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       No início de tudo não foi nada fácil, pois sai sem muito dinheiro, o pouco que tenho são das vendas que o abrigo fazia. Sim, nós vendíamos doces, limonadas e fazíamos pequenos artesanatos.
A quantia que ganhavamos era boa para ajudar nas despesas do abrigo, o que sobrava a diretora do abrigo dividia para as garotas. Por sorte as outras garotas malvadas e mimadas não pegavam o meu e o da May.

- boa noite será que vocês tem quartos vagos ainda.- pergunto para uma senhora de meia idade, assim que pergunto ela me olha e pergunta:
- você fugiu de casa criança. - não senhora - respondo em alto e bom som para que ela acreditasse em minhas palavras.
- você deve ser bem novinha, tem idade para ser minha neta sabias.- disse a senhora.
- olha dona ... - Olga - diz a senhora.        - dona Olga, eu não fugi de casa eu só quero um quarto para poder descansar pois eu estou bem cansada,já andei demais e quero comer um prato quente, apenas isso será que a senhora entende. - A  senhora por sua vez apenas acenou com a cabeça e, me entregou uma chave.- peguei-a e subi as escadas em direção ao quarto.

- Adentrei o quarto, e joguei-me na cama confortável. - a decoração era bem simples, mas, bem acolhedora as paredes que continha em cores claras, logo percebi que, ali tinha um  banheiro e logo fui tomar um bom banho relaxante.
   Assim que terminei vestir uma roupa confortável que estava em minha bolsa e também peguei a minha pequena bíblia para ler um pequeno versículo. Terminei e ouvi batidas em minha porta, caminhei até a mesma e abri, e adivinhem quem era, isso mesmo dona Olga.

    - Olá querida- disse ela. - dona Olga estava com uma bandeja farta, no mesmo instante fiquei com água na boca, pois a bandeja estava com um cheiro delicioso e com muita educação pedi para que ela entrasse no quarto.- tome trouxe isto para você. - ela estendeu a bandeja para mim, peguei e agradeci.
- então não irá me contar o que te trouxe pra está cidade srta. S/N. - eu já estava saboreando aquela deliciosa comida que dona Olga trouxe pra mim, que com sua pergunta fez eu me engasgar.  Não poderia contar para ela que sou órfã ela provavelmente chamaria o conselho tutelar e todo o meu esforço teria sido em vão, ou poderia contar.

- d...dona O...olga- sim, gaguejei miseravelmente.- sinto lhe dizer mas é um assunto pessoal.
- Querida, eu tenho certeza que você fugiu de algum ou alguém, mas não pressionarei você a me contar, lhe darei tempo para pensar, irei te contar um pequeno fato sobre minha vida. Quando eu tinha praticamente a sua idade eu também fugi só que, diferente de vc ninguém me ajudou, eu estava praticamente sozinha naquela cidade onde eu me encontrava. - ela me contava esse fato sobre a sua vida e eu apenas fiquei de cabeça baixa, os motivos pelo qual ela fez isso devem ter sido piores não sei dizer.
- dona Olga eu sinto muito, pelo que você deve ter passado. - eu disse a senhora que me fitava com seus olhos castanhos claros.
-Não se preocupe querida, por mais que, a luta tenha sido dura e difícil eu conseguir vencer. O motivo pelo qual fugi foi porque os meus pais queriam que eu me casasse com um homem muito mais velho que eu, eu não o amava e não iria ama-lo nunca, pois o meu coração já tinha dono.
- qual era o nome do seu amado dona olga. - perguntei a senhora.
- Henrique, henrique castro. - disse dona Olga. - eu vim para está cidade, e não demorou muito ele também veio e por incrível que pareça o destino nós uniu novamente.
Nos casamos e fomos felizes durante muitos anos mas no ano passado o meu velho faleceu.
- Assim que dona Olga me disse isso percebi uma lágrima descendo sobre os meus olhos, sim eu gosto de casais românticos, fiquei bem triste por esse final do casal. - dona Olga percebeu minhas lágrimas e á enxugou. - não chore criança, fomos muito felizes juntos isso aquece o meu coração, por mais que ele não está presente aqui comigo, as lembranças boas nunca irão embora entende.
- sim senhora, é que, eu...eu amo casais românticos. - rir com a minha  confissão, e dona Olga me acompanhou nas risadas. - Bom querida a conversa está boa mas, tenho certeza que, você está cansada da sua viagem e quer descansar não é?
- um pouquinho. - eu disse para dona Olga. - mas a senhora não me incomoda de jeito nenhum dona Olga.
- eu sei querida, vou vim te visitar, muitas vezes, se você permitir é claro. O hotel é com poucos quartos e aqui em flower town não tem tantas atrações, muitas famílias viajam para outras cidades e aí já sabe né.
- claro. - eu disse. - dona Olga por aqui tem algum lugar para procurar emprego, a senhora sabes me informar.
- Bom por aqui tem vários lugares que você terá oportunidade de procurar querida, tenho certeza que irá encontrar um fácil fácil. - disse dona Olga pra mim.
- obrigada pela informação dona Olga vou sair amanhã mesmo em busca de um. - eu disse.
- você parece ser bem esforçada querida, muitos jovens nessa idade n pensam apenas em curtir a vida.
- dona Olga disse isso e eu apenas acenei com a cabeça.
- bem, boa noite querida tenha bons sonhos.
- lhe desejo o mesmo, dona Olga.

Continua....