Era uma noite escura e silenciosa, eu andava sozinha pelas ruas para ir ao parque onde eu costumava ir para refletir ou chorar, era rotina sair a noite sozinha, eu não tinha medo, afinal, estava acostumada com tudo aquilo. Quando finalmente cheguei no parque avistei um ser que parecia ser um homem mas quando me aproximei pude vê-lo melhor, era uma criatura humanoide mas por incrível que pareça bonita de se ver, ele era alto, magro, seus cabelos são vermelhos como os rubis, seu rosto era perfeito, sem falha alguma, suas orelhas eram como de uma raposa, ele tinha uns chifres pequeno de um servo e suas roupas eram um terno vermelho sangue com alguns tons de preto, pude ver também que suas mãos eram escuras como a noite e suas unhas afiadas e avermelhadas, ele estava inconsciente deitado no banco onde eu costumava me sentar, queria ajudá-lo mas eu estava com medo daquilo mas vi que ele estava indefeso, sozinho e machucado então tomei uma decisão, resolvi levá-lo para minha casa e cuidar dele, era muito arriscado mas o levei mesmo assim. Sei que muitos iriam me achar louca ou até mesmo burra por levar um desconhecido para minha residência mas eu não consegui resistir, ele estava sozinho é muito ferido então preferi seguir meu coração e ajudá-lo. As ruas estavam vazias não havia movimento, consegui levar ele sem que alguém visse, o que me deu trabalho foi o seu peso, para uma criatura magra como ele não deveria ser pesado, mas deu tudo certo, eu o coloquei em minha cama, comecei a tirar a roupa dele para poder cuidar de seus ferimentos, notei que seu corpo era pálido e acizentado, ele tinha um pequeno rabo de um servo muito fofo e tinha muitas cicatrizes de cortes. Fiquei intrigada com as marcas, pensei comigo:
- "Quem fez isso? Por que? O que aconteceu? Quem é ele? O que ele é" .
Eram tantas perguntas e sem nenhuma resposta, mesmo intrigada cuidei dele e deixei ele ficar na minha cama, me deitei do lado dele para descansar um pouco e para ver se ele acordava, mas dormia profundamente então me levantei e fui tomar banho para me deitar no sofá pois eu não queria dormir ao lado de uma criatura estranha, e assim foi feito, me deitei e dormir mas no dia seguinte quando acordei pude perceber que não estava mais no sofá, eu estava na minha cama ou seja, do lado da criatura, fiquei paralisada, com medo de me virar mas depois de alguns minutos eu consegui me acalmar e me virar em direção a ele, quando me virei eu vi que a criatura estava olhando para mim e quando ele viu que acordei ele sorriu, reparei que seus dentes eram afiados igual de um animal e seus olhos eram vermelhos.Meu coração acelerou, ficamos nos olhando por um tempo. Eu fiquei admirando aquele ser me olhando daquela forma e dando sorrisinho, comecei a ficar com vergonha e pude notar que estava rolando um clima ali, ele começou a chegar mais perto e o meu coração acelerava mais ainda, achei que ele fosse me beijar mas ele começou a conversar comigo.
- Bom dia humana, dormiu bem?
Disse ele com sua voz que parecia como a de um locutor de rádio mas daqueles antigos, foi assim que começamos a conversar um com o outro.
- Bom...bom dia... - eu o respondi.
- Está tudo bem ? Você parece meio vermelha - ele me perguntou.
- Eu.. tô bem sim.. - respondi meio sem graça.
- Eu não pude deixar de notar que meus ferimentos estão bem cuidados e eu suponho que você fez isso, estou certo ? - Ele disse.
- Sim..eu cuide dos seus machucados. - respondi com vergonha, pois tive que tirar a roupa dele.
- Eu agradeço por isso, não sei como irei recompensa-lá. - me respondeu com uma alegria no olhar.
- Pode me começar me contando o que você é e como se chama. - perguntei com medo de sua resposta.
- Mais é claro minha querida, bom, eu sou um demônio, me conhecem como demônio do rádio mas meu nome é Alastor, prazer em conhecê-la, mas e você minha cara como se chama?.
- Prazer...sou a S/N...você vai me matar ou me possuir!? - em minha mente eu estava em pânico, me senti atraída por um demônio! ,mas ao mesmo tempo fiquei com medo dele me fazer algum mal.
- ahahaha, ah não, não, não minha cara, não poderia fazer isso, você me salvou. - respondeu ele, com uma risada como se eu tivesse feito alguma piada.
- Obrigada, fico um pouco mais aliviada em ouvir isso. Por que você está aqui ?
- Lamento minha jovem mas isso não poderei falar para você. - nessa hora ele ficou com uma cara estranha e seria.
- Foi você que me trouxe para minha cama ontem ? - perguntei para mudar de assunto e para ele mudar a sua expressão.
