1- Me aproximei de um famoso

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Vocês acreditam em amor? Porque eu sinceramente não! Quer dizer, eu pelo menos nunca amei ninguém e acho que nem vou. Mas filho de um francês romancista e de uma musicista de rua sou estranhamente perseguido pelo amor. Me chamo Eros, e adivinha, até a porra do meu nome é relacionado ao amor. Meu pai Nathan Cooper, conheceu minha mãe na adolescência entre intercâmbios, que ambos fizeram para Nova Zelândia.
Nathan Cooper era um francês charmoso, de cabelos castanhos e encaracolados e uma barba rala no queixo. Meu pai era um estilo brincalhão, estava sempre nos alegrando com palhaçadas e presenteando minha mãe, Alice, com rosas e outras coisas românticas. Meu pai faleceu a cinco anos atrás, o que fez de minha mãe perder sua essência. Eu sinto tanta falta dele. De suas idiotices e de sairmos para o shopping comprar besteiras. Ou dos momentos em que jogávamos beisebol, ou quando eu me apaixonei pela primeira garota e ele me deu suas dicas de conquista. Eu tinha treze anos e era tão inocente achando que viveria um grande romance. Mas a menina me deu um famoso pé na bunda e desde pequeno me traumatizei com isso.
Sou estranhamente cantado por várias meninas e meninos. Isso pelo fato de eu ter olhos verdes chamativos e meu cabelo ser encaracolado como de um anjo, as pessoas me acham bonito por tão pouco.
Eu nunca namorei, tenho dezenove anos, e estou completamente sóbrio de relacionamentos românticos. Bom, mas mudando de assunto, está chegando o natal, e eu e minha mãe sempre vamos à Paris passar o natal com os meus avós paternos. Suzan e Robert, um casal tão antigo quando a própria torre Eiffel. Eles estão juntos a mais de cinquenta anos. Suzan, é uma das grandes e renomadas pintora de Paris. Seus quadros de Surrealismo e Impressionismo faziam meus olhos brilharem quando eu era pequeno. E meu avô, é um empresário, quando novo fundou uma grande empresa de automóveis, La Chariot, que agora é do seu outro filho. Meu tio Henry, ele tem em torno de uns quarenta anos, é o famoso tiozão, brincalhão com um jeito extremamente sarcástico e explosivo. Meu tio era um homem que discutia muito, pelo menos meu pai dizia isso. Já minha mãe era dócil e gentil, sempre que podia ajudava tudo e a todos, eu nunca a vi levantar a voz para ninguém. Realmente era como um anjo.
Eu estava arrumando minhas malas, peguei minhas mais bonitas roupas. Queria que esse natal fosse diferente, minha mãe se encosta na porta do meu quarto e diz:
- Eros, logo irei chamar o táxi para irmos até o aeroporto, se puder dar uma aligeirada. – Minha mãe estava um pouco apressada. Me apressei e enchi a mala o mais rápido.
Descendo as escadas do prédio que morávamos, quatro lances de escada que acabara comigo até o carro. Entramos no Táxi e seguimos até o aeroporto.
Pronto estávamos a bordo, estava eu olhando pela janela, o quão alto passávamos. Eu adorava o céu, principalmente estando alto. Minha mãe morria de medo, então estava com seus fones bluetooth ouvindo a música o mais alto possível.
Chegamos finalmente ao aeroporto de Paris, a noite era repleta de estrelas, os lugares enfeitados pelo clima natalino, eu gosto do natal, ainda mais para vir a Paris. Mesmo sendo a cidade do amor e ser muito clichê, eu me sentia conectado aqui, ainda mais por ser a cidade em que meu pai nasceu. Chamamos outro táxi até a casa de meus avós. Eles moravam em uma casa grande que vendo a distancia brilhava com suas luzes de diversas cores presas na janela.
Minha avó estava na porta no esperando. Então saindo e levando a mala, ela me olha pegando minhas bochechas, ela vestia na mão uma luva feita de lã nas cores vermelho e verde. Seus cabelos brancos estavam quase que enterrados no cachecol. A neve estava intensa esse natal.
Após apertar minhas bochechas ela diz:
- Ohh meu pequeno Eros, como você cresceu de um ano para cá. Você está a cara de seu pai. Ele estaria muito orgulhoso. – Minha avó sentia tanta falta do meu pai, lembro-me que desde a morte dele ela sempre vai a igreja com sua foto para orar.
- Obrigado vovó, estava com muita saudade daqui. – digo a abraçando firmemente.

