Cativa-me

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Cativa-me, disse me o ódio em tua forma mais pura ao pé do ouvido. Perdoa-os contrariou o Amor. O ódio então sorriu e olhou em sua direção por uns instantes antes de proferir tuas cruéis palavras.

– Para que perdoa-los? Alimenta-me e  serei aquele que te levantará quanto o amor tentar lhe iludir, quando a Alegria te forçara a pensar em coisas sem cabimento e a se sentir bem sobre elas apenas para dar brecha para a Tristeza, que te puxará pelos calcanhares e lhe levará a morte em um leito frio.

O amor o ouviu em silêncio, esperando que terminasse, ele me olhou nos olhos e disse.

– Não Confie nele, ele é armagurado porque não pode aparecer em momentos felizes. É sozinho porque quando o homem é tomado pelo ódio e se deixa levar causa tormenta, caos, e a todos que ama afugenta.

Enfurecido o ódio  o empurrou, derrubando-o com força pelo chão. Mas mesmo em tal situação o amor sorria
Ele se levantou calmamente. Assim alimentando a fúria do seu companheiro, que tremia e lagrimejava, ardendo em sua própria emoção, sendo consumido assim como os homens. O Amor caminhou em sua direção e subitamente o abraçou.

–Eu te odeio! Porque continua com isso? Me larga! Me deixa! –esbravejava, tentando se soltar daquele aperto de todas as maneiras, mas em todas falhava.

O amor por sua vez apenas colocou mais força no abraço, acariciando de leve o ódio, foram instantes, que viraram minutos, até que se passaram as horas e o Ódio adormeceu abraçado ao Amor, que ainda o segurava impedindo-o de cair rumo ao chão.

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