrimas. Any, Payton, Léo e Nailea estavam se abraçando, me juntei a eles e ficamos ali esperando Harry acordar.

Pov Harry

Parecia que eu tinha sido atropelado por um caminhão. Meu corpo estava pesado, não sentia minhas pernas e quase metade do meu corpo também não.

- ele acordou doutor! - diz uma enfermeira em um aparelho. - como você se sente Harry? - ela pergunta.
- com sono! - digo e ela ri.
- é por conta da anestesia, já já o efeito passa! Está sentindo suas pernas? - ela pergunta e eu balanço a cabeça em forma de negação. - isso é bom! - ela diz.
- eu não sentir minhas pernas é um sinal bom? - pergunto.
- sim! - ela diz sorrindo. - vou chamar suas visitas! - ela diz sorrindo e saindo do quarto.

Quando olhei para porta meus pais vieram correndo em minha direção me abraçar. Minha mãe chorava em meus braços e agradecia a Deus várias vezes.

- gente o que aconteceu? - pergunto.
- você não lembra de nada? - pergunta Any.
- cadê minha vó? - pergunto olhando ao redor da sala.
- filho, a vovó morreu, você sabe disso! - diz meu pai.
- eu vi ela! - digo confuso.
- filho, quando nós estamos em situações de vida ou morte é normal nós termos esses tipos de visão! - diz minha mãe.
- vida ou morte? - pergunto.
- você realmente não lembra de nada? - pergunta Léo.
- não, eu lembro de ter ido à praia com vocês e depois eu não lembro de nada! - digo.
- isso aconteceu por conta da batida na sua cabeça! - diz o doutor entrando na sala.
- que batida? - pergunta Payton.
- Harry deve ter batido a cabeça em alguma pedra no fundo do mar, por isso desmaiou! Estão vendo ali na cabeça dele, tivemos que fazer alguns pontos! A batida foi feia, foi o que eu disse, agradeça a Deus garoto por estar vivo, pois é um milagre! - ele diz.
- mas a memória dele vai voltar? - pergunta minha mãe.
- com alguns dias de repouso na cama sem fazer esforço, tudo volta ao normal! - ele diz sorrindo.
- graças a Deus! - diz minha mãe.
- agora eu preciso fazer mais alguns exames com o Harry, podem esperar lá fora! - ele diz e eles saem.

O médico faz mais algumas perguntas para mim e eu respondo elas.

- você poderá ir para casa amanhã Harry! - ele diz e sai da sala.

Meus pais e meus amigos entram na sala de novo.

- só amanhã posso ir para casa! - digo.
- vai ter que dormir aqui no hospital? - pergunta Vinnie.
- sim! - digo.

Agora eu sentia minhas pernas e meu corpo, mas junto com isso veio uma dor insuportável. Meu corpo estava cheio de curativos, seja lá o que aconteceu comigo deve ter sido feio!
Meus pais conversavam comigo enquanto Vinnie não parava de me olhar.

- crianças estão com fome? Vamos lá comprar algo, quer alguma coisa filho? - pergunta minha mãe.
- não, valeu! - digo com um sorriso de canto.
- eu também não vou querer nada tia Miller, vou ficar aqui com o Harry! - diz Vinnie.

Minha mãe assente e sai com meu pai e meus amigos para comprar alguma coisa para eles comerem.

- eu fiquei muito preocupado! - diz Vinnie sentando em uma cadeira perto da cama.
- eu tô bem agora! - digo.
- eu fiquei com medo de te perder Miller! - ele diz segurando minha mão brincando com meus dedos.
- ficou? - pergunto.
- muito! - ele diz olhando pra mim.
- foi tão ruim assim o que aconteceu comigo? Por que eu quase morri então deve ter sido feio! - digo.
- se você morresse, eu te mataria! - ele diz me fazendo rir.
- por que você faz isso hacker? - pergunto.
- isso o que? - ele pergunta.
- uma hora sai da minha casa puto comigo e não outra você está me amando! - digo.
- não sei, você tem esse dom de me deixar assim! - ele diz sorrindo.
- eu sonhei com você! - digo.
- erótico? - ele pergunta.
- não seu nojento! - digo fazendo ele rir.
- pelo menos eu estava bonito no sonho? - ele pergunta.
- desde quando você é bonito? - digo zuando com sua cara.
- nossa Miller, se você não estivesse internado você estaria muito ferrado agora! - ele diz sorrindo me fazendo rir. - não faz mais isso, foi a pior sensação que eu já tive! - ele diz me olhando.
- prometo! - digo segurando sua mão.

Minha mãe e meus amigos voltaram para o quarto trazendo algumas comidas para mim. Eu estava feliz em ter eles ali comigo, mas o que não saia da cabeça era os sonhos que tive com minha vó. Foi tudo tão real, eu estava conversando com ela e conseguia sentir ela. Foi uma sensação estranha mas ao mesmo tempo boa pois tive uma oportunidade de falar com ela!