Kagome, Kagome - Kim Seokjin

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Oi, gente! Pra ser sincera, publiquei esse capítulo sem querer kkkkkkkk. Mas já que já estão aqui, podem aproveitar à vontade! Agora estou escrevendo a parte 2 de Outlaw, mas vez ou outra escrevo aqui. Vou me empenhar mais nessa história quando acabar a citada acima. Por favor, aguardem!!

Amo vocês!!

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O "Kagome Kagome" se baseia em uma canção cantada em uma brincadeira infantil na qual há uma roda de amigos com uma pessoa dentro. A criança no meio da roda é denominada como Oni (demônio) e tem de estar agachada com os olhos vendados até que a canção acabe, para assim poder adivinhar quem é a criança que está atrás. Caso acerte, a pessoa toma o lugar do Oni anterior e prossegue a brincadeira.

— Estou com medo, não quero brincar — Hoseok comenta tirando onda.

— Então você vai ser o oni! — Yoongi diz sério. — Vamos jogar isso, ver se saímos do tédio um pouco.

— Deixa de ser chato! — Hoseok ri.

— Só vou brincar porque sei que demônios não existem — digo, e nesse momento vejo o Namjoon e a Somi me encararem.

Esse olhar foi esquisito...

— Você não acha? — pergunto à ela.

— Só estou participando para me enturmar, mas não fale o que não sabe. — é o que me responde.

Todo mundo achou que ela estava tirando sarro da minha cara, mas eu não acho que seja...

Hoseok se senta no meio da rodinha recém-formada e abraça os próprios joelhos.

— Vamos, isso é um jogo de criança, nem sei por que estamos brincando. — Jimin diz, e todos seguramos as mãos, formando um circulo em volta do Hoseok.

Todos começamos a cantar desanimados por isso ser muito bobo enquanto giramos.

Kagome, Kagome. O pássaro na gaiola.
Quando oh quando vai sair
Na noite de madrugada
O guindaste e a tartaruga escorregaram.
Quem está atrás de você agora?

Todos param de girar. Pelo que entendi, agora o Hoseok tem que dizer quem está atrás dele.

— Seokjin? — ele palpita e acerta.

E no momento em que escuto meu nome, sinto meu coração pulsar tão forte a ponto de doer. Eu vi o oni ali. Eu juro que vi.

Eu olho arredor, todos estão normais, ninguém está com medo do Hoseok, mas... mas eu vejo um demônio horrível ali.

— Monstro! — grito assustado e corro.

— O rapaz está dando a vida na brincadeira — Yoongi diz e ri.

— Agora você corre atrás dele! Vai, vai! — Jimin fala alto, e Hoseok começa a correr atrás de mim.

Ele não parece ter percebido o que se tornou, o cara parece um corvo demoníaco ou algo do tipo.

Olho para trás enquanto corro, e foi a pior decisão da minha vida, por não prestar atenção e acabar tropeçando no meu próprio pé.

No mesmo segundo, aquele demônio tropeça em mim, por já estar bem perto, e eu grito desesperado por socorro. Meu corpo todo dói, arde. Tenho certeza que isso não é culpa da queda... já que o Hoseok está voltando à forma humana e...

... minhas veias do braço ficam pretas, meio azuladas em algumas partes. Sinto que vou morrer.

— Calma, Jin. O que aconteceu? — Hoseok pergunta preocupado — É só uma brincadeira.

— Você não é mais um monstro — digo em choque.

Todos estão tratando isso normalmente, como se não conseguissem ver o que eu consigo.

Só a Somi estava me encarando com uma feição preocupada de longe, mas desviou o olhar quando viu que eu olhei para si.

— Não precisa disso tudo, cara. — Hoseok diz e oferece a mão para que eu me levante, mas eu ignoro e permaneço no chão.

— Chega de Kagome, kagome por hoje. Foi legal, mas o Seokjin ficou muito assustado. Melhor não brincarmos mais disso — Jimin diz sarcástico, achando a coisa mais engraçada do mundo.

Se eu visse em terceira-pessoa, com certeza também acharia, mas não é o caso.

Eu não consigo responder, estou muito assustado enquanto olho para para todas as veias à mostra na minha pele. Todas escurecidas e muito visíveis — apenas para mim, aparentemente.

— Ei, Seokjin. Você está bem? — o Yoongi se aproxima. — Seu joelho está todo fodido. — Ele também estende a mão para eu me levantar.

— Não me toca. — digo, e pela última vez olho para os meus braços, não aguentando o que estou vendo e correndo dali. Eu corri o mais rápido possível, e nenhum deles veio atrás de mim.

Só o Hoseok, enquanto chamava meu nome, provavelmente para se desculpar por ter tropeçado em mim, mas ele desistiu no meio do caminho.

Eu choro muito com isso tudo, chegando a tropeçar no próprio asfalto e cair por falta de atenção, mais uma vez. Meu joelho está latejando, e agora estou chorando sentado no meio do asfalto.

Sai sangue preto do machucado, e isso me deixa praticamente sem ar pelo nervosismo. Não posso ir ao médico, nem a lugar algum assim. Será que meus pais vão ficar com medo de mim?

— Sai de mim, sai de mim! — grito passando a mão pela minha pele machucada, mas minha mão também fica suja com aquele sangue. Estou em pânico.

Eu me levanto mesmo antes de me recuperar da queda e volto a correr até finalmente chegar em casa, onde eu corro para o meu quarto e me jogo no chão.

— O que está acontecendo? — pergunto para mim mesmo.

Eu só tenho dezoito anos, não quero morrer.

— Mamãe, mainha... — chamo pela minha mãe com muito medo. Queria que ela estivesse em casa.

Vou tomar um banho para me acalmar, mas assim que entro no banheiro, me assusto quando vejo meu reflexo no espelho.

Meus olhos estão muito avermelhados de tanto que chorei, pareço um monstro.

Grito desesperado quando percebo que mesmo esfregando minhas unhas na pele, minhas veias não voltam à coloração normal, ficando paralisado ali.

— Que tipo de brincadeira foi aquela?! Eu sou muito bonito, eu não quero ficar assim! — Digo com o coração doendo. Meu rosto está rachado de uma forma estranha, eu nunca me envolvi com o sobrenatural, mas acabei fazendo isso da pior forma possível, pelo visto.

Que porras vai acontecer comigo?!