Depois de um relacionamento tumultuado, cheio de traições e mentiras, Jason sofre um grave acidente que o deixa com uma amnésia de um ano. Ao despertar no hospital, ele descobre que sua vida está irreconhecível: pessoas que ama estão distantes, e ao...
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Acordei com uma luz forte queimando meus olhos. A visão começou a clarear, e percebi que estava em um quarto branco e estéril. O cheiro de antisséptico me fazia ter certeza: um hospital. Tentei me sentar, mas meu corpo parecia pesado, cada músculo resistindo ao movimento.
Olhando ao redor, vi minha mãe e... Lya? Esperei que a imagem dela sumisse da minha visão, mas não era um delírio. Ela estava lá, sentada no sofá ao lado da minha mãe, me encarando com uma expressão que misturava alívio e alguma coisa que eu não entendia.
**Lya? O que diabos ela está fazendo aqui?**
— Filho! Que bom que você acordou! — exclamou minha mãe, correndo em minha direção com lágrimas nos olhos.
Antes que eu pudesse responder, Lya veio logo atrás dela.
— Meu amor, você está bem? — Ela se aproximou, as mãos hesitantes. **"Meu amor?"**
— O que está acontecendo? — perguntei, confuso. — E onde está a Sarah?
Minha mãe trocou um olhar rápido e aflito com Lya. Havia algo que não estavam me contando.
— Filho... você sofreu um acidente de carro — explicou minha mãe com um suspiro, como se esperasse acalmar a minha confusão.
— Acidente? Eu machuquei alguém? — perguntei, o peito apertado. — Mas, mãe, cadê a Sarah? — Olhei para a porta, esperando que ela surgisse a qualquer momento. — E... Lya? Por que você está aqui? — perguntei, sentindo a confusão crescer.
Lya franziu o cenho, e seus olhos se encheram de lágrimas.
— Jason... você não se lembra? — ela sussurrou, com a voz entrecortada.
— Me lembrar do quê? — perguntei, com um frio no estômago.
Minha mãe se afastou, chamando um médico enquanto Lya começou a chorar, o que só aumentava minha frustração.
Logo, o médico entrou no quarto, segurando uma prancheta. Ele me observava com um olhar clínico e curioso.
— Jason, você pode me dizer quem são essas duas mulheres aqui? — perguntou ele, com um tom sério. — Por favor, com detalhes.
Estranhei o pedido, mas tentei me concentrar.
— Claro... Essa é minha mãe, Amy — apontei para ela. — E essa... é Lya, namorada do meu melhor amigo. — As palavras saíram automaticamente.
— Meu Deus... — murmurou minha mãe, a mão cobrindo a boca.
O médico assentiu e continuou, sem tirar os olhos de mim.
— Jason, você pode me dizer que dia é hoje?
— Hoje é 21 de novembro de 2020 — respondi, impaciente. — Posso ver Sarah agora?
— Jason — o médico fez uma pausa tensa — parece que você perdeu um ano da sua memória. Vamos precisar de alguns exames para entender se isso é permanente ou temporário.
Eu mal conseguia entender suas palavras. Um ano? Eu queria respostas, mas uma pergunta insistente me consumia.
— Mãe, por favor, peça para Lya sair. Estou desconfortável — disse, tentando ignorar a forma como ela me olhava. — E, mãe, pelo amor de Deus, onde está a Sarah?
Lya abriu a boca para protestar, mas o médico ergueu a mão e pediu para que ela saísse. A expressão dela era de mágoa, mas no momento isso não importava.
Quando ela saiu, virei para minha mãe, esperando finalmente uma explicação. Ela hesitou, as palavras parecendo pesadas demais para sair.
— Filho... — ela começou, com a voz fraca. — Você e Sarah terminaram há alguns meses. Foi complicado, e você estava... bem envolvido com a Lya desde então.
O impacto foi imediato. Senti o coração acelerar, um misto de choque e dor.
— Como assim... nós terminamos? Eu... estava com Lya? Isso é impossível! — Eu mal conseguia processar aquilo. Sarah e eu éramos inseparáveis.
— Aconteceu muita coisa, Jason. Vocês mudaram... E, bom, você e a Lya se aproximaram. Vocês estavam juntos quando o acidente aconteceu.
Minhas mãos tremiam. O que mais eu não sabia? Quantas partes de mim estavam perdidas nesse “ano” desaparecido?
O médico olhou para mim, com uma expressão de quem sabia que eu precisaria de tempo para aceitar aquilo.
— Jason, sugiro que façamos alguns exames. Vai ser confuso, mas podemos ajudar você a entender o que aconteceu nesse tempo.
Assenti, ainda atordoado. Minha mente gritava para que eu entendesse, mas a única coisa que eu conseguia pensar era no rosto de Sarah, esperando que tudo aquilo não passasse de um pesadelo.
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Boa noite, espero que tenham gostado do capítulo de hoje.
