color blue [jikook]

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🌹 Olá leitor, esse é um aviso que terá uma cena descritiva de um ataque de pânico, deixarei outra rosa para marcar o parágrafo e assim você pode escolher não ler.

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Depois de uma manhã entediante de aula, Jimin levantou da cadeira, esticando os braços e logo depois esfregando os olhos com as costas das mãos. Os alunos se dirigiam à saída da sala de aula sonolentos, muitos ainda não se acostumaram a acordar tão cedo depois das férias. Um rapaz da cadeira ao lado riu da situação de Jimin.

— Dormiu bem, Ji? — ele perguntou, mostrando ter certa intimidade com Park, fechando seu livro e levantando-se também.

— Não, essa cadeira é horrível para dormir, minhas costas... — ele fez um movimento e suas costas estralaram alto. — Acho que vou passar a noite treinando, você vem?

O rapaz olhou para a tela do celular ao receber uma notificação, sorrindo enquanto digitava uma resposta e logo voltou a olhar Jimin.

— A noite? Não podemos ir agora à tarde? Vou estar ocupado essa noite.

O menino fez um gesto com a mão, apontando para o celular e Jimin entendeu. Seu amigo passava mais tempo com qualquer ficante do que com a própria família, um pouco pior que Jimin. Afinal, eles se conheceram assim também, depois de uma transa. Esse rapaz se chama Minhyuk, um aluno da mesma sala de dança de Jimin. Eles simplesmente fingem que nunca aconteceu nada entre eles e continuam com a amizade.

— Essa tarde não posso, tenho um compromisso. - Jimin sorriu, dando uma piscadela. — Até amanhã então.

Jimin se despediu e seguiu os poucos alunos que estavam saindo também. Conversou brevemente com essas pessoas e caminhou rápido para o térreo, parando em frente ao jardim, mesmo lugar onde encontrou o novato de manhã. Acabou por lembrar que não havia marcado o local nem o horário que os mesmos se encontrariam, nesse momento ele se arrependeu por não ter sido descarado ao ponto de pedir o número alheio. Então espero ali mesmo, olhando as plantas que cultivava desde o primeiro ano. Estavam tão bonitas que nem pareciam de verdade, cores tão brilhantes quanto tinta e folhas reluzentes. Ele se agachou para apreciar e, depois de observá-las por um tempo, notou que uma das flores tinha as pétalas em um degradê de azul e lilás. Um tom ciano que se estendia enquanto se tornava mais claro até a ponta arroxeada daquelas pétalas delicadas. Não lembrava o nome da flor mas foi um presente de Taehyung, de fato não era uma flor comum. Ficou tão hipnotizado com aquilo que quase não notou uma voz o chamando. Jungkook estava atrás dele.

— Ah, é você! Como foi a aula? – Jimin perguntou, levantando, com um pouco de vergonha por ter sido visto assim.

— Foi legal. O que estava fazendo? – Jeon se inclinou para ver as flores e Jimin logo se pôs na frente.

— Eu? Nada! Vamos, me deixe te mostrar o prédio principal. – E então segurou o menino pelos ombros, o virou e seguiu pelo corredor ao seu lado.

Os dois andaram pelo corredor do térreo por um tempo. As paredes decoradas e as várias plantas ao redor prendiam a atenção de Jungkook, que parecia estar visitando outro mundo. Ele parecia tão animado quanto uma criança em um parque de diversões.

Pararam em frente à uma sala com a porta colorida à tintas de diversas cores, quentes e frias. O mais novo parecia chocado olhando para a rebeldia da porta e Jimin o achou adorável. Abrindo a porta e seguindo na frente, Jimin andou um pouco pela sala, encarando o canto da mesma. Jeon foi logo atrás devagar, com medo de que fizesse muito barulho ou quebrasse algo.
A sala era cheia de tripés de madeira, com um quadro apoiado em cada uma delas. As paredes eram extremamente brancas, os únicos espaços da sala que não tinham manchas coloridas. Porém era tudo para compensar as pinturas dos quadros totalmente cheios. Alguns eram retratos muito bem feitos de alguém, outros eram paisagens rurais e urbanas, feitos por pessoas que realmente dominavam a técnica do realismo. O chão embaixo de cada tripé era coberto com jornais sujos pelas tintas e havia várias cadeiras espalhadas. Pode-se dizer que era um lugar bagunçado mas Jungkook parecia entender totalmente o contrário, estava fascinado, os quadros tomaram toda a sua atenção. Jimin cruzou os braços ainda olhando em direção ao canto da sala, onde havia dois tripés próximos e parecia haver alguma coisa entre eles se movendo.