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A exposição de Van Gogh ocorria em diversos lugares do mundo. Mas quando se tratava de arte, nada vencia Paris.

Por isso mesmo Verônica estava mais ansiosa para visitar aquela exposição do que o próprio museu do Louvre. Ela adorava Van Gogh, e sua mãe lhe dizia brincando que ela era a reencarnação dele.

— Verônica, por favor, não se afasta de novo. Eu não quero precisar me unir com aquela bruxa de fogo para achar você novamente. — Santana resmungou mesmo antes deles entrarem na galeria.

— Já disse para parar de chamar ela assim. — Verônica suspirou olhando sua amiga.

— E eu já disse que quero saber o que aconteceu no quarto daquela bruxa e você também não me fala. — a mexicana provocou piscando o olho.

— Droga. — Verônica se declarou vencida e ficou quieta.

Os alunos entraram na grande galeria e os professores lhes deram liberdade para explorar, desde que todos se encontrassem fora da galeria no final.

E claro que Verônica não perdeu a oportunidade de fugir para a sala d'A Noite Estrelada. Previsível, mas era sua obra favorita de Van Gogh. Já que ela adorava estrelas.

Verônica se sentou em um canto e ficou olhando os ecrãs expostos com a obra enquanto um sorriso de alegria permanecia em seus lábios. Desejou que Cheryl estivesse ali com ela.

— Não foi tão difícil encontrá-la dessa vez. — quase escutando seus pensamentos, Cheryl se sentou ao lado de Verônica.

— A certo momento você se acostuma a me encontrar. — Verônica riu olhando sua professora.

— É, eu sei disso. —  a ruiva sorriu olhando para o lado. — Preciso confessar uma coisa.

— O quê? — a latina franziu as sobrancelhas curiosa.

— Eu acabei dando uma olhada no seu sketch book.

— Ai não. — Verônica bateu com as mãos em seu rosto e negou com a cabeça totalmente nervosa. — Cheryl, eu posso explicar, é que —

— Não se explique, Lodge. — Cheryl sorriu e segurou a mão de Verônica, que a olhou. — Gostei de todos os desenhos. Embora você tenha feito algumas rugas em meu rosto em alguns desenhos. Vou castigar você por isso.

Verônica deu uma risadinha que aqueceu o coração de Cheryl.

— Sabe quem adora essa obra? — a ruiva comentou.

— Quem?

— Minha garotinha. Estou sentindo tanta falta dela. — Cheryl suspirou e Verônica acariciou a mão de sua professora tentando reconfortá-la.

— Estrela tem bom gosto. Quem sabe não sai à mamãe dela e tem amor pelas artes também. — Verônica sorriu.

— Adoraria, mas vou deixá-la gostar do que ela quiser. Menos de homens. — a ruiva disse brincalhona e arrancou mais uma risada de Verônica.

— Ela é uma bebê muito especial pelo que conheci naquele dia. Se um dia me deixar vê-la novamente, eu ficaria muito feliz. Mesmo sabendo que você odeia misturar vida profissional com vida pessoal.

— Como sabe que odeio isso?

— Santana me ensinou a usar o terceiro olho mexicano dela também. — Verônica riu.

— Você tem razão, eu realmente odeio. — Cheryl suspirou. — Mas você é diferente. Você pode ver minha garotinha quando quiser.

— Fico feliz por isso. — a morena sorriu e deitou a cabeça no ombro de Cheryl.

favorite crime - cheronica. [𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐨]Onde histórias criam vida. Descubra agora