Capítulo 03 - Pietro Mancini

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— Já decidi o que eu vou fazer

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— Já decidi o que eu vou fazer. – Falo, interrompendo os meus irmãos.

— E o que pensa em fazer? – O Rafael pergunta.

— Vou ligar na empresa e perguntar se a Lila está por lá. Se ela estiver, vou até ela e converso.

— Tem certeza disso?

— Sim, Rafa. Eu preciso disso ou vou ter um ataque cardíaco a qualquer momento.

— Se é o que você quer fazer, faça. – A Vic fala.

Ligo para a empresa da Lila e a secretária avisa que hoje ela trabalhará de casa e fico preocupado. Decido que chegou a hora de ter uma conversa com a Lila e pego a chave do carro. Os meus irmãos observam tudo sem dizer absolutamente nada. Eu preciso dessa conversa o mais rápido possível.

— Tem certeza? – O Mat pergunta.

— Sim.

— Iremos com você. – A Vic fala.

— Não, Vic. Preciso fazer isso sozinho. Se eu precisar de vocês, chamo.

— Tudo bem.

Me despeço deles e vou para o carro. A cada quilometro que eu ando, meu coração acelera mais. Estou prestes a reencontrar a mulher que eu sempre amei e a minha filha. Fico pensando em diversos jeitos de começar uma conversa com a Lila e não sei como. Acho que não adianta ficar planejando tudo, simplesmente tenho que deixar acontecer naturalmente.

Estaciono em frente a casa da Lila e vejo que o carro dela está lá. Conto até dez e espero eu me acalmar um pouco para ir até a porta e tocar a campainha. Sabe aquele momento que você chega na porta da pessoa e não sabe se toca a campainha ou não? Pois bem, sou eu nesse momento. Não sei como será a reação dela e confesso que tenho medo. Porém a vontade de conhecer a minha filha é maior de qualquer medo. Toco a campainha e fico à espera.

Demora um pouco e quando estou virando as costas para ir em direção ao carro, escuto a porta sendo destrancada. Viro novamente e enfim vejo a Lila e logo ao lado dela, a minha cópia. Meus olhos enchem de lágrimas, a Lila perde a cor e a Alicia arregala os olhos.

— Pi...etro. – A Lila fala como se não acreditasse no que está vendo.

— Papai? Mamãe, meu papai já está melhor. – A Alicia fala e eu não entendo nada. — Posso te dar um abraço, papai?

— Claro que pode. – Me ajoelho para ficar da altura da Alicia e ela pula em mim e começa a chorar e eu também.

Fico num momento só meu e da Alicia e vejo que a Lila sai cambaleando para dentro de casa e eu me preocupo. Ela está em completo estado de choque e sem cor alguma.

— Mamãe, você não vai dar oi para o papai?

— Filha, vai para o seu quarto um pouquinho.

— Mas mamãe.

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