Primaveril;

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Tentei o meu melhor, espero que gostem.

Boa leitura! <3

Boa leitura! <3

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Todas as tardes de sábado, Meng Yao tinha o costume de passear pelas capinas verdes e floridas de sua pequena cidade.

Aquele era o lugar onde podia se deitar sobre a grama macia sem preocupações, bem na beirada de um lago, e fechar tranquilamente os olhos para, então, ser acolhido e aquecido pelos raios solares que atingiam quentinhos sua pele pálida quase que com ternura, enquanto o vento soprava e cantava gentil e livremente por todos os lados acima de si.

Ao longe, também era possível ser escutado o agradável farfalho das copas das árvores floríferas do bosque, mas estando no meio daquele campo aberto, onde nem a sombra de uma árvore era notável, tudo parecia ser três vezes mais silencioso e ideal para se apreciar e sentir com cuidado e olhos fechados.

Todos os sábados ele ia para lá e degustava daquela mistura de prazer e satisfação por finalmente se encontrar sozinho num lugar tão belo e perfumado.

Em todas as estações, com exceção do inverno devido a neve, era assim que ele aproveitava suas tardes de sábado. Ah, o precioso sábado! Mas, em todas as estações, dias e meses do ano, incluindo os dias de inverno mais rigorosos, as campinas floridas próximas da casa de seu amado sempre seriam o seu lugar favorito de todos no mundo inteiro.

Jiang Cheng, seu belo e solitário colega de classe, seria para sempre o herdeiro de seu amor, fosse na vida ou na morte, o sentimento de amá-lo era tudo o que Meng Yao voluntariamente poderia dar-lhe de melhor, mesmo à distância, ele acreditava que só de pensar com carinho em alguém, essa pessoa já seria capaz de sentir suas boas vibrações.

Mas Meng Yao gostava de ir além de seu pensamento, então como se não bastasse somente pensar com carinho em Jiang Cheng, algo sempre lhe ocorria.

Como se todo aquele amor retido o embriagasse para que visitasse pessoalmente a casa de seu amado, aos sábados ele sempre deixava, em completo anonimato, algumas cheirosas e delicadas flores recém colhidas do campo, juntamente com um pedacinho de seu coração, na varanda aberta da casa de Jiang Cheng — por mais que já houvessem muitas plantas decorando o lugar, incluindo roseiras e trepadeiras, que desciam juntas e misturadas por toda a extensão da parede externa da casa, chegando a cobrir o telhado e grade da varandinha como numa cascata.

Entretanto, aquele ato era algo muito pessoal. Meng Yao, simplesmente, gostava de dar as flores que colhia com carinho para que Jiang Cheng recebesse seu amor de uma forma direta, apenas para que este se sentisse amado.

Este era seu momento mágico com o seu amor, afinal, na escola eles nunca se falavam.

Nenhum dos dois sequer deram-se um “oi” em algum momento e aquilo fazia o coraçãozinho de Meng Yao doer em vontade de ser notado. Mas aquilo não seria sonhar de mais? Ele era sempre chamado de pobre e miserável por ser filho de uma empregada e Jiang Cheng com certeza já sabia desses insultos que ele recebia gratuitamente.

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