Capítulo 1

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Sinto um peso sobre meu corpo, minha cabeça doe me fazendo soltar um gemido de dor, aos poucos vou abrindo os olhos por causa da claridade que me incomoda e quando consigo levo um susto, ao meu lado esquerdo tem um homem todo musculoso de cabelos pretos e nu, uma perna dele está sobre a minha e seu rosto está para o lado contrário meu, tento sair sem acordá-lo mas sinto algo atrás de mim, viro minha cabeça e vejo um outro homem, ele tambem é todo musculoso e seu cabelo é loiro e também está nu

Meu Deus do céu, como eu vim parar aqui, minha mente é uma neblina e com essa dor de cabeça que suspeito ser ressaca não consigo me lembra do que houve, depois de algumas tentativas saio da cama, me enrolo no lençol e olho ao redor, estou em um quarto chique,sua decoração e de preto e branco acho que nunca estive em lugar com tanta classe igual esse quarto,no meio há uma cama enorme onde tem "dois armários sem roupa", ha uma janela que vai do teto ao chão e que está coberta por cortinas pretas mas há um pedaço que foi mal fechado deixando os raios de sol entrar no quarto, de frente para janela tem uma mesa redonda onde vejo minha bolsa, vou até nela desviado de roupas jogadas no chão e travesseiros, pego meu celular e vejo que são 11:00 e tem quase 10 ligações perdidas da minha amiga, merda, mil vezes merda eu tô ferrada, lascada, morta.

Como eu pude deixar acontecer isso, o qual baixo eu fui, vejo meu vestido jogado na cadeira mas não vejo minha calcinha, visto ele e passo a mão nos meus cabelos prendendo-os em um coque, sento na cadeira para por meu salto

-oque você está fazendo ? -escuto uma voz rouca que me faz arrepiar, minha vergonha não deixa eu virar o rosto, meu corpo paralisa

--oque está acontecendo?-uma voz mais suave mas também rouca se pronúncia

Pronto agora eu faço oque, me finjo de morta, do uma de desentendida ou saio correndo sem olhar para trás, suspiro e me repreendo, já fiz merda então tenho que ter um pouco de classe agora

Me levanto e olho para cama, o homem de cabelos pretos está sentado me encarando seus olhos são verdes, suas partes íntima estão cobertas pelo lençol, sua expressão é séria como se eu tivesse que estar em qualquer lugar menos ali, já o loiro está de pé com uma toalha enrolada na cintura, seus olhos também são verdes mas em seu rosto tem uma expressão de assustado,só então percebo que eles são idênticos tirando a cor de cabelo, quase certeza que são gêmeos

--você não ouviu minha pergunta?-o de cabelo preto se pronúncia e sua voz está carregada de ódio, aperto minha mão para não dar na cara dele, quem ele acha que é para falar assim comigo

--oque você acha que estou fazendo?me trocando para ficar olhando para sua cara?-vejo surpresa em seu rosto com minha resposta mas logo passa para raiva e desta vez parece pior

--gente vamos nos acalmar, oque meu irmão quer dizer é oque houve aqui?-ele me olha e suas expressão são calma com um pouco de nervosismo

O encaro e abro a boca para dizer algo mas não sei oque falar, não sei oque fazer, um silêncio reina e o clima está tão tenso como se a qualquer momento uma bomba fosse explodir, uma musiquinha quebra o clima e reconheço sendo o toque do meu celular, estou atrasada, praquejo em minha mente e sem pensar vou ate a porta e abro saindo daquele quarto, dou de cara com um corredor que no fim tem escadas, começo a correr e escuto vozes raivosas de onde eu sai, desço os degraus quase que voando e chego em uma sala enorme, escuto passos atrás de mim e corro para uma enorme porta, quando vou passar pela mesma um braço forte agarra meu pulso me segurando, vejo os cabelos pretos do homem

--quanto você quer para ficar de bico fechado sobre oque aconteceu aqui?-suas palavras me fazem estremecer de raiva e sem perceber acerto seu rosto com toda força, fazendo minha mão doer pelo ato e minha cabeça latejar, recassa da merda, ele solta meu braço e me olha como se fosse me matar, corro até o elevador que acaba de abrir e entro esbarrando em um homem que saia do mesmo, quando as portas se fecham consigo soltar o ar que nem percebi esta segurando, olho para o espelho do elevador e em meu pescoço tem alguns chupoes, saio correndo do prédio que é muito chique recebendo olhar de algumas pessoas, peço um uber até minha casa.
Tomo um banho correndo,e quando vestia minha roupa meu telefone toca denovo

