Casado por Engano

Capítulo 41

Após o seu julgamento ter falhado, Madeline foi obrigada a aceitar este desastre absurdo.

Três anos.

Ela riu-se amargamente.

Ainda se desconhecia se ela poderia viver até ao dia do nascimento do seu filho.

Madeline não contou ao oficial sobre a sua gravidez. Ela não esqueceu como foi tão maltratada quando lhes contou.

No entanto, o seu pesadelo ainda estava aqui. Nessa noite, Madeline foi espancada por um bando de prisioneiras carecas.

Madeline não tinha qualquer energia para se defender. Além disso, também a ser torturada pelo seu tumor. Ela começou a tremer de dor.

Ela não teve outra escolha senão enrolar-se numa bola para evitar que lhe dessem pontapés no estômago.

Este tipo de situação acontecia ocasionalmente. Felizmente, elas não batiam-lhe no estômago.

Madeline relatou isto algumas vezes, mas nada aconteceu.

Todas as noites sem esperança, Madeline rangia os dentes de dor. Ela só conseguiu sobreviver depois de pensar na vida que estava a cultivar no seu estômago.

"Jeremy, és tão cruel."

"Fantasiei que fosses tão feliz como eu quando finalmente nos reencontrámos. No entanto, fui a única obcecada com isto durante 12 anos."

Apesar de Daniel ter pedido a alguém que lhe enviasse alguns medicamentos para acalmar a dor no seu corpo, Madeline ainda sentia o seu corpo a ficar mais fraco. Houve algumas vezes que ela sentiu que já não conseguia aguentar mais, mas o facto de ter alimentado a criança foi a única coisa que iluminou o seu mundo cinzento.

A sua criança tinha quase dez meses de idade. Uma vez que ela estava perto da data prevista, Madeline tinha uma intenção ainda mais forte de se manter viva.

Os trovões caíram na noite do início do Verão.

Madeline sentiu o seu coração a bater desconfortavelmente. De facto, aquelas prisioneiras tinham vindo novamente à procura de problemas.

Ela pensou que a deixariam em paz depois de lhe darem pontapés e murros, mas desta vez, pressionaram Madeline no chão no momento em que entraram. Duas das prisioneiras prenderam-lhe as mãos de lado, enquanto as outras rasgaram-lhe as calças, antes de apoiarem os seus bezerros.

Ela podia dizer pelos seus instintos o que estavam prestes a fazer com o seu filho. Ela lutou com todas as suas forças. "O que estás a fazer? Deixe-me ir!"

No entanto, aquelas pessoas ignoraram as suas lutas e gritos. Imediatamente, Madeline sentiu uma dor debilitante que lhe vinha do estômago. Ela podia até sentir as suas águas rebentar.

"Não magoem a minha filha! Por favor!" Madeline implorava por misericórdia enquanto sofria de uma dor excruciante. O medo intenso e a dor debilitante e indescritível do parto atormentavam-na ao mesmo tempo.

Madeline estava com tanta dor que sentiu como se estivesse prestes a dividir-se ao meio. As lágrimas e o suor encharcaram-lhe a camisa. Sentia-se como se estivesse a ser esfolada viva. A dor estava a dissolver todos os seus membros e ossos.

Ela não sabia quanto tempo isto durava. A dor fez com que Madeline entrasse e saísse da consciência. Enquanto estava no seu estado semiconsciente, ela ouviu uma série de gritos poderosos da criança.

"O meu bebé..." murmurou ela.

"Dá-me o meu bebé."

"O Sr. Whitman disse que a sua criança bastarda tem de ser enterrada com o bebé que a sua amada mulher perdeu. Madeline, não nos culpe. Estamos apenas a cumprir os nossos deveres."

A sua amada mulher...

Desempenhando as suas funções...

Madeline fechou os olhos à exaustão. As lágrimas escaparam-lhe do canto dos olhos.

O seu filho seria enterrado ao lado da criança bastarda que Meredith tinha com outro homem. Isso foi humilhante ou lamentável?

No dia seguinte, Madeline levantou-se do chão e pediu ajuda enquanto suportava a dor ardente. Ela encontrou o oficial e disse: "Ontem à noite, alguém induziu o parto em mim e fugiu com a minha filha depois de eu o ter dado à luz."

A oficial olhou para Madeline em confusão e perguntou: "Estava grávida?"