Papel toalha

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— Mas o que diabos aconteceu?? — Pergunto a mim mesmo sentado no leito do hospital tentando entender o que de fato tinha acontecido, não me lembro de ter feito ou comido nada que me fizesse tão mal ao ponto de me fazer desmaiar.. isso me foi muito estranho visto que eu estava completamente bem segundos antes de eu apagar. — Plagg? — Chamo meu Kwami ao ouvir um pequeno barulho vindo do armário que tinha ao lado da cama... E por falar em Plagg, não o vejo já faz um bom tempo.. — Plagg você está aí? — Pergunto novamente mas sou surpreendido apenas com o barulho da porta do quarto sendo aberta, o que me assustou.. era uma enfermeira, Paulinha na verdade.

— Oi querido! Te assustei? — Ela pergunta ao ver minha reação. Paulinha é a enfermeira que sempre me acompanha em todo e qualquer exame que eu venha fazer aqui no hospital... então já nos conhecemos bem.

— Não, tô de boa. — Respondo ainda olhando ao redor, ao tentar passar a mão por meus cabelos acabo sentindo o esparadrapo grudado em minha mão segurando a pequena agulha de silicone. — Você não acha isso um exagero? — perguntei apontando o acesso intravenoso em minha mão.

— Não ué. — Ela Sorri vindo em minha direção com uma mini bandeija — Você sofreu um desmaio, pode ter sido por desidratação, então por enquanto que não sabemos os reais motivos estaremos te hidratando. E eu vim trocar  seu soro. — Ela pega o recipiente já vazio do poste ao lado da cama e troca por outro cheio. — Prontinho. — Ela diz. — Agora vou verificar sua pressão e temperatura. — Ela põe o termômetro na minha axila de um lado e confere a pressão do outro.

— Eu não tô desidratado, eu estava bem... Isso não faz sentido algum...

— Nathalie disse que voce sentiu dor de cabeça mais cedo, sentiu dor em mais algum lugar, tontura, febre ou algo do tipo? — Ela pergunta regulando o ritmo do gotejamento do soro.

— Não... foi só a dor de cabeça, e eu também estava muito cansado.. mas foi resultado de um dia agitado... sem falar que Nathalie me deu remédio pra dor, então eu estava bem...  Paulinha, quanto tempo eu fiquei apagado?

— umas dez, onze horas eu acho...

— Isso tudo?!.. — Digo assustado — Que horas são?

— Hmm.. — Ela para por um instante pra checar seu relógio de pulso que estava escondido pelas mangas do jaleco — nove e oito da manhã.. — Ela fala e eu apenas a encaro incrédulo... como que eu dormi isso tudo? Será que eu estava tão exausto assim?

— Prontinho... tá tudo ok. Até mais tarde querido.

— Até... — Falei me endireitando na cama

— Ah... já ia esquecendo — Ela diz dando meia volta — Mais tarde você terá que fazer alguns exames... entre eles raio-x e tomografia, então terá que retirar e guardar tudo  que tiver por aí de ferro tá? Um zíper, botão, piercing ou qualquer outra coisa que tiver ferro, alumínio ou algo parecido...

— Não tenho nada assim... e não uso piercing.

— Não tem é? E esse anel aí? — Ela pergunta apontando minha mão

— Ele não é de ferro...

— E de que é?

— Não sei. — Falo encarando o anel em meu dedo

— Ué... se não sabe, melhor retirar. — Ela diz indo em direção a porta novamente.

— Não tem como eu fazer os exames usando ele?

— Adrien, Não se preocupe, você só vai ficar sem ele por no máximo uns 30 minutos. É por pouco tempo... — Ela abre a porta. — Volto daqui a pouco.

As Aventuras de Ladybug e Cat NoirOnde histórias criam vida. Descubra agora