Artur

19 1 0
                                    

     " The house in the cerulean sea" foi o livro mais emocionante que li neste semestre, levou-me verdadeiramente às lágrimas. A sua narrativa simples oferece-nos preciosas verdades. Oferece-nos esperança num mundo melhor, onde seja aceite a diferença. A vida de Linus , um assistente social com uma vida monótona, é transformada por um conjunto de crianças especiais e o seu protector. Cada uma dessas crianças tem um dom curioso, mas rejeitam-nas por as considerem uma ameaça. O ser humano tem a tendência de julgar o que foge da normalidade. Este é um daqueles livros enternecedores, com personagens das quais queremos guardar para sempre.

Querido Artur,

Considero comovedor o modo como proteges as tuas crianças. Deste abrigo quando lhes foi negado segurança. Conseguis-te com que ganhassem confiança. Tornas-te-às especiais, mostrando que nas diferenças reside a verdadeira magia.

Admiro o modo paternal como acalmas Lucy. Até pode ser o anticristo, mas demonstra ser a criança mais divertida e aventureira do grupo. Morri de rir com as suas piadas sobre a morte. Em relação  ao teu poder secreto... Gostaria de saber se renasces das cinzas? Sempre considerei essa criatura mística fascinante. Eu não ficaria assustado em encontrar outro igual a ti. 

Sabes que adoro a tua relação com o Linus. Contudo não posso deixar de confessar que o Linus quando quer é bem teimoso. Como pode ter duvidas em ficar contigo? Quando estava diante de todos que é na tua casa o seu verdadeiro  lar? E depois não sei como alguém consegue regressar a monotonia da vida, tendo experimentado a aventura e presenciado as vibrantes cores da vida. 

Podes querer que eu não hesitaria em embarcar numa nova aventura. Mas talvez seja difícil desapegarmos do conhecido, para saltarmos em algo imprevisível.  O importante é estarem agora juntos. Desejo felicidades a ambos. 

Espero que as crianças quando crescerem sejam aceites pelos seus maravilhosos dons. Não tratadas pela sociedade como monstros. Ninguém deve ser julgado pelo seu aspecto ou origem. E essas crianças merecem o melhor do mundo.

Um abraço,

Sara Jesus  

Cartas a pessoas irreaisOnde histórias criam vida. Descubra agora