Capítulo único

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Olá pessoas... Tive essa ideia ontem e escrevi. Espero que gostem...


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Estava acostumado me chamarem de lerdo, lento, dormindo no ponto, entre outros adjetivos que indicava uma pessoa com dificuldade para perceber certas coisas, tudo bem, não era só uma dificuldade, eu realmente não percebia os "supostos olhares" Ou alguma cantada, não é como se eu fosse um Brad Pitt ou qualquer outro homem belo que sabia de sua beleza e a usava a seu favor.

Eu, bem, estava nos padrões razoáveis de beleza: 1,85 cm, pela clara, musculoso, cabelos negros e lisos, às vezes revoltados contra o vento, olhos azuis, enfim, meu melhor amigo diz que eu sou "gostoso para porra", e eu acho que é verdade, pois Jonathan Herondale ou Jace, achar outra pessoa além dele mesmo bonito é porque é verdade, não que eu me preocupasse com isso.

Contudo, era meu segundo ano na faculdade e sabe como é, aquela pegação, pessoas se descobrindo e tal, e, no entanto, ainda não tinha me relacionado com ninguém desde minha última experiência nada empolgante no último verão do colegial, em que minha irmã e meu amigo, resolveram que eu deveria dar segundo eles "uns pega na Lydia Branwell" Durou  todo o verão, e graças aos anjos fomos para universidades diferentes.

E tentando resolver minha vida sexual, ou melhor, a ausência dela, Jace e Simon, meu colega de quarto, me arrastaram para uma dessas festas organizadas pelas fraternidades do Campus, esta era organizada pela bunny house ou Casa dos Coelhinhos, estranhei, porém, fui com meus amigos, para conforme eles: uma noite de prazer, uma noite de aventura, apenas uma noite.

Não acredito que eu aceitei isso, mas estava entrando na grande casa, e assim que coloquei meus pés na sala principal, levei um leve susto, todo o time de hóquei usavam apenas sungas pretas e orelhas de coelhos brancas na cabeça, e dançavam espalhados pelo local. Olhei para Jace e Simon, e eles disseram em uma única voz. "Não surta" Pareciam que tinham combinado, diminuí meus olhos, desconfiando deles, e os safados começaram a rir.

O bom de estar numa Universidade é que aqueles preconceitos bobos ficaram para trás, então, podiam se ver casais héteros, homossexuais e vários trisais, confesso, era interessante. Jace arranjou uma presa, digo, uma bela moça e logo saiu agarrado subindo para uns dos vários quartos, Simon me olhou e pediu que eu fosse buscar uma bebida no bar para nós dois.

Quando voltei, Simon estava atracado com um mexicano, era um dos jogadores do time de hóquei, estava pasmo, lógico, que eu não percebi que ele era gay. Então estava ali com duas cervejas na mão e sem saber o que fazer, dei um gole em uma, enquanto olhava o lugar, suspirei e pensei, vou voltar para o dormitório, e foi aí que minha noite começou a ficar interessante.

— De qual grupo você é? — escutei uma voz melodiosa e divertida falando comigo, virei meu rosto e quase mordi minha língua.

— Pe-perdão? — nunca tinha visto tamanha beleza e tanta pele nua ao mesmo tempo.

— Você faz parte dos que levaram um bolo da namorada, fugindo do namorado ou esquecido pelos amigos? — e porra, meu cérebro derreteu, sempre fui tímido, reservado, porém não me impedia de responder uma simples pergunta.

— Abandonado pelos traidores. — sorri e apontei com a cerveja fechada para Simon que dançava e beijava despudoradamente seu acompanhante.

— Ó! O mexicano é Raphael, o outro não conheço. — comentou ainda me olhando divertido.

— Se chama Simon.

— Posso? — apontou para a cerveja em minha mão.

— Claro! — entreguei para ele a bebida, e parecia que tudo tinha ficado em câmera lenta, o homem alto a minha frente, colocou seus lábios na garrafa e deu o primeiro gole, seus lábios envolvendo a boca de vidro, o líquido entrando na sua boca, de repente me deu sede, engoli em seco, vendo o movimento da garganta dele engolir o líquido, ele percebeu meu olhar, e sorriu de lado.

Uma noite (Malec) Onde histórias criam vida. Descubra agora