𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐑𝐈𝐏𝐏𝐄𝐑

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LEVI ACKERMAN

   O homem estava de frente para o imenso painel de vidro olhando fixamente o lado de fora enquanto segurava um copo de Whisky em sua mão direita. Ignorando totalmente o seu reflexo no painel junto das gotas de água da chuva que batiam e escorriam pelo vidro.

   O dia havia se passado e o céu estava escurecendo aos poucos, tomado pelas nuvens que cobriam toda extensão da cidade. Pingos grossos de chuva caíam em conjunto molhando as ruas e formando poças de água, 

   Ele tinha seu olhar voltado ao lado de fora, abaixo de si, pessoas caminhando dentre a chuva, algumas se protegendo de ficar encharcadas com um guarda-chuva. Ele não conseguia se imaginar como uma daquelas pessoas, não se via lá embaixo, vivendo uma vida medíocre como as demais pessoas. 

   Soava tão tedioso aos olhos dele. Ir para a faculdade durante o dia e trabalhar a noite em um café ou restaurante para cobrir seus gastos do mês e pagar sua mensalidade. Ele suspirou alto e fundo.

— Essa merda toda é tão tediante. — Falou sozinho ainda vidrado ao painel, levando até sua boca o copo de Whisky.

   Tomou um gole do líquido o sentindo descer por sua garganta queimando-a, o mesmo não demonstrou feição nenhuma. De repente ele ouviu a porta abrir com brutalidade e sem bater na mesma antes, suspirou fundo já sabendo quem era e se virou vendo o rosto da morena a sua frente.

   Seus funcionários jamais entrariam em sua sala sem bater na porta antes e caso isso acontecesse, seriam repreendidos no mesmo instante levando um sermão do homem carrancudo. Então com todas essas opções anuladas, só poderia ser uma única pessoa.

— Hange, quantas vezes eu já disse para bater na porta antes de entrar? — Perguntou colocando o copo de Whisky em cima da mesa.

— Não seja tão chato, baixinho. - Ela se sentou em uma cadeira na frente da mesa dele se escorando na mesma de um jeito totalmente despojado. — O que você estava fazendo?

— Isso não é da sua conta, quatro olhos. — Terminou de beber seu Whisky por inteiro o virando em um só gole.

— O que pretende fazer hoje a noite? — Perguntou a morena animada se levantando rapidamente da cadeira. Antes que ele conseguisse responder ela o interrompeu. — Tenho uma ótima sugestão de lugar para irmos! 

— Suas sugestões são péssimas. 

— Você vai gostar! Vamos, faz tempo que não saímos juntos como antes. - O moreno suspirou fundo novamente e tomou coragem para perguntar. 

— Qual a sua sugestão?

— Você vai ver quando chegarmos lá. — Sorriu ela e se dirigiu até a porta. 

   O homem sem dar muita importância colocou as mãos nos bolsos da calça e voltou a encarar o lado de fora do painel, dessa vez, se concentrando nas gotas de chuva que escorriam pelo vidro lentamente e ao seu próprio reflexo. Sua feição era tediosa e séria, talvez estivesse precisando arejar a cabeça, nem que fosse somente por uma noite.

   Tentou descobrir por conta própria qual era a intenção da morena, mas a conhecendo bem, podia esperar qualquer coisa vindo dela.

   Ecoou pela sala um barulho de exatas três batidas à porta.

— Entre. 

   A porta se abriu e Levi não moveu um músculo para ver quem era, não poderia se importar menos com quem era ou o assunto a tratar. Ouviu os passos até próximo de sua mesa.

— Chefe, temos um problema. 

   Levi suspirou fundo e virou-se para o homem, voltando sua atenção totalmente a ele. 

𝟕 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐒, 𝐥𝐞𝐯𝐢 𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧 (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora