Pontas, Aluado, Almofadinhas e Rabicho

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*AVISO DE CAPÍTULO BEM GRANDE .

– A história completa? – repetiu Harry, os ouvidos latejando furiosamente. – Você

vendeu meus pais a Voldemort. É só isso que preciso saber.

– Você tem que me ouvir – disse Black, e havia agora uma urgência em sua voz. –

Você vai se arrepender se não me ouvir.... Você não compreende...

– Compreendo muito melhor do que você pensa – disse Harry, e sua voz tremeu

mais que nunca. – Você nunca a ouviu, não é? Minha mãe... tentando impedir
Voldemort de me matar... e foi você que fez aquilo... você é que fez...

Antes que qualquer dos dois pudesse dizer outra palavra, uma coisa alaranjada

passou correndo por Harry; Bichento saltou para o peito de Black e se sentou ali,

bem em cima do coração. O homem pestanejou e olhou para o gato.

– Saia daí – murmurou o homem, tentando empurrar Bichento para longe.

Mas o gato enterrou as garras nas vestes de Black e não se mexeu. Então virou a
cara amassada e feia para Harry e encarou-o com aqueles grandes olhos amarelos...
à sua direita, Hermione soltou um soluço seco.
Harry encarou Black e Bichento, apertando com mais força a varinha na mão. E
daí se tivesse que matar o gato também? O bicho estava mancomunado com Black...

Se estava disposto a morrer para proteger o homem, não era de sua conta... Se o
homem queria salvá-lo, isso só provava que se importava mais com Bichento do que
com os pais de Harry...
O garoto ergueu a varinha. Agora era o momento de agir. Agora era o momento de
vingar seu pai e sua mãe. Ia matar Black. Tinha que matar Black. Era a sua chance...
Os segundos se alongaram. E Harry continuou paralisado ali, com a varinha em
posição, Black olhando para ele, com Bichento sobre o peito. Ouvia-se a penosa
respiração de draco próximo à cama; Hermione guardava silêncio e Charlie Deus um passo a frente se pondo ao lado de Harry .

– Harry...– ela sussurrou garantindo que Black não escutasse – E o meu pai.

E harry travou mais ainda , estava bravo por Sirius ter matado seus pais e ele iria se vingar matando o pai de sua melhor amiga ?

Então ouviu-se um novo ruído...

Passos abafados ecoaram pelo chão – alguém estava andando no andar de baixo.

– ESTAMOS AQUI EM CIMA! – gritou Hermione de repente. – ESTAMOS
AQUI EM CIMA... SIRIUS BLACK... DEPRESSA!
Black fez um movimento assustado que quase desalojou Bichento; Harry apertou
convulsivamente a varinha – Aja agora! disse uma voz em sua cabeça –, mas Charlie apertou forte seu ombro e Harry ainda não agira.

A porta do quarto se escancarou com um jorro de faíscas vermelhas e Harry se

virou na hora em que o Prof. Lupin irrompeu no quarto, seu rosto exangue, a varinha
erguida e pronta. Seus olhos piscaram ao ver Draco, deitado no chão, Hermione

encolhida perto da porta, Harry parado ali com a varinha apontada para Black com charlie ao lado ,e o

próprio Black, caído e sangrando aos pés do garoto.
– Expelliarmus! – gritou Lupin.
A varinha de Harry e Charlie voou mais uma vez de suas mãos; as duas que Hermione

segurava também. Lupin apanhou-as agilmente e avançou pelo quarto, olhando para
Black, que ainda tinha Bichento deitado numa atitude de proteção sobre seu peito.
Harry ficou parado ali, sentindo-se subitamente vazio. Não agira. Faltara-lhe a
coragem. Black ia ser entregue aos dementadores.
Então Lupin perguntou com a voz muito tensa.
– Onde é que ele está, Sirius?
Charlie olhou depressa para Lupin. Não entendeu o que o professor queria dizer.

Alya Black e o prisioneiro de azkaban .Onde histórias criam vida. Descubra agora