Nós entramos e fomos pelo corredor até a sala de estar, era grande e com uma grande lareira. A casa estava cheirando a Chester. Tudo combinava com o clima natalino, o sofá vermelho combinando com a arvore de natal e os enfeites. Estava lá meu avó Robert, com seus óculos na ponta de seu nariz. Robert era muito ativo, mesmo com a idade não perdeu suas forças. Sentamos então no sofá, minha mãe e minha avó foram até a cozinha que ficava no outro lado do corredor, e ficamos eu e meu avô de frente a lareira.
O clima era tão agradável aqui, meu avô então me olha e expande seus olhos e logo solta uma piada que nos faz cair na gargalhada. Ele então diz:
- Eros, sentimos tanta falta de você aqui durante esse ultimo ano, você sabe que é muito importante para mim e sua vó. Ele então suspira com um olhar um pouco triste. – Digo, estamos de portas abertas caso você queira passar mais tempo onde seu pai viveu. Ficaríamos felizes de termos você aqui por mais tempo.
- Obrigado vovô, eu realmente me sinto muito feliz quando estou aqui com vocês. Principalmente pelo fato de estar onde meu pai cresceu. Meu avô coloca a mão sobre meu ombro esticando seu suéter de lã verde. E Arrega-la os olhos, e novamente diz:
- Estava quase me esquecendo, eu tenho um presente para você. Ele então levanta e vai em direção a mesa de jantar, puxando uma sacola, ele tira da sacola um relógio, parecia antigo, mas com detalhes dourados no ponteiro e sua pulseira de couro. – Sabe esse relógio íamos dar a seu pai, mas você sabe, queremos que seja seu, é um relógio de gerações, foi de seu bisavô e ele passou para mim.
Abracei meu avô pelo presente e logo coloco o relógio em meu pulso. Eu estava tão feliz em ter uma lembrança do meu pai. Logo ouvimos minha avó, indo com a minha mãe carregando o chester e colocando por cima da mesa.
Sentamos na mesa do Jantar, eu estava de frente para minha mãe, logo demos todos as mãos e minha avó começou a orar agradecendo. Pego meu celular e aproveito o momento para tirar uma foto e postar nos stories do instagram. Minha mãe me olha e diz:
- Eros sempre conectado com as mídias socias. Ela abre um sorriso o que faz meu avô e minha avó se olharem.
- Esses jovens de hoje em dia sempre conectados com o futuro, daqui a pouco nascem sabendo mexer em um computador. Minha avó diz, dando gargalhada logo após.
- Ei, eu também sei apreciar as coisas não tecnológicas, como andar por ai observando a natureza. Isso é algo não tecnológico certo? - Digo em minha defesa logo abrindo um sorriso.
Rimos bastante, o tempo passou e decido ajudar minha mãe com a louça. Ela fez questão de lavar. Vejo ela enxugando os pratos. Observo seu olhar penetrante para a pia como se vivesse bons momentos naquele lugar.
- Ei, está tudo bem mãe? – Decido perguntar.
- Querido está tudo perfeito, é só que aqui me lembra dos momentos que tive com seu pai. E isso ainda me deixa morrendo de saudades.
Eu sinto a dor da minha mãe, meu pai era tudo para ela. Nós subimos a extensa escada de madeira, havia pelo menos uns três quartos, o quarto logo a frente da escada era o dos meus avós. E no fim do corredor próximo a uma pequena mesinha com um jarro branco com margaridas. Tinham duas portas uma de frente para outra, eram os quartos de meu pai e do meu tio na juventude. As portas arranhadas e marcadas com tintas, e adesivos. Iriamos dormir ali está noite. No quarto do meu pai. Meu pai era extremamente talentoso com beisebol, o que me fez aprender durante a infância. No quarto havia a escrivaninha polida e com marcar de arranhões e em cima havia os troféus que meu pai ganhara na sua juventude. A Cama estava perfeitamente arrumada. Minha mãe se deita. Eu não consigo dormir tão cedo. Então decido pegar meu celular e fico em baixo das cobertas mexendo no instagram. Quando recebo uma notificação de mensagem no instagram:

Meggy: Eiii Eros, como está indo aí? Vi sua foto comendo um chester que parecia estar delicioso!

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⏰ Última atualização: Jul 27, 2021 ⏰

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