The Pale Devil

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(Atenção esta Historia contem conteúdo pesado, pode gerar gatilhos)

White Devil in Snow

Era 28 de julho e a neve estava no seu auge, mas ao mesmo tempo no limiar do seu fim, está situação era como um dejavu, Acordei consideravelmente cedo, os raios de sol do inverno invadiam minha cama e acalentavam meu corpo, apesar do calor afável e acolhedor eu estava sozinho. Tentei levantar mas a pressão do dia me fez bufar e rolar mais um pouco na cama, olhei para o lado e fitei meus olhos no vazio.
- ele deve estar trabalhando...
Pensei comigo, levantei então e caminhei até o banheiro, abri meu kimono o largando no chão, entrei no box ligando o chuveiro sentindo a água quente cair sobre minha cabeça, na minha frente, o reflexo no espelho da minha pele pálida levemente avermelhada pela temperatura da água. Na minha mente uma lista de tarefas corriam desenfreadamente em meus pensamentos de forma que perdia.
" Levar Thomas na aula, mandar trocar a fechadura do restaurante, comprar plantas novas, tomar café com o diretor a tarde, visitar a clínica. Comprar, presente do dia dos pais...?"
Este último pensamento me pegou de surpresa, desde quando eu comemorei isso? A minha vida tinha sido transformada tão rápido nesses últimos anos.

Após uns minutos contemplando o nada, sai do chuveiro e me olhei no espelho embaçado, a imagem destorcida sumia a média que o vapor ia embora, revelando o corpo esguio e delicado, e as cicatrizes, eu gostava de cada uma delas, eram as marcas de que vivi até ali, exceto uma, aquela nas minhas costas, apesar de ser a primeira eu a odiava. Antes de sair do banheiro percebi o kimono no chão.
- estou ficando igual o Keigo... Passando a largar minhas roupas no chão, o que faz a convivência né, é convivência...
Peguei ele do chão, e o coloquei no cesto de roupas sujas, fui até o closet procurando algo para vestir, como estava frio fui direito aos termos de lã, como eu era facilmente camuflado ao ambiente cheio de neve, minha personalidade provocante falava alto, peguei um terno vermelho de espinha de peixe, as botas de neve com correntes e um sobretudo cinza com capuz, a camisa seria de seda preta sim colete grafite tudo muito básico eu diria.
Com a roupa escolhida, agora era hora da maquiagem, nesta parte eu já não era tão criterioso, um lápis de olho e um batom de glos apenas. Uma vez pronto eu fui até o jardim no terraço para fumar e tomar café, logo Thomas acordaria e ele odeia me ver fumar.
- Acho que vou fazer um espaguete com fricassê, eles gostam de massa e é bom cortar a carne vermelha do cardápio, estão ficam muito carnívoros.
Um vento gelido tomou conta do ambiente, correndo por mim tão forte que mesmo tragando o cigarro fui surpreendido  deixando o cair, soltei a fumaça e meus olhos ardiam um pouco, esteva tão frio, tão frio quanto naquele dia.

O pacto com Demônio

16 anos atrás:
Nessa época eu era recém saído das ruas, minha aparência me fez ser posto a provação desde sempre, fui jogado nas ruas ainda bebê e pulei de lar em lar adotivo, até então ser posto na rua de vez a própria sorte, e sorte era meu negócio, apesar da minha aparência vilanesca meu poder era meu ponto de  equilíbrio perante a balança da vida, eu podia manipular a sorte ao meu bel-prazer e foi por este motivo que fui obrigado a fazer um pacto com um demônio para sobreviver, mesmo para a sociedade eu ser o demônio pelos chifres e olhos negros, aquele cara era o verdadeiro demônio, Shinji Watanabe o chefe de um puteiro chinfrim nos arredores de Kyoto, sua aptidão para negócios ruins só se equiparava a sua malicia e luxúria.

Me adotou, deu me de comer, nome e moradia, em troca... Bom em troca, eu o lhe dei a minha alma e com ela todos os direitos possíveis e imagináveis sobre minha existência, parece chocante né, mas isso foi o braseiro para a figueira do meu ódio. De início era fácil, eu apenas tinha que manipular os jogos do cassino para que a casa ganhasse, ah sim agora ele transformou o puteiro num cassino, e claro os negócios começaram a ficar muito bons, o suficiente para a Yakuza querer bancar e investir em tudo, não demorou para eu ser chamado de talismã da sorte dele, e talismã tem que carregar junto de si, de dia manipulação de jogos, a noite exploração do meu corpo, infelizmente minhas feições além de um monstro demôniaco, eram também delicadas e suaves, a ponto da imaginação sadista daquele maldito ficar bem entretida.
Seus toques ao meu corpo eram bruscos e sem tato, teu olhar ao meu corpo era puro desejo de luxúria, sempre viu meu corpo como algo em que ele pudesse se entreter e aliviar a tensão de um dia pesado. Me vi muitas vezes de início obrigado a me submeter aquilo, afinal eu tinha moradia, alimentação e alguns mimos.

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