- Sim, eu acordei as 03:00 da manhã e vi que eu estava em um lugar entranho então decidi andar pelo local, foi quando a vi deitada no sofá, foi quando também eu percebi que você cuidou de mim então eu a peguei em meus braços e a levei até onde eu acordei e me deitei ao seu lado e fiquei à observando até que acordasse. - disse ele com um sorriso em seu lindo rosto .
- Aí que vergonha! .
Eu me levantei e coloquei a mão no rosto de tanta vergonha, ele se levantou e veio para perto de mim, estendeu sua mão direita e segurou uma de minhas mãos e me levantou com calma da cama. Sem dizer uma única palavra guiou-me até a minha cozinha, ele parou e me olhou fixamente com um sorriso generoso e disse:
- eu, adoraria comer algo delicioso.
Minha mente entrou em pânico, pensei em coisas com ele que eu jamais pensei com outros caras, mas não disse nada a ele apenas fui fazer algo para ele comer. Fiz panquecas americana com chocolate, ele gostou tanto que até queria mais, enquanto eu fazia mais panquecas ele me encarava de uma forma que me deixava sem graça. Era como se estivesse me analisando ou até mesmo me admirando.Quando finalmente ficaram prontas eu dei a ele, depois de terminar de comer ele disse que estava decidido a me contar de onde ele veio e tudo mais, eu aceitei ouvir, afinal eu queria tentar entender o que ele era e o que aconteceu para ele estar aqui no mundo dos seres humanos, então nós sentamos no sofá e logo começou a me contar sua história.
- Como lhe havia dito mais cedo eu sou um demônio e vivo no inferno como todos os outros, mas não sou um demônio qualquer, eu sou um ovelorde, no entanto estou acima dos demônios normais, sou mais forte do que os de mais, sou mais temido e etc. Não vou detalhar muito para você porque se não a nossa pequena conversa iria ficar muito longa, mas vou lhe contar umas coisas apenas minha querida, eu já fui um humano também mas eu não fui bom, eu era um cereal kiler, eu transmitia a minha matança nos rádios de antigamente por isso me conhecem como o demônio do rádio, esse apelido foi me dado antes mesmo de eu morrer e ir para o inferno, eu sou uma mistura de dois animais, raposa pois eu era ágio e rápido, servo por conta da forma que eu morri, eu sou um ser que odeia mentiras e que não consegue sentir nada por ninguém se é que me entende. E eu vim para o mundo dos seres humanos porque eu estava fugindo de alguns anjos que estavam a minha procura. Sabe, as vezes no inferno desce alguns anjos para aniquilar os demônios que estão fora de suas casa, se eles estão dentro estão seguros caso o contrário ceram aniquilados, mas é claro não é o tempo todo, tem dia e horário e eles avisam antes com uma trombeta .- Eles não tem piedade com os demônios, somos parecidos com vocês seres humanos, temos prédios, casas, maridos, esposas, crianças etc. Mas quando eu estava fugindo tive um problema com o mais forte dos anjos, ele conseguiu chegar perto o suficiente de mim e consegui me ferir com uma espada batizada, não sei o que mais tinha naquela espada mas sei que pedi uma parte dos meus poderes por isso não conseguia me curar e por isso eu estava inconsciente no banco.
Quando a história acabou um silêncio tomou conta da casa inteira, eu fiquei sem reação ao ouvir tudo aquilo, a única coisa que eu sentia era medo, medo dele está se aproveitando da minha bondade para ficar bem de novo e ter mais conhecimento da vida humana para finalmente me apunhalar pelas costas, não queria que isso acontecesse, então fiquei calada, não disse nada a respeito, tudo que eu fiz foi desviar meu olhos dos dele para o chão, tentei recapitular tudo e entender, comecei a entrar em pânico.
- Será que eu fiz o certo trazendo um demônio para minha residência? Ele tá falando a verdade? E se tiver, será que estou envolvida nisso tudo? - pensei comigo mesma.
Eu simplesmente me levantei calmamente do sofá, falei para ele me que eu iria me deitar pois não estava bem e fui em direção ao meu quarto, ele viu que eu estava com medo e confusa, me deitei e simplesmente comecei a chorar, chorei pelo simples fato de trazer um demônio para dentro da minha casa que poderia me matar quando ele bem entender e o pior de tudo, por está afim dele sendo que ele deixou claro que não pode sentir nada por ninguém.
Depois de algumas horas eu sai do quarto e fui direto para a sala, quando chego lá me deparei com um bilhete do Alastor, nele dizia da seguinte forma:
"Me desculpe ter ido sem me despedir, não quis encomoda-la mais, eu lhe peço perdão por deixá-la com medo de mim, mas saiba que eu não iria fazer mal algum com você, irei me afastar um pouco para que poça pensar se realmente quer que eu fique com você, eu irei ficar vagando por aí, daqui um tempo eu voltarei para vê-la minha querida. Ass: Alastor."
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Alastor & S/n
FanfictionRomance /+18/ longo /mudança no personagem. Não sou boa com descrição então só lê aí namoralzinha.