🥺 Capítulo 5 💔

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🥀 𝑹𝒐𝒔𝒂 🌹

Abro a porta da minha sala respirando fundo, depois de ter passado a noite passada bebendo com Carla em uma boate é obvio que ficaria com ressaca, olho para Ben curiosa quando ele anda para minha sala de uma forma estranha. Fecho a porta depois de encarar os pais de Ben que estão acomodados em um sofá na recepção.

Vou para o lado de Ben no sofá, percebendo suas bochechas vermelhas e algo embolado em seu moletonzinho e seus olhos na sua mão.

- Ben, está tudo bem? - pergunto, esquecendo de usar o meu lado profissional.

- Eu trouxe algo... para você - murmura baixinho.

Murmuro um "o que?" confusa, tentando entender o que ele esta aprontando, vejo suas mãos pegarem o que está embaixo da seu moletonzinho. Uma rosa, o olho sem entender porque ele escondeu a rosa, mas me desconcentro ao escuta-lo me chamar.

- Rosa... - Benedito para de falar e respira fundo - eu trouxe uma rosa... para você.

Me sinto hipnotizada com os seus olhinhos brilhantes me olhando envergonhado, sinto um sorriso tentar sair dos meus lábios por entender porque ele escolheu me dar uma rosa, meu nome.

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas ao lembrar do meu pai falando meu nome, de todas as vezes que eu acordei de manhã com uma rosa na mesinha do lado da minha cama. Sorrio ao ter as mãozinhas quentes de Ben em meu rosto, secando minhas lágrimas.

- Diculpa, naum quiria ti deixar tiste - Ben fala tremendo e vejo ele engolir em seco percebendo como falou.

Ele falou igual uma criança... o porra, ele tem infantilismo...

O olho surpresa, lembrando de todas as seções que tivermos, de toda a dificuldade dele falar comigo, dele sempre se sentir desconfortável ou pode ser medo de mim. Tento conectar tudo, mas sei que não posso diagnosticá-lo do nada, respiro fundo com minha cabeça a mil por hora.

Escuto um soluço baixinho, e o olho surpresa vendo seus olhinhos com lagrimas não derramadas, um biquinho fofo em sua boquinha, parecendo estar em desespero. Pega suas mão rápido, reagindo para tentar acalma-lo.

- Está tudo bem... - falo baixinho - Eu amei a rosa.

Tento desconcentrar ele, querendo que ele perceba que não liguei e percebi por ele falar errado, agindo normalmente. Seus olhinhos vão para as nossas mãos juntas e que estou fazendo um carinho devagar.

- Eu só me emocionei quando vi a flor, não estou triste - digo calma, sentindo os tremores da sua mão parar as poucos.

- Ben falou errado... - escuto murmurar baixinho, um soluço saindo de novo parecendo voltar a se desesperar.

- Que que tem? - pergunto.

- Ben naum podi falar elado - sorrio pelo jeitinho fofo.

- Quem te falou isso? - pergunto me sentindo preocupada por quem ter falado isso.

- Todo mundo...

- Seus pais também? - ele balança a cabeça devagar.

Porra, penso na forma que tenho que lidar com isso, mesmo que meu coração grite para abraçar Ben e não solta-lo nunca mais. Mas preciso descobrir direito o que está acontecendo, leva-lo em um psiquiatra para me ajudar a diagnosticar se Ben tem transtorno de personalidade.

- Por isso fala certinho? - pergunto tentando voltar a ser uma profissional, só tenho um balançar de cabeça como resposta - Ben eu preciso que você me explique o que está acontecendo para eu poder te ajudar...

- Você podi ajuda Ben a ser normal? - pergunto baixinho e sinto meu coração apertar ao escutar sua voz tão triste.

- O que você acha que é ser normal?

- Naum falar elado, naum usar pepeta, naum queler ver desenhu...

- Então bebês não normais, - o interrompo percebendo que ele vai continuar nessa linha de raciocino - porque bebês fazem essas coisas.

- Mas bebê podi, Ben naum - fala sua voz ficando cada vez mais triste

- Por que você não pode? - pergunto, me segurando para não abraça-lo. Eu sou uma profissional...

- Purque meus papais batem em Benedito se Ben se cumportar assim - funga baixinho.

Foda-se se sou profissional. Abraço seus corpinho encolhido, sentindo ele ficar tenso por um momento ate me abraçar de volta, a Rosa que ficou em seu colo caindo no chão no processo. Faço um carinho em seus cabelinhos, escutando seus soluços baixinho em meu peito enquanto chora.

Estremeço ao sentir seu coro cabeludo com algumas partes sem cabelo e ferido, levo minha mão para suas costinhas não querendo machuca-lo ao tocar nas feridas da sua cabeça. Lembro da primeira vez que o vi, seus cabelinhos para trás parecendo que alguém os levou bruscamente.

- Ben naum podi cholar - sussurra soluçando.

- Meu anjo, é obvio que pode, você fazer qualquer coisa perto de mim - beijo seus cabelinhos - Nunca irei te julgar.

Sinto ele chorar baixinho enquanto me agarra forte como se a qualquer momento fosse o solta-lo, trago ele mais perto de mim, sabendo que ele precisa desse contato. Penso no que eu tenho que fazer agora, não posso leva-lo na delegacia sem provas que ele esta sendo machucado pelos pais.

- Anjo, você sabe o que é infantilismo?

- Ben sabi - soluça - Ben tem isso...

- Você foi diagnosticado?

- Papais di Ben levou ele pala um moço quandu tinha tleze anos, ele disse qui tinha isso - fala parecendo tentar se acalmar - Mas papais falaram qui naum tenho, qui era falta di surra.

Sinto seu corpinho estremecer junto com o meu, parecendo começar a desesperar mais, preciso de provas do que está acontecendo, e de um advogado para me ajudar a lidar com essa situação da melhor forma, Não quero mais ainda prejudicar a saúde mental de Ben, mesmo que parece que já estar prejudicada.

- Irei te ajudar anjo... - prometo sussurrando - Ninguém nunca mais irá te machucar.

- Vai ajudar o Benedito a ser normal? - parece mais triste ainda.

- Irei ajudar Ben a ser ele mesmo - falo firme, querendo mostrar confiança.

💛💛💛💛💛💛💛💛💛💛💛💛💛

Esse capitulo não teve revisão então se tiver algo escrito errado, por favor me avisem.

Bem aleatório, mas tenho uma pergunta pra vcs.

Quantos anos vcs tem??

Fiquei curiosa pra saber a idade de vcs, eu tenho 16. ♥️

✨ Data que postei o capítulo: 31/08/2021

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

Meu Anjo BeneditoOnde histórias criam vida. Descubra agora