First

101 5 0
                                    

Anna é o nome que os meus pais me deram, não gosto muito mas também não tenho grande escolha.
Voltar à escola depois das minhas péssimas férias de verão é um alívio enorme. Estar todos os dias em casa a trabalhar e ajudar no que for necessário não é propriamente algo que um adolescente queira fazer hoje em dia. Às vezes penso se seria diferente se os meus pais ainda estivessem casados, será que iria estar sempre em casa?  Teria mais liberdade do que tenho?  Iria eu deixar de ser repreendida por estar com o meu namorado?  Deixar as desculpas para estar com ele?
Talvez fosse, ou então seria igual ao que tem sido. Estou apenas nos meus jovens quinze anos acabados de realizar.  Por esta altura, a maior parte das raparigas já teria namorado ou "comido" uma lista interminável de rapazes mas digamos que ainda sou nova em questões amorosas. O meu primeiro namorado é ainda meu amigo e posso considerar que ele é como um melhor amigo, está sempre lá para mim independente do que aconteceu connosco, foi um namoro de um ano e meio. Nunca ele me tocou em sítios íntimos e foi com ele que dei o meu primeiro beijo a sério. Como todas as meninas de primária eu também casei a brincar e também dizia que o Carlitos era o meu namorado, mas acho que isso é o tempo da nossa inocência não considerando por isso que seja como um namoro.
O meu segundo namorado foi neste verão, apesar de não ter tirado muito tempo para estar com ele foi bom, diferente do primeiro namorado que tive mas incrível ao mesmo tempo. Em agosto acabámos e digamos que tive um pouco mal mas sofrer por ele acho que nunca. Apesar de querer saber como é que ele tem estado ao mesmo tempo não o quero encarar no autocarro ou na escola. Por azar dos azares vivemos perto um do outro o que faz com que apanhe o mesmo autocarro que ele.
Decido que já se faz tarde e saio da cama para me vestir. Sempre gostei muito do dia das apresentações, o porquê é me desconhecido mas é apenas um facto sobre mim.
Visto um croptop e uns jeans ganga, calço os meus creepers pretos e dou um jeito com a escova ao meu longo cabelo castanho claro. Não gosto muito de maquilhagem mas coloco um pouco de rimel.
Pego na minha mochila e num papel amarelo que me fará poder viajar para a escola sem pagar, só na apresentação é que me vão entregar o meu passe escolar e o cartão da escola pessoal, saio do meu quarto percorrendo o corredor para a saída de casa, saio e verifico as horas no meu IPhone. São 07:25 por isso não estou assim muito atrasada. Rapidamente chego à paragem cumprimentando os meus antigos colegas de turma, logo chega o autocarro e entrámos. Depois de mostrar o meu papel amarelo viro-me para a imensidão de lugares quase todos ocupados naquele veículo encontrando o olhar do rapaz que havia sido um mundo para mim e que agora só me dá desprezo. Avanço com cautela e senti-me no banco ao lado de um rapaz que o nome desconheço. Coloco os meus auriculares e coloco a minha música para esta viagem de trinta minutos.
**
Dirijo-me para a sala que o diretor desta escola indicou que era da minha nova turma. Isto é enorme e não faço ideia onde é a sala 409 , acho melhor perguntar a alguém. Vejo um rapaz todo vestido de preto de costas para umas grades concentrado no tablet à sua frente. Ele faz me lembrar alguém mas não consigo me lembrar de quem. Usa um casaco longo preto e o seu cabelo é castanho um pouco escuro e grande. Tem um corpo bem estruturado e é imensamente alto para alguém que só mede 1,58 que é o meu caso. É o rapaz mais bonito que vi até hoje e isso faz com que sinta as minhas bochechas quentes só de pensar em falar com ele. Devo falar?  Existem mais pessoas aqui a quem posso perguntar, mas gostava mesmo de saber como é a sua voz.  Grossa, fina ou doce? Ou mesmo rouca?

Olá
Sei que demorei imenso a publicar mas isto não está muito fácil para mim na escola. Bem aqui está o primeiro capítulo. Acham que ela deva ir falar com este rapaz misterioso?  O que acham que vai acontecer?  Palpites de quem seja o boy?
Quero comentários e 3 votos? 
LY

UnknownOnde histórias criam vida. Descubra agora