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O grande prêmio de Baku era insano

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O grande prêmio de Baku era insano.

Sentia-se animado para vencer, sofrendo um pouco com a mente avoada. Michael começava a se preocupar com a falta de reflexo. Não conseguia conter os pensamentos quando não estava com ela. Conversavam por mensagens e ligação, porém não era o suficiente. Queria despertar entre suas coxas, ouvindo os gemidos baixos que soltava quando ainda sofria com o cansaço.

Saiu-se bem no treino e classificatória, ficando atrás de Lando, no P5. Todos o parabenizaram pelo grande feito, mas não se esforçou muito para vencer. Ele só queria vê-la no fim.

Aceitou dar uma volta com Max. O holandês carregava duas cadeiras de praia, e ele uma caixinha de isopor com as bebidas ainda geladas. A pista estava vazia, ficaria assim até amanhã quando as corridas começassem.

— Quero saber como foi seus dias de amor no paraíso.

O loiro não se afastou muito do paddock. Pararam no gramado. Instalaram-se antes de finalmente abrir as latinhas de energético.

— Estou apaixonado.

— Bom pra você.

Daniel dera um gole breve por está muito gelado.

— Ela me completa, Max.

— Que bom.

— Não me vejo sem aquela mulher.

— Nossa.

— Tive um problema de confiança, mas conseguimos resolver tudo.

— Você? Com problemas de confiança?

— Não quero perdê-la de novo, nunca mais. – arfou pensativo.

— Compreensivo.

— Max. – chamou, mesmo estando de frente para o loiro – Já se apaixonou? – não esperou o loiro respondê-lo, abriu um sorriso sabendo da resposta – Claro que sim, você tem a Kelly.

O holandês dera mais um gole, o amargo tornando-se maior na língua.

— Já me apaixonei sim. – esticou as pernas, a mão fechada em punho no queixo – Ela tinha cabelos turquesa, não desviava os olhos de livros bobos e conseguia me fazer rir o tempo inteiro. Foi antes da Fórmula 1, a melhor decisão da minha vida, e depois nada mais superou.

— Achei que...

— Eu era muito jovem para entender a importância daquilo, mas o que um adolescente pode fazer? Meu pai já tinha tudo planejado para mim e namorar não estava incluso.

— E você nunca voltou para ela?

Max riu sem humor.

— Todos os dias eu dirijo para que ela me veja. Venço apenas para não ser esquecido. Ela pode ter o homem que quiser, no entanto meu rosto continuará nas revistas, jornais, noticias. Ela vai me ver querendo ou não, se lembrará do que me fez passar, do sofrimento contínuo. – rosnou irritado. – Quero que feche os olhos e ouça o quão bom sou.

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