--Sofia Montenegro, aonde você está? -sei que ela está se segurando para não gritar pois senão levaria uma bronca

--eu tive uns contratempo-amarro meu cortuno preto e fecho os botões da minha calça jeans, o celular está no viva voz

--você tem que estar aqui em 10 minutos, eu disse que sua moto tinha dado problema ontem a noite e você teve que pegar ela no concerto hoje-deixo um suspiro de alívio escapar e passo uma maquiagem nos chupoe

--muito obrigada Katy, você é meu anjo da guarda, estarei aí em menos de 5 minutos

--é bom mesmo pois teremos uma cirurgia em menos de meia hora e Lucas quer você na sala-a ligação é encerrada, me sinto suja por dentro, não acredito que dormir com alguém que não conheço é ainda dois de uma vez, mas não tenho tempo de me lamentar, tenho uma vida para salvar

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--você quer parar de fugir de mim? -esbraveja assim que entra na sala

-não estou fugindo de você-resmungo e faço um coque nos meus cabelos que teimavam cair pelo meus ombros

Estamos numa sala reservada onde os médicos vem para comer ou até descansar, mas neste momento a mesma está vazia pois hoje o hospital está lotado

--eu te conheço senhorita, não tente me enganar-ela coloca a prancheta com alguns papéis na mesinha e se joga no sofá deixando o ar sair junto com um gemido de cansaço-oque você aprontou? Você é o relógio em pessoa e pela primeira vez chegou atrasada-aperto a minha prancheta e penso que se eu der uma pranchetada na cabeça dela a mesma pode esquecer deste assunto

-eu cometi um erro-desabafo e me sento ao seu lado-nem sei como falar isso, a vergonha não deixa-jogo minha cabeça para trás e esfrego meus olhos, fiquei o dia todo martelando isso, tentando me lembrar doque houve mas a bendita ressaca não deixou, sorte que disfarcei bem

-você sabe que pode me contar qualquer coisa-sinto sua mão sobre a minha-minha boca é um túmulo, mas oque você fez?

-esse é o problema, não sei direito oque fiz, só acordei na cama com dois armários em cima de mim-digo rápido e baixo para não correr o risco de outros ouvir, não abro meus olhos pois a coragem deu no pé

-OQUE? -berra me assustando e fazendo encará-la,a mesma fica de pé me olhando, repreendo-a com um olhar e ela se recompõe-me desculpe é que você é tão certinha e eu jamais pensei que você faria isso

--pois é eu também não, que merda eu tinha na cabeça eu... - sou interrompida pela aparelho de som na parede que chama meu nome, e lá vamos nós

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-olá doutora como está?-olho para trás e vejo Lucas um médico novato, ele é gentil com todos, tem cabelos ruivos e é forte, deve fazer academia

--Oi-cumprimento dando um sorriso de lado-estou morta de cansaço, se eu deitar na cama nem guindaste me levanta-deixo de lado os papéis que estava vendo e ele gargalha, estamos na recepção

--te entendo, hoje parece que todos resolveram aprontar-diz num sussurro olhando para as cadeiras que estão as pessoas esperando para serem atendidas, desta vez eu gargalho, mas logo a palavra aprontar martela na minha cabeça e me lembro do ocorrido de manhã, sacudo a cabeça jogando esse pensamento para mais longe possível

Aproveito esse tempo que tenho de descanso entre um paciente e outro para conversar um pouco, desde pequena sempre gostei que minha vida fosse corrida, e por mais que eu negasse no fundo eu sei o porquê, pois quando tenho muitas coisas para se fazer minha mente não tem tempo de me aterrorizar,mas o problema é a noite, sempre foi, quando deito minha cabeça no travesseiro tudo vem, por isso gosto de beber antes de dormir, soque quando faço isso estou na segurança de minha casa para que eu não vá fazer nada de idiota, mas ontem eu quebrei minha regra

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