𝗖𝗵𝗲𝗿𝗿𝘆 𝗕𝗼𝗺𝗯

Our Love

Cindy

Dessa vez, depois de 6 anos, finalmente tivemos um beijo decente. E foi bem diferente de quando tínhamos 12 anos. Ela me beijou com vontade. Uma vontade que claramente estava reprimida durante todos esses anos. Uma vontade que mesmo eu negando, também reprimia. Sua mão direita foi parar em minha cintura, e dava leves apertos. Enquanto a mão esquerda colocava delicadamente um fio de cabelo atrás da minha orelha, e seguia acariciando meu rosto. Eu coloquei uma mão em seu cabelo, e acariciava aquele cabelo curto e macio. Eu estava meio envergonhada, e não sabia o que fazer com a outra mão.

- Ei, cherry... Não fique tensa, pode me tocar aonde quiser.- ela pega minha mão e a leva para duas costas.

Continuamos o beijo, ela intensificou colocando a língua, e quando eu vi, sua mão que antes estava em minha cintura, já tinha decido para minha bunda. Eu deixei. Eu não sei, não gostava quando Tommy o fazia, mas Lice...ela podia fazer o que quisesse. Eu nos separo, por conta da falta de ar. E, depois dessa separação, lembro-me do porque estávamos ali.

- Lice! Nós precisamos sair daqui, precisamos salvar o acampamento!- Nesse momento, vejo que ela estava tirando seus braceletes pretos.

- Burman eu... Só queria confessar algo, tudo bem? Eu sei que não é o momento mas, você foi tão sincera então também preciso ser...- Ela fala, já havia tirado os dois braceletes. Eu apenas concordo com a cabeça, sem saber o que estava por vir.

Alice

Eu precisava mostrar pra ela. Não como uma maneira de faze-la se sentir culpada, mas sim ser sincera sobre o que sentia também. Estendo meus pulsos e vejo a garota me encarar, com os olhos vermelhos.

- Olha cherry...eu não quero que se sinta culpada! Por nada disso! E antes que fale qualquer coisa, eu não quero um pedido de desculpas... Eu te conheço, sei que estava prestes a falar um monte sobre como errou comigo naquela época! Mas eu também não fui certa. Eu não procurei entender o porquê de tudo aquilo. Eu só escolhi te odiar por ter se afastado, eu escolhi isso!- faço uma pausa, para respirar- Eu comecei a me cortar  uma semana após eu ser suspensa, mas eu nem ligava pra isso! Afinal eu era...e ainda sou, uma rebelde sem causa. O que mais me doía era ter sido abandonada por você. Mas eu nunca tentei parar para entender... Eu ainda te amo, Cindy. Todas as minhas provocações, te chamar de dedo- duro, te tirar do sério, durante todos esses anos, foram só a maneira escrota que achei pra tentar dizer o que ainda sentia.- Eu termino de falar, e abaixo minha cabeça. Mas, mais nada poderia me surpreender hoje. Cindy se aproxima, e ergue meu queixo, me depositando um selinho nos lábios, como se ainda tivéssemos 12 anos. Foi mágico, nostálgico... Porra foi muito bom.

- Sabe...- a garota começa a falar, se afastando um pouco, de cabeça baixa- Quer saber como suas provocações me deixavam...?

- Eu já sei, querida...- faço uma expressão angustiada- Te deixavam... Irritada.

- Excitada.- fala ao mesmo tempo que eu, e olha nos meus olhos, séria- Me deixavam excitada. Exceto uma, ver você transando com o Arnie me deixou irritada sim. Parei para pensar que poderíamos ser nós duas... Nos divertindo, transando, bebendo... Como havíamos prometido.

- Eu deixava Cindy Burman com tesão quando falava...assim?- eu falo, no mesmo tom provocante e debochado que usará antes para provocar a garota, e me aproximo dela.

- Sim... Deixava- Ela me rouba um beijo. Mas não um selinho inocente, era um beijo mesmo. Quente, excitante, desesperado eu diria. Podia sentir que o que a garota falava era verdade.

- Cindy, gatinha...- Sinto ela descer beijos pelo meu pescoço. Da onde surgiu tanta coragem? E... Espera!- Cindy Burman... Você... Já transou? Com o Thomas?- Falo, e imaginar os dois em um ato assim me deixava irritada, e deixo isso transparecer em minha fala.