DESCOBRINDO O AMOR Marilda Franco
Esse é um texto de ficção, feito somente para entretenimento, não intencionando servir de exemplo de comportamento. Contém atitudes consideradas desvios de conduta (Posse, assédio), além de cenas sensuais. Se você é sensível a esses tópicos, não leia.
Todos os direitos autorais reservados a autora citada acima, qualquer uso parcial ou total sem autorização será considerado crime virtual e ou autorais. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
Poema de Hailey White
Yaman tentava a todo custo disfarçar, mas estava interessado em Seher. Pensava nela com frequência e mesmo sem querer, cuidava das necessidades dela. Como quando comprou o vestido para o aniversário de Yusuf, assim soube que ela não tinha o que vestir.
Quando a viu descendo as escadas usando o vestido que tinha comprado, sentiu-se orgulhoso e ao mesmo tempo arrebatado pela beleza dela. Queria colocá-la em uma redoma coberta para que nenhum homem pudesse apreciá-la, somente ele. Inclusive foi até rude durante a festa, perdeu contratos por não suportar ver nenhum homem a olhando.
Ficou desesperado quando ela passou mal. Carregou-a nos braços até o hospital e rezava para que não fosse nada grave. Sua mente dizia que era porque Yusuf não poderia perdê-la, mas seu coração endurecido sabia que não era somente por Yusuf.
Quando olhava para ela, sentia um aperto no peito que já estava ficando familiar. Acostumou-se com sua presença marcante, com aparência de frágil, mas confiante. O aperto era diferente quando ela estava longe. E, quando estava perto, era algo que preenchia, como se o coração tivesse aumentado de tamanho e estivesse querendo sair do peito.
Como quis beijá-la aquela noite! Até sonhou. E agora não tirava a imagem dela descendo as escadas, os braços nus, o rosto sério, meio envergonhado, a total falta de subterfúgio, a sinceridade.
Lembrar do colo e os cabelos, quando estava deitada na cama do hospital, fazia um rebuliço na sua cabeça. Sonhava e via aquele pescoço lindo que ele queria encher de beijos.
"Kendine gel, Yaman! Vai se deixar cair por essa menina?"
A determinação de Seher em resolver seus próprios assuntos, causava em Yaman tanto admiração quando exasperação. Ele admirava a sua independência, mas ao mesmo tempo queria controlar a vida dela.
Yaman começou a inventar desculpas para para não ir à empresa. À mesa do café vigiava os passos de Seher notando que ela falava ao telefone com Selim. Ele se arrepiava só de imaginar que Seher pudesse conversar com Selim, imagina outras coisas.
"Por que a tia de Yusuf quer trabalhar mesmo doente? Será que ela ama tanto aquele idiota que não pode ficar em casa nem para se recuperar?"
"O ressentimento misturado com cobiça
São as músicas que o ciúme e a raiva cantam
De amor e luxúria a alma sangra
Na inveja ela se alimenta"
Seher ainda sentia receio das explosões de Yaman. Só tinha conhecido homens gentis a vida toda e tinha dificuldade de entender o comportamento desse bruto.
Ele era instável sobremaneira e ela começava a desconfiar que havia algo errado com a sua forma de julgar as pessoas. Em meio à apreensão em relação a ele, ela também sentia uma certa atração pelo jeito forte e protetor de ser dele. Algumas vezes imaginava que ele estava olhando para ela de um jeito interessado, ou seria curioso?