— Regina, acordada?
— Sim.
Emma hesitou por um momento, passando a mão pela nuca em um gesto nervoso.
— Eu sei que mal nos conhecemos nesse último ano. Fizemos muito esforço para manter tudo superficial. E agora... depois do que você me contou...
— Emma, eu entendo se quiser voltar atrás e fingir que isso nunca aconteceu — interrompeu Regina, seus olhos carregados de uma mistura de tristeza e aceitação. — Vou te manter em segurança de longe. Pode continuar vendo Henry, prometo não cruzar seu caminho.
Emma não respondeu de imediato. Em vez disso, se inclinou e deu um selinho inesperado na morena, que ficou momentaneamente surpresa.
— Você é gostosa, mas fala muita merda.
— O quê?
— Só queria dizer que quero entender tudo isso junto com você. Quero te conhecer de verdade, Regina. E quero que me conheça também. Sem máscaras.
Regina piscou, surpresa com a sinceridade da loira, mas deixou um sorriso suave escapar.
— Eu deveria ter dado ouvidos ao Henry antes — murmurou, tentando aliviar a tensão.
Emma riu, mas logo mudou de tom.
— Você fica bem assim... perto de mim? Quero dizer, sem se preocupar que algo possa acontecer?
Regina respirou fundo, lutando para encontrar as palavras certas.
— Eu estou bem, Emma. O meu maior problema é quando minha mente se sobrecarrega. Quando junta muita coisa na minha cabeça e... o seu pescoço junto. Aí eu beiro a perder o juízo. E tenho medo. Apesar de saber que nunca te machucaria, o medo está lá.
— Você não vai me atacar — disse Emma, confiante. — Se fosse fazer isso, eu já estaria morta, provavelmente. Tudo bem que o meu conhecimento de vampiros vem de filmes bem duvidosos.
Ela se aconchegou contra o peito de Regina, como uma criança buscando conforto, completamente diferente da postura firme de xerife que costumava exibir. Regina, sem resistir, envolveu-a com os braços.
— O que você quer saber?
— Alho mata vocês? Luz do sol? Estacas? E você realmente não vira morcego? — Emma perguntou, fazendo Regina rir pela primeira vez em dias.
— Eu não viro morcego, Emma. Alho... eu realmente não sei de onde tiraram isso. Eu posso sair na luz do sol normalmente. Alguém deve ter interpretado algo errado em algum momento.
— E estacas?
Regina hesitou por um momento antes de responder.
— Existem meios de nos matarem, sim.
— Quais? — Emma levantou a cabeça para encará-la diretamente. — Não quero te matar. Quero saber do que eu preciso te proteger.
O coração de Regina se aqueceu com aquelas palavras, e ela não resistiu a dar um beijo na testa da loira.
— Prata é algo realmente perigoso. A cura é muito lenta. Mas, para funcionar de verdade, precisa atingir o coração, seja uma faca ou uma bala de prata. Além disso, fogo pode ser fatal se estivermos enfraquecidos.
— E o que te enfraquece?
— Basicamente, fome. Se eu não beber sangue, vou enfraquecer tanto que minha resistência desaparece. Um simples tiro na cabeça me mataria.
Emma estreitou os olhos, determinada.
— Então você não vai ficar sem comer. E vamos dar um jeito de sumir com facas e balas de prata nessa cidade.
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Afterlife - SwanQueen▪︎ Agathario ▪︎ Madarcher
VampirgeschichtenRegina Mills carrega o peso de uma eternidade marcada pela perda irreparável de sua companheira, cujo destino trágico foi selado apenas por ser quem era. Imortal e condenada a viver com sua dor, Regina passou 800 anos imersa em uma existência solitá...