Nossas Cartinhas {JJK+PJM}

Outra...?

2012

— Goo, você vai lá em casa hoje, né? Diz que sim, diz que sim, diz que simmmm — Jimin perturbava o mais novo, chacoalhando o braço do moreno, querendo passar o tempo depois da escola com ele.

— Hyung! Eu fui lá ontem!

— E eu com isso? Vai de novo. Você sabe que Omma te ama e faz tudo por você — Jungkook revira os olhos, negando a insistência do outro, mesmo sabendo que no final, o Park olharia para ele fazendo biquinho e o convenceria a ir.

Os adolescentes andavam grudados um no outro, como todos os dias, o que fazia toda a escola suspirar pelo casal, mesmo que eles negassem o relacionamento.

Jimin e Jungkook são amigos desde pequeninhos, e sempre estiveram juntos um do outro. O colégio inteiro já sabia da amizade dos dois, e apesar deles jamais terem assumido um envolvimento romântico, nenhum dos outros alunos tentava algo, tendo a consciência de que ou eles mentiam e namoravam escondido, ou nutriam o sentimento e não admitiam.

Foi só eles sentarem na mesa do refeitório, que o mais velho virou na direção do menor, pegou suas mãos e olhou no fundo dos seus olhos com aquela carinha de cachorrinho abandonado.

— Ji... Não me olha assim...

— Kookie... Vai lá em casa, por favorzinho— O mais alto tentou resistir, sabendo do truque. Ele tentou mesmo, mas cedeu, como toda vez.

— Eu vou, seu insuportável — Viu o sorriso enorme se abrindo no rosto do Park, o que fez os olhinhos se fecharem em uma linha, e o mesmo fez até uma dancinha de comemoração, arrancando risos de si. Não importava quantas vezes Jungkook caísse nas manhas de Jimin, ele sempre cederia para ver o sorriso mais bonito do mundo por sua causa.

[...]

Jungkook saiu de sua classe e percebeu imediatamente que alguma coisa não estava certa.

Jimin sempre saia antes de si e esperava-o na porta da sala, e hoje ele não estava lá.

Tentou não se desesperar e foi diretamente ao seu armário com o objetivo de livrar-se dos livros pesados e ainda, encontrar o Park lá. Seu coração batia forte, em ansiedade e preocupação, e a cada passo que dava, pensava em possibilidades diferentes e cada vez mais malucas do que poderia ter acontecido.

Se aproximava do armário e não via o loiro por perto. Suspirou e assim que abre a portinha, vê um papel colorido; parecido com um de 10 anos atrás; cair em cima do monte de livros, fazendo o moreno prender a respiração sequer percebendo e sentindo as pernas ficarem bambas.

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Goo, eu sei que te chamei para ir lá em casa, mas perdi a coragem no meio da aula e escrevi essa cartinha, igual as que eu fazia quando éramos novinhos.

Eu sei que isso é bem bobo, e confesso estar com vergonha, mas falando de anos atrás, eu queria te agradecer por aquele dia. Você não rasgou minha cartinha, não caçoou de mim, e não se afastou mesmo depois de todos esses anos. E foi isso que me fez estar aqui agora.

Você me motiva todos os dias, coelhinho. Seus olhos são a galáxia mais linda que eu posso imaginar. sua risada é meu calmante. seu abraço é meu conforto. Seus desenhos são a arte mais bela que já vi.

E perdão por isso, mas seu corpo é uma escultura tão perfeita que nem Michelangelo conseguiria reproduzir da forma que eu vejo.

Faz anos que quero te perguntar isso, mas nunca tive coragem por ter medo de perder a única pessoa que me entende.

Me namora, kookie? Quero ser mais feliz ainda ao seu lado podendo te chamar de meu.

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Minha nossa que Jimin romântico, nem parece fui eu, credo.

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