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Era um dos dias mais frios da vida de Gulf. Ele estava em sua cozinha tentando mais uma vez explicar para sua pequena Natasha o porque de seu pai não voltar pra casa. Faziam dias que a pequena não via seu pai.
Gulf e Mew haviam acabado de se separar, não oficialmente, já que ambos ainda não haviam assinado os papéis. Devido as várias brigas e crises que o casamento vinha sofrendo, eles acharam melhor se separar pelo bem de ambos.

Mas havia uma pequena garotinha que não entendia e vivia fazendo birra já que não se acostumava com a ausência de seu pai, à quem era muito apegada.

─ Vamos querida, coma o seu café,  preciso levá-la pra escola. —Disse o ômega insistente.

─ Não papai, só quando papai Mew voltar pra casa. — Gritou a garotinha de quatro anos, virando o rosto fazendo mais uma de suas birras.

Gulf suspirou, estava quase perdendo a paciência, mas ele sabia que Natasha era apenas uma criança que sentia  falta do seu querido pai .─ Ok Nat, você venceu, eu vou trazer seu pai de volta, mas agora por favor coma.

Depois de barganhar com sua filha, Kanawut conseguiu fazer sua pequena danadinha comer. Ele aproveitou que a criança correu para pegar sua mochila no quarto e mandou uma mensagem para Mew.

" A Nat tá com saudades, você poderia pegar ela no colégio hoje? Se quiser, pode jantar com a gente. Espero sua resposta ".

Assim que guardou seu celular, Natasha desceu as escadas em passos lentos levantando sua pequena mochila no alto para se equilibrar.

(...)

Mew acabava de acordar, e ao mexer no celular, a primeira coisa que encontrou foi  uma mensagem de Gulf.

" A Nat tá com saudades, você poderia pegar ela no colégio hoje? Se quiser, pode jantar com a gente. Espero sua resposta ".

" OK, vou buscá-la, mas sobre o jantar eu vou pensar ".

─ Querendo usar a menina, hum, você não muda mesmo em... — Mew falou consigo mesmo após responder a mensagem de seu ex marido.

Durante um longo banho ele se perguntava porque negligenciou tanto sua filha durante aquelas semanas? Kanawut disse que não queria vê-lo, mas não que ele não poderia ver sua filha.

Flashback on

Era exatamente uma da manhã quando Mew chegou tombando nos móveis e encontrou seu ômega de pé na escada o esperando. Mew resmungou quando Kanawut acendeu as luzes e a mesma machucou seus olhos.

─ De novo Suppasit? Mais uma vez você chegando tarde em casa, bêbado e cheirando aquela ômega oferecida que você diz ser sua secretária.

─ Ah Gulf, não começa, eu não tô pra isso hoje...

─ Eu estou cansado disso, eu não aguento mais viver essa porcaria de vida com você! Quer saber? Fica aí com seu álcool e aquela vadia, eu cansei Mew, eu quero o divórcio.

─ É por isso que eu bebo, porque você se tornou insuportável, implicando com uma simples secretaria que não faz nada além do seu trabalho.

─ Ah, apenas o trabalho? Me poupe, você me jurou amor e felicidade mas apenas está destruindo tudo, eu me dediquei a você e a nossa filha, eu larguei meu emprego pra cuidar  da sua filha, pra cuidar da sua casa, pra deixar tudo pronto e sempre zelar pelo homem que jurou me amar e respeitar, e que acabou sabotando nosso casamento. Negligenciando a mim e a própria filha, você nem se quer respeita ela, olha o estado em que você está Mew...

O alfa apenas sentou-se no espaçoso sofá da sala, passando a mão em seu rosto e ouvindo atentamente cada palavra de Gulf.

─ Não, não te pedi pra fazer nada disso, Gulf. Mas era sua obrigação cuidar da nossa filha.

𝐀𝐥𝐞𝐱, 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐧𝐚𝐦𝐞 𝐨𝐟 𝐥𝐨𝐯𝐞 | 𝐌𝐞𝐰𝐆𝐮𝐥𝐟Onde histórias criam vida. Descubra agora