prólogo.

176 16 3
                                    

Itália, Florença. 1:34 a.m.

A noite gélida, quase madrugada. As ruas vazias e silenciosas, somente com o som da brisa pairando sobre as folhas das arvores; bagunçando levemente seus cabelos meigos. Os sons repetitivos do salto batendo sobre o chão enquanto carregava sua bolsa de marca totalmente amostra. Carregava uma sacola recheada com dois frascos de vinho também no antebraço.

[Nome], uma das assistentes do Bianchi, o chefe da mafia da Italiana. Amante da dança, apaixonada por lutas de defesa pessoal desde sempre.

Arqueou uma das sobrancelhas suavemente ao notar um pequeno e quase imperceptível barulho atrás de você, mas continuou. Eram barulhos de passos, foram precisos apenas alguns segundos até que identificasse que estavam te seguindo, já havia se tocado do que estava prestes a ocorrer, mas permaneceu andando elegante e calma perante a rua vazia. Quando avistou um beco à sua direta, surgiu-lhe uma oportunidade. Tudo aparentava rotineiro, nada de muito anormal para uma das principais assistentes do chefe da principal máfia da italiana. Após adentrar ao lugar escuro, colocou gentilmente a sacola no chão e apenas aguardou o indivíduo se aproximar.

Uma bala, Apenas uma chance. Sacou a arma que havia em sua cintura, destravando-a e atirando.

- Na mosca. - pronunciou baixo guardando a arma em sua cintura com destreza em apenas um movimento.

De repente um barulho, um carro se aproximando, um frio na barriga se fez presente juntamente ao arrepio que percorreu por toda sua espinha. Nada como planejado.

- Merda.

A escuta estava dentro da bolsa, maldita hora para tira-la de lá. Mas [nome] não era tola; esgueirou-se no chão forçando um choro e, voilà.
O carro parou, e sim. O carro era exatamente como o esperado.
Modela caro, nada comum de se ver por aí, apenas pessoas de importante classe social o teriam. Um homem moreno vestido a um terno preto, de marca de grife se aproximou.

- M-moço, por favor. - A voz trêmula e embargada pelo choro em sua garganta, sinal de que tudo estava sob o seu controle. - Eu não sei, eu só... Ele veio pra cima de mim e eu perdi totalmente o controle. - Choro, choro e mais choro. As lágrimas salgadas deslizavam em sua bochecha trazendo o gosto salgado das mesmas até o canto de sua boca. - Me tira daqui, por favor. - seu volume diminuía conforme o decorrer da frase.
O moreno lhe encarava, sem dizer nada, nem uma palavra se quer.
Mas não desistiu, permaneceu chorando de "desespero" em frente ao mesmo. E como esperado, ele cedeu.

A mão do garoto logo surgiu em seu campo de vista para que servisse de apoio para levantar, ainda fingindo soluços e choros você aceitou o ato, colocando a mão sobre a do moreno, ele lhe puxa de leve para si e caminha até o carro.

- Acalme-se, eu a levarei para casa. -E  finalmente ele dirige uma palavra a ti, soou calmo e delicado abrindo a porta para que entrasse no banco do passageiro. O observou dar a volta no carro e, voilà de novo. Esticou-se para deixar sua bolsa ao chão, mais precisamente ao lado de seu pé. Nunca poderia negar, era ousada. Pegou um chaveiro que havia ali no painel discretamente. " - Ah, qual foi, ele nem vai perceber.". Sussurrou para si mesma.

Mas quem diria que um objeto tão singelo e ambíguo poderia lhe proporcionar experiências jamais contidas antes?

O poder, você o amava. Amava mais que qualquer coisa... Pelo menos era o que você pensava antes de se envolver com ele.

Pequenos erros podem nos proporcionar grandes desafios. E o que você havia acabado de fazer, lhe traria de volta ao passado.

Lembranças vagas e um ódio tomarão propriedade de seu ser, mas acima de tudo. Ele sabia quem era você? Sabia que quem matou aquele homem foi você? Sabia seu nome verdadeiro? Ele ao menos se lembrava de você?

"Finalmente te encontrei, Eren."


"Aquela garota na qual você costumava apenas observar enquanto sofria ao ver seus pais sendo abusados e torturados na frente dela, se tornou uma pessoa horrível. E eu te garanto, que você não quer se envolver com ela novamente."


Acima de tudo seu amor pela dança era o que a fazia continuar. Era terapêutico, era bom. Lhe fazia bem, Lhe fazia tão feliz quanto alguém já teria feito.

A complexidade dos movimentos. O som envolvente tomando conta de seu ser. Um dos únicos momentos no qual você realmente se deixava levar.


"Contenha as emoções!"


"Engula o choro. Essa porra de inferno é a sua vida, e nada e nem ninguém vai poder mudar isso!"


Todos... Idiotas.


Mataria cada um eles se tivesse a oportunidade de vê-los novamente. Todas aquelas palavras, aquelas malditas frases mandando-a se repreender, repreender suas emoções e sentimentos. Aquelas pessoas a fizeram assim. Ele lhe fez assim.

𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒅𝒂-𝒎𝒆 𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒅𝒂𝒏𝒄̧𝒂. - Eren Jaeger X Leitora.Onde histórias criam vida. Descubra agora