𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐃𝐍𝐀𝐏 | 𝐁𝐄𝐀𝐔𝐀𝐍𝐘

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Any Gabrielly

E vamos lá para mais um dia de merda na vida de Any Gabrielly Soares haha.

Minha rotina é essa, acordar 8:00 da manhã e ficar no hospital até 20:00 da noite, não é que eu não goste, só não imaginei que fosse assim.

E tem mais uma coisa, tem um psicopata que me observa, me manda mensagem e cartas. Acho que eu não sou nenhuma famosa pra ter admiradores e fãs então o que eu vou achar? que é um psicopata, óbvio!

Joalin cisma em falar que não é nada porque já se passaram dois meses que isso acontece e até agora não aconteceu nada, então ela acha que não vai acontecer mas eu tenho certeza que vai e para a minha segurança eu já tripliquei a segurança do meu apartamento, assim, acho que nao adiantou muito mas pelo menos eu tô tentando não morrer e isso é pela Joalin e não por mim, por mim eu ja estaria a sete palmos da terra.

Hoje é segunda-feira, acordei quase me arrastando da cama e fui até o banheiro, fiz minhas higienes e coloquei uma roupa confortável para ir trabalhar.

Vou até a cozinha para tomar meu café e quando chego lá tem um envelope em cima do balcão da cozinha, reviro os olhos, já tô até acostumada.

Em partes eu concordo com a Joalin, a pessoa entra na minha casa e só deixa cartas, isso quando não manda mensagem, não adianta eu fazer nada, eu faço tudo, troco a fechadura toda semana, não passo meu número para ninguém só que o babaca sempre consegue, que raiva que isso dá.

Pego o envelope e abro, começando a ler a carta...

"Any Gabrielly, você não sabe como estava linda dormindo, como eu queria estar dormindo com você, em breve terei isso. Não adianta você trocar as fechaduras toda semana baby, eu sempre vou conseguir entrar, ou você acha que eu tô de brincadeira quando digo que vai ser minha?"

Que ódio, eu odeio minha vida, odeio esse babaca que fica me mandando isso, eu só queria morrer!

E aí vocês perguntam: "Any porque não chamou a polícia?" pelo simples fato que eu falo o que tá acontecendo e eles não ligam, então parei de tentar

Saio de casa indo para a garagem do prédio e pegando o meu carro, quando saio vejo um carro preto na esquina, nem dou bola, deve ser o escroto, filho da puta que me observa.

Quanto mais eu acelero com o carro, mais o carro que está me seguindo acelera, descido parar de acelerar, não vai adiantar em nada e eu já estou perto do hospital.

Quando chego no hospital não avisto Joalin então creio que ela já está na sala dela, então vou até lá.

- que ódio - entro com tudo na sala da joalin sem bater nem nada, fazendo ela tomar um susto.

- aí sua filha da puta, que susto, quer me fazer infartar? ah e só pra você saber, eu estou bem e você? - fala sendo irônica e eu reviro os olhos.

- Aquele psicopata me mandou mais uma carta hoje - falo e ela para tudo que está fazendo e olha pra mim fazendo eu continuar - falou que não adianta eu trocar as fechaduras que eu vou ser dele, falou também que eu sou linda dormindo. O cara entrou na minha casa, tem noção disso?!

- Você parece um bicho dormindo, aonde ele viu que você é linda dormindo? - diz incrédula ignorando totalmente o que eu falei.

- Joalin!- falo fechando a cara.

- aí tá bom, isso é muito bizarro, até eu tô ficando com medo.

- eu te falo que vai acontecer alguma coisa, você não acredita.

- para Any Gabrielly, não coloque paranóias na minha cabeça, daqui a pouco eu me mudo e começo a morar com você, no seu quarto só pra se você for sequestrada ou morrer eu ir junto- fala e eu reviro os olhos

- tchau joalin, tenho que trabalhar, te vejo na hora do almoço - falo e ela me dá um tchau e fala que quando não tiver muito sobrecarregada vai passar na minha sala pra falar das pessoas que ela pegou na balada ontem, ela até me convidou mas eu falei que não, não curto essas coisas.

[...]

O dia no hospital foi normal, agora são 20:10 e eu estou saindo, já está escuro e a rua tá deserta... Milagre, nunca fica assim as 20:10 da noite de um segunda feira.

Graças a uma obra dívida o filha da puta me deixou em paz hoje, sem nenhuma mensagem...

entro no meu carro e vou direto pra minha casa, acelerando o máximo possível.