Oi anjos, dedico essa linda one a Lis, e obviamente ao próprio Harry pois hj é niver dele.
Boa leitura!
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O moreno estava novamente atrasado para mais uma de suas aulas, havia acordado tarde e se desesperou se arrumando e correndo comunal a fora. Precisava chegar na sala de feitiços e a cada passo que dava parecia estar mais longe.
Harry não notou em que momento fechou seus olhos tempo demais ao virar mais um corredor e bater em alguém se machucando no impacto corpo a corpo. Por sorte nenhum dos dois vão ao chão.
— Potter, está cego!?— fala Draco com todo o peso de escárnio na voz.
— Desculpe, Malfoy — sinceramente Harry não estava muito interessado em começar uma discussão agora, apostava muito que Draco possuísse uma desculpa para vadiar por aí, mas ele não.
— Atrasado de novo, Potter? Talvez devesse pedir ajuda para seus amiguinhos para lhe acordarem, quem sabe assim da próxima vez poupe alguém de trombar com você.
— Devia calar a boca — Harry suspira estava com sono, adrenalina no corpo e desesperado para sair dessa situação e chegar na aula de flitwick —, é mais bonito com ela fechada.
Malfoy se surpreende com a fala de Harry, o mesmo parecia nem ter notado o que proferira até enxergar o espanto no rosto do loiro e constatar que não havia apenas pensando assim como também falado.
— Está brincando com a minha cara? — Draco recompõe-se e sua face toma um semblante irritado. Potter engole em seco no segundo que o loiro o puxa pela gravata desleixada.
O moreno não sabia o que dizer e claramente entra em desespero, evitava ao máximo os olhos cinzas de Draco e ignorava o fato da respiração esquentar sua pele.
O silêncio toma o ambiente porque em algum momento Draco também se perde nos traços faciais de Harry e em seus cabelos negros bagunçados.
O aperto da grava afrouxa, embora puxe Potter um pouco para frente o forçando a dar um passo.
E assim como todo o clima foi criado de repente ambos, esmeralda e tempestade, se encaravam intensamente em um profundo vínculo.
Uma corrente elétrica viva percorre da ponta dos dedos aos nós de Draco quando ele resiste à tentação de tocar na pele de Harry. A mesma sensação é passada ao moreno que sente seus pelos arrepiarem e o estômago embrulhar.
Sorrisos bobos surgem nas faces dos dois rapazes, contudo estão tão absortos um no outro que passa totalmente despercebido, até o momento em que Harry desvia o olhar aos lábios finos de Draco e congela em uma expressão ansiosa.
Malfoy expande o sorriso se aproximando mais do rosto do menor acariciando com o polegar a bochecha macia e rubra do mesmo.
— Draco...
— Cala a boca, Potter — O som rouco acaricia os tímpanos do moreno e dispara seu coração na ânsia de sentir o gosto da boca do rapaz a sua frente.
A sensação o leva à loucura, antes mesmo de alcançar o céu com o toque suave em sua nuca e os lábios gelados em sua boca.
O leve sabor de menta, o cheiro de colônia cara e amadeirada e o sentimento de encaixe e pertencimento. Se havia um lugar para Harry estar era ali, e não em uma bancada ao lado de Hermione e Rony na sala de feitiços...
— DRACO! — Harry interrompe o beijo para encarar os olhos perdidos e magoados de Draco por ter sido tão bruscamente arrancado de seu paraíso.
— Potter, eu...
— Não, Não diga mais nada porque sinto que a próxima coisa que sair da sua vai me impedir de chegar na aula de feitiços!
— Harry? — O loiro o olha em dúvida.
— Não, Draco eu nao posso eu preciso...
— Harry hoje é sábado! — o loiro o interrompe notando que ele estava a segundo de um pane completo. Sua cara de duvida foi tão hilária que Draco não resistiu em rir.
— Então... — o moreno desvia o olhar com vergonha — Por que falou que eu estava atrasado?
— Eu vi Granger e o Weasley indo para Hogsmeade e presumi que vocês teriam alguma coisa de grifinórios para fazer.
— O que? Não, eu achei que... — Harry parecia meio decepcionado até o momento em que o rubor volta em sua face.
— Então... quer dizer que o grande Harry Potter gosta de mim? — fala Malfoy com sua pompa.
Harry abre e fecha a boca pensando em uma justificativa, em uma resposta, Porra! Qualquer coisa que o levasse embora todo esse constrangimento que sentia.
O coração acelerado, a respiração descompassada, o burburinho no estômago, a ansiedade...
Todos sinais que indicavam que sim, Harry Potter gostava de Draco Malfoy, o que lhe restava saber para afirmar é se Draco Malfoy gostava de Harry Potter também.
Ele o beijou, não? Então isso seria um sim? E se não passasse de uma brincadeira.
A mente de Harry de novo ia e voltava se enchia de esperança e logo um pensamento paranoico a arrancava de si.
— Harry — Draco chama e apenas nesse momento o moreno notou seu nome saindo dos lábios do Malfoy.
Os lábios que havia acabado de beijar, os lábios que sempre o xingava e o menosprezava e que havia acabado de beijar.
— Harry, eu também gosto de você — ele finaliza com um sorriso singelo.
Draco o observava em busca de reciprocidade, insegurança tomava seus olhos tempestades pela falta de ação do cara por quem ele havia acabado de se confessar.
O moreno ainda estava raciocinando se realmente escutou aquilo, se tudo isso estava realmente acontecendo ou se não passou de um sonho e que ele iria acordar na maca da enfermaria por ter caído e batido a cabeça forte demais.
Ele dá uma leve beliscada em seu braço ainda encarando a confusão loira a sua frente e ao constatar de que aquilo é real ele expande um sorriso, um brilhante e lindo sorriso.
— Eu também gosto de você.
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Espero que tenham gostado, ficou tão soft...
vem coisa ai meu povo
Até a próxima!
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Devia calar a boca
FanfictionTer uma rivalidade tempo suficiente para vê-la se transformar em paixão É estranho pensar que amor pode ser tão facilmente confundido com raiva ou aversão Raiva da língua afiada e audaciosa. Raiva dos olhos sagazes. Das atitudes estupidamente co...