II

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"Por aqui, Senhorita" Regina olhou para o homem abrindo a porta do que seria sua cabine pelo próximo mês. Em seu peito ele carregava uma etiqueta que sinalizava seu nome: Sidney Glass.

"Regina, por favor" Já estava ficando cansada de corrigir a tripulação "Obrigada, Sidney"

Ele assentiu e lhe deu um cartão de acesso que servia como chave do local.

"Muito obrigada por viajar conosco" Ele sorriu e Regina lutou para não revirar os olhos, ela só queria se jogar na cama e dormir por uma semana "Qualquer coisa que precisar pode falar com a tripulação pelo nosso sistema de interfone. As instruções estão ao lado do aparelho. Em caso de chuvas e tempestades nós aconselhamos manter distância das portas da bancada, pois elas se fecham automaticamente"

A morena estremeceu só de pensar em uma tempestade. Isso tinha sido um dos motivos pelos quais ela lutou tanto contra essa viagem, ela tinha pavor de tempestades e pensar em ficar presa em um navio em alto mar no meio de uma... Ela balançou a cabeça afastando o pensamento.

"Obrigada" Ela disse entrando na cabine e hesitou antes de fechar a porta "Você sabe que horas é servido o jantar? Eu fui convidada mas não me falaram do horário"

Ela sabia que se chegasse atrasada ou não aparecesse sua mãe ouviria logo sobre e não queria ser incomodada com as reclamações de Cora.

"Bom..." O homem franziu a testa "O jantar pode ser servido a hora que os passageiros quiserem... Não temos um regime de horários, nossos restaurantes funcionam vinte e quatro horas. Talvez se me falasse para onde esse convite foi feito?"

"Não sei, Albert Spencer foi quem me convidou, não imagino que você o conheça?" O homem negou "Ele disse algo sobre a mesa da Capitã?"

Regina trocou o peso de perna impaciente.

"Ah sim" Os olhos de Sidney brilharam em reconhecimento "O jantar com a Capitã é servido às oito no Salão de Bailes"

Regina olhou rapidamente para o relógio de ouro branco em seu pulso, era seis e quarenta cinco. Não tinha muito tempo se quisesse estar apresentável e tudo que queria era dormir...

Ela suspirou e agradeceu novamente, fechando a porta atrás dele.

Em seu cansando ela quase não notou o esplendor da cabine que seu empresário, Robert Gold, havia lhe reservado. Apesar de frio e duro, o homem conhecia Regina como a palma de sua mão e tudo naquele lugar a fez se sentir extremamente confortável. Era luxuoso, ela admitia, as grandes portas da sacada que haviam sido alertada sobre eram realmente gigantes com adornos brancos mas foi a vista por trás delas que a deixou sem palavras. Da lateral do navio, ela conseguia ver o fim do pôr do sol enquanto deixavam o porto da Flórida.

Virando de costas, ela absorveu o resto do cômodo. A cabine possui tudo que uma pessoa precisava para viver durante um mês e mais... Logo na entrada uma grande mesa de mármore com um arranjo de rosas no centro chamava a atenção, seguido por um sofá de três espaços e uma televisão. Andando, Regina pode encontrar a entrada de uma pequena cozinha, com uma pia e uma frigobar mas sem nenhum fogão, não que ela precisasse. Como cliente Premium todas suas refeições estavam inclusas em seu pacote.

Ela não se lembra de ter discutido sobre o preço dele, apenas aceito de seu empresário mas ela sabia que não deve ter sido barato. Ela deu de ombros, ela recebia o suficiente como atriz para viver bem para o resto de sua vida e não tinha muitos gastos. O apartamento que morava em Los Angeles era seu, tinha comprado com o primeiro cheque que recebeu de uma grande gravadora e suas despesas também eram poucas.

Passando a mini cozinha, ela viu a entrada do banheiro e adiantou o passo para lavar as mãos. O cheiro de lavanda era forte e ela franziu o nariz, iria ter que perguntar se podiam trocar o cheiro do sabonete, pois odiava lavanda. Secou a mão e foi em direção ao quarto.

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