Imagines: Free Fire

-Lucca-

S/N = seu nome.
S/A = seu apelido.
S/S = seu sobrenome.
Pedido: edina675
>Boa Leituraa!<

—♤—

Dizem que quando morremos a nossa vida passa como um filme, ou até os melhores momentos dela, e foi assim que foi comigo.

Cada segundo, era um momento que vinha mente, e  até o que o filme de minha vida está bem editado.

- Amoooor... me devolve o controle! - falo irritada.

- Só se me der um beijo! - Lucca responde enquanto ria alto.

Eu me lembro desse dia, estavamos tão felizes, eu queria assistir Truque de Mestre, por ser meu filme favorito. Só que aviamos assistido ele antes de ontem, e então ele roubou o controle da televisão.

- Amor vamo ver... Anabelle?! - ele sugere em cima do sofá.

- Nãooooo! Esse filme é horrível! - falo tentando pegar o controle.

Aquele dia corremos pela casa inteira, por conta desse maldito controle, e no final assistimos um filme de comédia qualquer, dormimos e nunca terminamos o filme.

...

Eu pisco e me vejo dentro do hospital outra vez, e escutava o som dos meus batimentos cardíacos, tento procurar Lucca ou até mesmo meus pais, e não acho ninguém, como fui parar ali? O que aconteceu? Porque minha costela doi tanto?

Em questão de segundos olho pro lado, e não parecia que eu estava no hospital, porque estou usando headset?

- Oii s/n? Da pronto ai! - escuto a voz de Lucca no fone.

- Caralho você joga muito! Assim eu me apaixono! - Lucca fala.

- Vish! É gado. - falo rindo.

- Eu gado? Sou realista, princesa. Tu é de onde? - ele pergunta.

Meu Deus esse dia foi quando conheci Lucca, aquela foi a nossa primeira partida juntos, ele me tirou tantos sorrisos, meu dia tinha sido uma merda, e ele me fez tão bem.

Queria ficar ali com ele para sempre, essa risada, é a melhor coisa que posso escutar. Ele sim, sempre soube me fazer feliz, nos meus piores momentos.

...

Eiii porque tá tudo preto novamente? Porfavor alguém me ajuda minha costela arde, e-eu... Eu não posso morrer.

...

-Sorria para a foto pequena! - uma voz fofa diz.

Minha v-vó? E-eu me lembro disso, eu estava tão chatiada por tomar vacina, que minha vó quiz me levar ao shopping, minha mãe odiou essa ideia. Eu acho que tinha uns 6 anos, não me lembro.

- Vovó! Queria um sorvete... meu braço doi! - falo dramática.

- Claro, depois vamos lá pegar esses homens mals que machucaram minha netinha! - ela diz me fazendo rir.

Sinto tanta saudade dela, sempre me motivou em tudo, com ela não tinha hora ruim, e eu era muito mimada, acho que era uma das coisas que mais me sentia feliz.

- Vovó! Quero sorvete de creme... NÃO... eu quero sorvete de chocolate... NÃO... de morango! - falo bastante indecisa.

"Pode ser um napolitano para ela, e para mim... me vê qualquer coisa que não seja chocolate..." era isso que ela sempre falava. Eu sempre imitava baixinho e ela sorria para mim.

Aquele sorriso, como sinto falta dele, será que vou ve-la agora? Eu estou tão confusa.

...

- Mãe passei na faculdade! - falo feliz.

- Ai meu Deus, precisamos sair para comemorar! - ela responde me abraçando forte.

A felicidade da minha mãe ao saber que eu entrei na faculdade, ela achava que eu não iria cursar nada, mas um dia me deu uns cinco minutos e fiz a prova, passei.

...

Essa dor... Essa maldita dor! Alguém tira ela de mim.

- Estamos perdendo a pulsação! - escuto uma voz masculina.

- Afastem! 3...2...1! - escuto uma mulher e logo um choque.

- Nada!

- Afastem! 3...2...1! - escuto a mesma voz de novo seguida do mesmo choque.

- Os batimentos estão subindo! - o moço diz.

...

Acordo novamente, e rapidamente o médico enfia uma luz em meus olhos, eu o encaro brava.

- Você se lembra de como veio parar aqui? - ele pergunta.

- E-eu, só lembro de estar no carro com meu namorado e uma luz vir do lado da minha janela! - falo preocupada.

- Ok! Isso aconteceu, a um mês! Você estava em coma... Seu  namorado está bem, ele foi pegar algo para beber, vai ficar feliz te vendo acordada. - o médico explica.

Assim que términa de falar, Lucca aparece na sala, e eu sorriu muito feliz, eu não morri! Aquela dor avia passado estava bem.

- AMOOOR! PUTA MERDA VOCÊ TÁ BEM. - ele grita feliz.

- Ué! Não vai se livrar de mim tão fácil!- eu respondo e o médico ri.

- Vou deixa-los a sós! E s/s, vamos te observar por alguns dias e fazer alguns exames, logo terá alta. - o doutor explica e eu concordo com a cabeça.

...

Três dias aviam passado, só mais um eu voltaria para casa, Lucca estava tão animado com isso, eu também já estava cansada daquele lugar.

Estavamos decidindo o que comer na janta, e pra minha infelicidade eu senti uma pontada na minha costela, mais uma vez. E dessa vez era tão forte, aquilo estava me matando.

- Lucca chama o médico, rápido! - falo enquanto tento respirar fundo.

- AMOOR! Calma vou... - ele diz saindo do quarto e indo pelos corredores gritando.

Enquanto isso, meu corpo aos poucos doia mais e mais, meus olhos enxiam de lágrimas pois sabia que aquele era meu fim. Minha visão foi ficando cada vez mais escura, os médicos já aviam aparecido, Lucca tentava chegar perto de mim desesperado, e os seguranças tentavam segura-lo. E minha vista ficava mais e mais, escuras até escutar:

- Perdemos ela...

E foi assim que morri.