Capítulo 01 - Pietro Mancini

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Fico vendo os meus sobrinhos pela casa dos meus pais e fico pensando se eu terei isso um dia ou se eu tivesse continuado com a Lila, se eu já seria pai hoje

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Fico vendo os meus sobrinhos pela casa dos meus pais e fico pensando se eu terei isso um dia ou se eu tivesse continuado com a Lila, se eu já seria pai hoje. Há 6 anos atrás, a mulher que eu mais amei na minha vida, não pensou duas vezes em me deixar para ficar com outro.

Eu sempre dei tudo à ela, dei o meu amor, respeito, carinho e tudo o que eu podia ter dado mas não foi o suficiente para ela ficar. A Lila literalmente sumiu do mapa. Ainda procurei por ela para que pudéssemos conversar mas foi impossível de achar. Sempre lembrarei daquela data, 18 de julho. 18 de julho é o pior dia da minha vida.

A Lila era a mulher mais linda que eu já havia visto. Na época eu tinha 26 anos e ela tinha 18. Ela veio morar com os tios pois os pais haviam falecido e os tios dela eram vizinhos dos meus pais. Em uma dos dias que eu cheguei mais cedo, eu a vi. Aos poucos fomos nos envolvendo e quando vimos, já estávamos namorando. Eu e a Lila sempre fomos intensos. Nós éramos tudo ou nada e isso foi o que mais me ferrou pois eu a amava incondicionalmente e ela me deixou. Os tios dela também se mudaram e com isso, nunca mais a vi.

Uma amiga em comum, a Analu, sempre disse que eu devia conversar com ela, ir atrás da Lila e saber a verdadeira história pois ela conhecia muito bem a Lila e que ela jamais iria me deixar para ficar com outro. Até hoje não entendo o motivo dela defender tanto a Lila pois elas nunca mais se falaram e ainda assim, a Analu sempre a defende. Quando eu estou mal e tentando entender as coisas, ela me xinga, fala que eu sou idiota em não procurar novamente para que eu possa ter um ponto final nessa história.

Podem até achar que eu estou sendo covarde mas não é isso. Eu sofri, fiquei bêbado inúmeras vezes porque estava sentindo a falta da Lila, não conseguia trabalhar e ficava esperando o dia em que ela iria chegar e falar que não era nada daquilo mas isso nunca aconteceu e tive que seguir a minha vida. Foi uma escolha da Lila sumir com outro, sem nem ao menos terminar comigo. O pior de tudo? Não consegui esquecê-la até hoje, mesmo que eu tenha saído muito machucado.

— O que você está pensando, irmãozinho? – A Vic me pergunta sentando no meu colo.

— Não é nada.

— Está pensando na Lila, não é?

— Sim.

— Eu fiquei bem chateada quando ela foi embora sem nem ao menos dar tchau. Eu gostava tanto dela mas por ver o jeito que ela te deixou, não quero vê-la tão cedo.

— Está com o seu preferido, Victória? – O Matteo sendo dramático como sempre.

— Eu não tenho preferido. Amo vocês três igualmente.

— Sei. – O Rafael fala cruzando os braços.

Toca a campainha e ficamos nos olhando pois não estávamos esperando ninguém. Fui atender a porta e era a minha amiga Nathália e eu tomo um susto ao vê-la. Ela está careca, com olheiras profundas, sem maquiagem alguma e pálida. Quando eu falo sobre a maquiagem, é porque a Nathália nunca andou sem maquiagem e sem joias. Acho que eu nunca vi a Nathália sem maquiagem em anos de amizade.

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