Eu oficialmente não aguento mais já desisti, desisti de mim, eu encarava o mar e o som que ele fazia ao se debater as pedras, aquilo me acalmava, não aguentava mais ver seus olhos de desprezo e decepção todos os dias em que me viam, as palavras mentirosa que saem de suas bocas, secas.
Hoje de manhã o professor de matemática me entregou, minha nota meu coração, apertou, como se eu tivesse levado facadas, não pela nota baixa, isso para mim era o de menos, e sim pelo que eu vou ouvir,resolvi dormir na casa da minha vo, para fugir, mais de tarde meu pai recebe uma ligação é minha mãe é me pergunta a nota, aquela nota, e ao dize-la pude ver ao desligar o telefone o olhar de meu pai, atormentado, não é sim desprezo. Não sei como ele consegue ser assim ele, consegue me estragar, estraçalhar, com apenas seu olhar.
Antigamente eu costumava me lembrar de motivos para chorar, mais agora consigo ter minhas lágrimas mais sinceras, ao ouvir uma palavra.
No carro indo a pizzaria comemorar o aniversário de minha mãe, eles diziam sobre minha vidan, sua conversa toda me incomodava mais quando ela disse: "eu pensei que ela fosse diferente" matou o que restava de minha alma e não a culpo por me odiar também me odeio. A encarei por segundos, minutos, ou até horas, e imaginei alguém me perguntando:"está com raiva de que? " e eu respondia "na verdade de quem?, das pessoas que acham que podem mandar na minha vida"mais so imaginei, eu nunca Serei sua filha perfeita, me desculpe mais nunca Serei essa sou eu, uma rebelde, rockeira, skaitista, que am o tem um skate por motivos "familiares", que odeia usar vestidos, saias e sandálias e não larga seu all-star essa sou eu a menina de calças rasgadas, e casaco, não tem como voltar no tempo e não transar com ele (meu pai) para não ter uma filha, ou eu não entrar em seu útero, essa sou eu e desculpe eu não sou perfeita.
Me levantei aos poucos, e fui andando devagar até a água, o mar estava calmo, o dia estava gélido, e chuviscava de leve, mergulhei dentro da água gelada que me ddsdeu contato com minha alma, E aos poucos me afogava na imensidão de minhas lágrimas, meu cabelo logo, entrou em contato com a areia, aquele velho ditado tudo o que vai volta. E eu voltei,eu sou uma pessoa estranha, tenho ódio de viver e medo de morrer, mais isso nunca impediu meus cortes cada vez mais violentos, já fui a três psicólogos ano passado e eu os enlouqueci e não me orgulho disso, tenho amigos e sou independente até demais, eu estou na praia sozinha, mais não há insegurança, se tem certeza que ninguém irá me querer. Moro na Barra, e tenho uma irmã mais velha Milena aquela aqui todos queriam ser tem quatorze anos acho, sua festa será semana de quinze e não irei, ela pode ser minha irmã mais ela e o oposto de mim ela e popular e eu não, ela tem amigos e eu não, e bonita e eu não, e inteligente e eu não, por isso nos meus quinze anos eu irei a Rússia e depois morarei no Canadá, não sou festeira, nem gosto de Carnaval, sendo não sou uma brasileira muito conveniente e o último ponto e o mais sincera sou uma das pessoas mais frias que já conheceu ou conhecerá. Eu sou Alice apenas uma garota que não é nada, muito menos perfeita.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não sou perfeita
Teen FictionAlice uma menina de onze anos que está em uma fase de suprema depressão. principal motivo seus pais