Capítulo 4

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Passei o resto do final de semana agarrada em Andrew. Quando já estava no fim de tarde, pedi a Andrew que me levasse para casa, por mais que eu viva mais na casa dos Kane do que na minha, ainda tenho uma casa e uma mãe.
Quando estávamos no entrando no carro, Andrew perguntou.

- Quer uma carona amanhã para a escola?, sei que Liza te levava, e não tenho muita certeza se Liza irá olhar para nossa cara amanhã.

Liza. Liza era uma das pessoas mais dramáticas da história, se ela cortasse o dedo com papel, ela dizia que iria perder o dedo, ou que teria uma infecção que a mataria, brincávamos que Hollywood estava perdendo a sua atuação. Não duvido que Liza não irá falar comigo amanhã, nem depois de amanhã, e nem depois, por mais que eu queira explicar, sei que com ela, não adianta insistir muito, quando ela estiver pronta para ouvir, contarei a ela.

- Se não for incômodo, eu aceito a carona - digo respondendo Andrew.
- Ótimo, te pego as 7:00, ok? - pergunta Andrew.
- 7:00!, nossa aula só começa às 7:30, e da minha casa até a escola demora só 10 minutos. - digo - Tem alguma coisa para fazer?
     - Como sou capitão do time, o treinador pediu para eu chegar mais cedo, para conversamos sobre técnicas para o ano, etc.
   - Ah sim - respondo
   - Chegamos - disse Andrew - Boa noite linda, sonhe comigo.
    - Boa noite - digo revirando os olhos.

   Quando entro em casa, vejo a minha mãe na ilha da cozinha bebendo seu vinho e comendo queijo.

   - Pensei que agora ia se mudar de vez para a casa dos Kane - diz rindo - tudo bem? - pergunta minha mãe, me vendo meio triste.
   - Mais ou menos, eu e Liza brigamos.
   - E qual foi o motivo?
   - Eu e Andrew dormimos juntos - digo em voz baixa.
    - Pensei que já tivessem feito isso - diz a minha mãe tomando um gole do vinho.
   - Você e a tia Diana, prevendo o futuro. Mas está tudo bem para você? - pergunto - quer dizer, vc surtou quando eu disse que tinha perdido a virgindade.
   - Sabia que uma hora ou outra você e Andrew dormiriam juntos, e sem problema, vocês formam um casal bonito - responde a minha mãe na maior calma. - Vocês usaram camisinha, certo?
   - Certo
   - Então está tudo bem, vá dormir, amanhã tem que acordar cedo.
   - Boa noite mãe
   - Boa noite filha

    Isso foi melhor que o esperado, minha mãe costuma surtar por essas coisas. Ainda não acredito que minha mãe e a tia Diana já tinha falado sobre isso, se bobear, já tem até uma pasta no Pinterest com o nosso casamento pronto.
   Tomei um banho quente e relaxante, coloquei meu pijama, dei uma última olhada no telefone e fui deitar.

...        

   E não foi que sonhei com Andrew, ele deve ter feito alguma coisa, estávamos deitados na grama, em um campo florido, estávamos rindo de alguma coisa, o sonho estava ótimo, mas o meu despertador deve que me acordar.  Ao som de "left hand free", levando e desligo o meu despertador.
   Tomo um banho rápido e troco de roupa, desço para tomar café e já sinto o cheiro de panqueca.

   - Bom dia mãe - comprimento.
   - Bom dia filha

   Escuto a campainha tocar, quem será tão cedo?

   - Eu atendo - diz a minha mãe já indo até a porta, em quanto isso me delicio com a panqueca.
   - Oi querido, como vai? - escuto a minha mãe dizer com quem quer que tenha chegado. Logo em seguida vejo minha mãe e Andrew entrando na cozinha.

- Oi linda - comprimento Andrew me dando um selinho.
- Eu disse que formavam um casal bonito - comenta a minha mãe - bem, eu tenho que ir trabalhar, vejo vocês depois crianças - dando um beijo na minha testa e na de Andrew.
- Tchau mãe - digo dando um beijo na sua bochecha. Me viro para Andrew e falo - Não precisava entrar, me mandava mensagem e eu saia.
- Faz um tempo que eu não venho na sua casa Lice - como eu odeio que ele me chame assim - e como sei que você é uma dorminhoca, talvez eu precisasse te tirar da cama.
- Primeiro, você veio aqui em casa semana passada, segundo, se você chegasse perto da minha cama, você ia ficar por lá - digo terminando as panquecas.
- Talvez você tenha razão - diz Andrew.
- Eu sempre tenho razão querido - digo pegando minha mochila - vamos? - pergunto a Andrew.
- Vamos - responde ele abrindo a porta.

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