Capítulo 1

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Quando tudo começou
Amanda Avilla

A minha vida era simples, alguns diriam que era chata, mas era segura... previsível: casa-trabalho, trabalho-casa. Foi assim que consegui ser promovida e me tornar a mais jovem assistente editorial da revista de moda para a qual trabalho. E aí eu recebi a ligação.... Agora estou aqui, que volta à minha cidade natal, entre a espada e a parede... Como é que tudo isso vai acabar? Eu ainda não decidi...

Dia do acontecimento

- Ah, sim! — O prazer se apodera dela a cada penetração intensa do magnífico membro dele. – Não pare, Michael!!! OH!!! Estou gozando!

Chase: - Amanda
- Oh, merda! Chase!

Entre a espada e a parede... Entre o namorado do colégio e o falso namorado...

Duas semanas antes...

- Mal posso esperar pelo final de semana.

Mensagem
Mamãe
- Querida, você ainda não respondeu ao convite!!!
- Com certeza você não vai faltar à comemoração dos 50 anos de casamento dos seus avôs. ☹️
- E não se esqueça de trazer o seu acompanhante. 😉

Amanda
- No trabalho não posso falar, falamos mais tarde, mamãe. ❤️

Mamãe
- OK, te amo! Beijos! E confirme a sua presença!

Amanda deixa cair a cabeça sobre a mesa. – Merda! – "Como é que eu me meti nessa confusão? Eu adoro os meus avós, e não perderia a comemoração do aniversário deles por nada, mas... Eu sei a pergunta que todo mundo vai me fazer: Quando é que você vai finalmente assentar? Não quero pensar nisso agora. Preciso me focar no trabalho."  — Amanda está mexendo no celular, almoçando quando o Martim seu amigo e colega de trabalho na revista de moda para a qual ela trabalha, se joga numa cadeira ao lado dela.

Martim: - Ei, mocinha, por que essa cara?
- Me meti numa situação complicada.
Martim: - Uh-oh! Desembucha.
- Então... eu disse aos meus pais que estava namorando alguém.
Martim: - Não, você não fez isso!
- Sim, eu fiz.
Martim : - Mas você não está saindo com ninguém, ou você está escondendo alguma coisa de mim?
- Você sabe que não estou escondendo nada, mas é que... Bem...
Martim: - Alguém te fez a pergunta  'Quando é que você vai assentar'?

Amanda aponta o garfo para o Martim. – Exatamente isso.

Martim: - Então você distorceu um pouco a verdade. Qual é o problema?

Amada bufa pelo nariz, gesto muito impróprio para uma dama. – Se ao menos fosse assim tão simples. Os meus avôs estão comemorando 50 anos de casamento e todo mundo quer conhecer o meu namorado imaginário.

Martim: - Oh, não! Diz para eles que vocês terminaram.
- Se fosse tão simples assim...
Martim : - A vida nunca é simples... qual seria a graça disso?

- Bem, eu aceitaria uma vida entediante agora mesmo. Mas seja como for... dizer isso para eles não é uma opção nesse momento.

Martim: - Quanto tempo você tem para sair dessa enrascada?
- A festa  é daqui a cerca de duas semanas. Eu estava pensando viajar mais cedo e ajudar nos preparativos. Ei, você está...

Martim: - Não.
- Como você sabia que eu estava prestes a te pedir para ser o meu namorado de mentirinha?
Martim: - Porque eu sou incrível, esqueceu? De qualquer maneira, eu seria a sua pior escolha.

- Por quê?
Martim: - Talvez eu representasse bem o papel por algumas horas, mas se você tiver primos sensuais... Eu me jogaria neles!

Amanda explode de rir. – Você é incorrigível!

Martim: - Você não disse que a Monica te convidou para ir no clube dela hoje à noite?
- Sim?
Martim: - Bem, vai à caça, querida! Desculpe, se algum cara topar ser seu namorado por um final de semana.
- Parece uma ótima ideia!

- Coloque um vestido chique e logo alguém vai ter de agarrar. E com um incentivo adequado... — Martim levanta as sobrancelhas de forma significativa. – Aposto que você não terá qualquer dificuldade em levar um cara para casa. E você sabe.... Para sua outra casa também.

- Martim! — Amanda ri, e Martim se junta a ela. – Obrigada por ouvir os meus desabafos.

- Não precisa agradecer, querida. — Martim se levanta, pega o prato dele, se inclina para baixo e beija a testa dela. – Tenho que voltar ao trabalho.

- Te vejo mais tarde.

-"Espero que a Monica tenha algumas sugestões para me livrar dessa situação. Quem é que eu estou tentando enganar? A Monica vai me sugerir umas idéias malucas. E se eu for a caça hoje à noite, como o Martim falou..."– Está noite eu vou virar algumas cabeças. Bem, mais pronta é impossível. É hora de ir.

Meia hora depois...
Amanda | Monica

- Obrigada por me ajudar a entrar, Monica.  — Amanda se senta num banco do bar.

- Ah, pare.... Como se você não conseguisse entrar sozinha toda arrumada desse jeito. Garota, você está muito gostosa. Eu te daria uns pegas sem problema algum! — Amanda fica envergonhada com os elogios. – Ah, corta essa. Você está gata e você sabe. É só agradecer e seguir em frente.

- Obrigada.

Monica pega um shaker e algumas garrafas, e começa a misturar a bebida favorita de Amanda. Ela se contorce no banco, batendo com os dedos na superfície do balcão. – Então, Amanda, o que é que está pegando?

Amanda se encolhe. - Eu sou tão óbvia assim?
- É... você está parecendo bastante nervosa.

Amanda suspira ao explicar a situação dela para a Monica: o aniversário de casamento e o namorado inexistente.

- Amanda eu sei o que você devia fazer!
- O quê?
- Você deveria contratar um namorado.
- Fazer o quê?

- O irmão de uma colega minha trabalha como namorado de aluguel, então você podia... sabe... contatá-lo para ele fingir ser seu namorado.

- Não sei não...
- Pelo que eu ouvi, ele tem ótimas referências. Ele está em alta demanda .
- É mesmo?

- É. Escute, eu vou tentar descobrir mais alguma coisa, discretamente é claro. — Um cliente faz um sinal para a Monica, na multidão noturna.  – Você vai ficar bem aqui sozinha por um tempinho, Amanda?

- Claro, não é a primeira vez que eu venho quando você está trabalhando. — Monica olha para Amanda com cautela. – Eu prometo que vou ficar bem. Vou pensar na sua sugestão e, enquanto isso, vou sondar a multidão. Quem sabe. Talvez eu fique com o meu futuro namorado.

Monica ri. – Argh, eu adoraria ficar conversando com você, mas infelizmente... O trabalho me chama. — Ela se vira para o cliente que está novamente fazendo sinal e franze a testa. – Porra... estou indo, cara. — Monica coloca a bebida favorita de Amanda na frente dela e se afasta.

Amanda observa como a Monica sorri para o cara, se inclina, e diz algo no ouvido dele, fazendo e cara rir. O cara balança a cabeça, sorrindo, e quando ela serve a bebida para ele, ele dispensa o troco. —"Queria ser confiante como ela, aposto que seria mais fácil convencer um cara qualquer a ser meu namorado de mentirinha. Droga, e no caso dela, ele provavelmente pagaria por essa chance."

Namorado De aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora