As fotos de Remus Lupin

cap1

Foi no terceiro ano que uma tendência foi lançada em Hogwarts. As fotos de bebês. E Tudo isso começou por causa de Marlene Mckinnon.

Um dia Marlene chegou como quem não queria nada na sala comunal da Grifinoria.

— Hey, gente. Esse natal eu e o meu pai estavamos arrumando as coisas da mudança. Nessa coisa toda de espalhar tralhas e guardar tralhas, eu acabei achando isso!!

Ela levanta o objeto em sua mão, podendo logo reconhecer como um diário.

— Um caderno? — perguntou Mary se sentindo confusa.

— não é "um caderno"! — diz animada se jogando no espaço vazio do sofá ao lado de Sirius.

— Isso é um álbum de fotografias. Eu achei perdido em umas caixas no sótão. Tem tantas fotos estranhas minhas bebê, que eu precisava mostrar para vocês —
Aquilo foi um erro.

Depois disso a maioria dos alunos em Hogwarts começaram a mandar cartas para seus pais, pedindo para que eles os enviassem todas as suas fotos antigas.

No começo os Marotos não estavam tão empolgados com isso. Até que James chegasse no dormitório com um álbum nas mãos.

— querem ver minhas fotos?— perguntou sorrindo largo.

James recebeu muitos elogios pelas suas fotos criança. Na maioria das vezes as fotos era somente ele fazendo poses abstratas ou apenas registros de alguma besteira que ele tinha feito. E juro, o tanto de fotos com o contexto “pego no flagra” que o James tinha, era de impressionar.

Ele saia saltitando por aí com as suas lindas fotos. Ele mostrou para Minerva, mostrou para Dumbledore, mostrou para a Madame Pomfrey, até mesmo o Snape não escapou  disso. Mas o ápice de tudo foi quando James acabou mostrando uma fotografia sua para Lily Evans. Ela somente olho para a imagem e disse risonha “— Você era fofo, Potter —“. Nem preciso dizer o que ouve depois disso.

Sirius também tinha um álbum de fotografias dele e de seu irmão, Regulus. Porém ele achava muito pessoal sair mostrando isso para qualquer um, então ele mostrou somente algumas fotos para os Marotos e nada a mais.

Peter era outro que tinha um álbum somente dele. Porém ele nunca pode mostrar suas fotos, porque como sua mãe dizia “— Pete querido, isso é algo muito valioso, nunca que eu deixaria você levar suas fotos para esse lugar cheio de marginais. Você poderia acabar perdendo as imagens—”

Já Remus era complicado. Ele não sabia dizer se tinha um álbum ou não. Seus pais nunca falaram sobre isso, e nem ele se pôs a pergunta sobre.

Mesmo não se importando muito com esse assunto, era inegável que as vezes sentia um pouco de inveja das outras pessoas.
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Nas férias de Natal, Remus foi decidido de que iria tirar satisfação sobre suas fotos.

Assim que chegou em casa, ele foi para o quarto se trocar e logo em seguida desceu as escada com apenas um propósito em mente.

Virou o corredor adentrando a cozinha.

Hope Lupin se encontrava sentada separando feijões.

Remus parou de frente para ela com um rosto sério e na pose mais intimidadora que ele conseguiu fazer.

— Mãe — a chamou.

Hope para o seu trabalho dando total atenção para o menino a sua frente.

— Você tem fotos minhas bebê ?— perguntou. Ouve um silêncio momentâneo. Em seguida uma explosão de risada. A pergunta foi tão genuinamente aleatória que Hope não conseguiu segurar o riso. Toda a cena era muito cômica na sua perspectiva.

— Rem, querido. Eu obviamente tenho fotos suas bebê.  — disse ainda risonha.

Remus se senta afobada na cadeira a frente dela e se debruça sobre a mesa.

— aonde está? Por que nunca me contou sobre isso? Eu posso levar para Hogwarts?— perguntou afobado.

— Remus, Uma pergunta de cada vez!— pede desnorteada.

— Certo, Desculpa. Mas.. mãe por que a senhora nunca falou nada sobre isso? —

— Ah.. Remus olha, as fotos são realmente muito antigas. Acho as suas últimas fotos no álbum foram quando você tinha sete anos. Achei que você se sentiria desconfortável de ver como.. era tudo antes.. antes do.. você sabe— diz de forma gentil e meio hesitante.

Foi ali que Lupin percebeu que não tinha pensado nessa questão. Será que ver como ele era antes da licantropia desencadearia uma sequência de gatilhos?

— você me deixa levar o álbum para a escola? — pergunta pensativo.

Sua mãe suspira e o encara profundamente.

— Claro, meu amor. —
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Os Marotos se encontravam todos juntos na cama de Remus, enquanto o mesmo se levantava para pegar uma coisa em seu baú. Assim que pego, Remus caminhou até a beira da cama e começou a dizer:

— Eu sei que.. Talvez pareça estúpido.—

— você nunca é estupido Moony.— Sirius o interrompe apenas para apontar tal fato. Então James da um empurrão no mesmo e faz sinal de silêncio para ele.

— Humm, certo. Obrigada Sirius. — respira fundo antes de continuar seu raciocínio — Bem, eu sei que toda aquela coisa de fotos antigas já passou. Porém no natal a minha mãe acabou entregando essa caixa cheia de fotos minhas, e eu pensei que seria legal abrir ela com vocês, já que vocês são a minha família de verdade — 

Os meninos ficarem emocionados pela consideração do amigo e logo concordam com a ideia.

Remus se senta encostado na cabeceira da cama com Sirius o espremendo de um lado e o James do outro, Peter estava bem a sua frente. Quando já estavam todos posicionados Sirius diz animado:

— certo, sem mais delongas. Abra a caixa —

Ao ver as fotos Remus não se aguentou. O pensamento de que aquele garotinho das fotos não tinha a menor ideia do que o aconteceria futuramente era deprimente. Ao olhar as fotos tudo o que Remus pensava é: ‘poderia ter sido diferente’.

Enquanto Lupin chorava, James e Peter ficavam rindo e elogiando o pequeno Moony. Sirius que no momento se encontrava abraçando Remus de lado como apoio emocional, somente olhava as fotos que James e Peter o mostravam, e as encaravam encantado.

Em seguida eles fizeram a aposta de quem era seria o bebê mais fofo do dormitório. E quem acabou ganhou foi o Remus que teve uma das suas fotos colada na parte de cima da porta do dormitório.

No final do dia final do dia. Remus se encontrou com Mary, Marlene e Lily na biblioteca. Ele também as mostrou as fotos. Porém diferente do momento com os meninos ele não chorou, apenas recebia os elogios e ria dos comentários que Marlene fazia.