𝐜𝐮𝐥𝐭𝐨

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                                                                   ❝Amar o pecado e odiar o pecado❞


— Hoje teremos culto a noite e você podia cantar uma de nossas músicas, o que acha Chifuyu? 

Meu pai perguntou com um grande sorriso no rosto enquanto comíamos. Não queria responder porque ele sabia bem que eu sempre canto a noite na igreja, toda vez que tinha tempo eu estava aprendendo novas letras de canções.

— O senhor sabe que sim. — Respondi baixo suficiente para ele ouvir.

— Continue assim filho.

Meus pais tem muito orgulho do filho que eles tem. Meu pai é pastor em uma das igrejas do bairro e minha mãe trabalha num hospital em Shinjuku, quase nunca a vejo em casa por isso. Desde que eu era criança fui ensinado pelo meu pai sobre a bíblia e a seguir todos os ensinamentos dela.

Quando eu tinha por volta dos meus cinco anos eu comecei a ir na igreja com meus pais, eu gostava muito de ir e ouvir a palavra, mais nada durou muito. Eu já quis muito deixar de ir e ficar em casa, já quis não ter que fazer tudo isso. mais enfim.

Em consequência disso eu eu era um filho certinho e santo podemos dizer. Por razão desse status de ''santo'' eu nunca tive amigos de verdade, todo mundo ficava longe de mim por ser visto como sem graça e chato. Eu pensei que seria assim para sempre mais acabei de conhecer alguém. Sim, eu fiz amizade com uma pessoa mais não sei se posso chamar de amizade. 

Eu já quis ser como os outros, ter uma vida legal e divertida, mais desisti quando vi que minha família não iria gostar e fui obrigado a seguir o que meu pai queria para mim.

Se meu pai soubesse quem era esse amigo, o tipo de amigo que era, com certeza me trancaria dentro de casa, ou até me deixaria sem contato com ele. Mesmo assim, não quero falar sobre ele, tenho mais coisas pra fazer e tenho a igreja do meu pai para cuidar junto dele.

— Não vai terminar de comer? Estamos atrasados.

— já estou indo.

Terminei o que tinha no prato e o deixei na pia da cozinha, subi correndo até meu quarto e fui no armário procurar algo para usar. Enquanto mexia nas roupas escuto algo vibrar no meu bolso direito e vejo um número desconhecido me ligando ignorei de primeira mais o número novamente me liga. Atendo logo antes que meu pai suba perguntando quem era.

— Quem é? — pergunto baixo.

— Nossa Fuyu. Não reconhece mais a voz dos amigos?

Só uma pessoa me chamava assim. E rapidamente percebi que era ele. Keisuke Baji.

— Sinto muito, mais não posso conversar. Vou me atrasar para a igreja.

Ouço um suspiro do outro lado da linha e o que parecia ele resmungando.

— De novo com esse papinho de bom filhinho? Porque faz tudo que esse velho manda hein?

— Ele é meu pai, e você deveria ligar mais para a igreja e Deus. Tá precisando.

Ele ri.

— Foda-se cara, eu acredito em Deus, mais não sou abrigado a ir na igreja e seguir essas porras de coisas frescas que mandam. 

Dou um longo suspiro.

— Já acabou? Eu estou atrasado.

— Acabei senhor certinho. Mais olha na janela por favor. — Ele fala baixo.

𝗳𝗶𝗹𝐡𝗼 𝗱𝗼 𝗽𝗮𝘀𝘁𝗼𝗿 ;; chifuyu x bajiOnde histórias criam vida. Descubra agora