-Por favor. -A garota implorou fazendo cara de cachorro pidão. -Prometo que não te peço mais nada.
-Você disse isso da última vez.
-Dessa vez estou falando sério. Vai ser só uma bolsa. O cliente quer que eu vá de vermelho e não tenho nenhuma bolsa que combine.
-Ele a olhou com os olhos semicerrados -Tudo bem. -e pegou sua carteira estendendo um cartão de créditos.
-Obrigada. -Ela tentou pegar, mas ele puxou o cartão de volta. -O que foi?
-Apenas uma bolsa.
-Eu prometo.
-Da última vez você disse que seria 1 sapato e chegou com 5 pares e 1 jaqueta de couro.
-É que estavam em promoção. Mas dessa vez vai ser apenas uma bolsa.
-Eu vi você cruzar os dedos.
-Ela pegou o cartão rápido. -Obrigada! -e gritou saindo correndo da sala.
-Você deveria parar de mimar essas garotas, elas não são suas filhas.
-Boa noite para você também, Pakorn. O que aconteceu? Achei que iria trabalhar com o chefe.
-Ele estava ocupado. -Tul disse cabisbaixo deitando no sofá e abraçando a almofada.
-Ah, entendi. Ele te fodeu e te expulsou da casa dele.
-Vai se ferrar.
-O homem riu. -Vem, vamos trabalhar.
-Posso ficar deitado aqui um pouquinho?
-Não, isso não é um hotel... Tenho um cliente que quer 2 mulheres mais ou menos na casa dos 30, precisam ser ruivas ou loiras e especificamente magras. Essas são as que temos.
-Eu não quero trabalhar.
-Se não trabalhar, não ganha dinheiro.
-Ok.
Ele levantou irritado e pegou a pasta que o outro entregou a ele.
-Lana e... Jisung. Elas possuem ótima educação, ambas são bilíngue, conversam muito bem, são simpáticas e magras, como o cliente deseja. -Ele jogou a pasta longe e se recostou na cadeira.
-Muito bem... Posso te dar um conselho, Tul?
-Não.
-Eu vou dar mesmo assim. -Disse se ajeitando na cadeira. -Você precisa parar de se iludir com as coisas que o Suppasit diz para você.
-Eu sei, mas ele é tão... -Gesticulou tentando encontrar palavras.
-Babaca? Rico? Prepotente?
-Eu ia dizer lindo, na verdade. Mas todas as palavras que você disse encaixam.
O homem riu ao mesmo tempo que uma mulher bateu na porta ainda aberta.
-Senhor Nattapol?
-Sim?
-Alguém deseja vê-lo na sala de reuniões.
-Quem?
-Não me permitiram dizer quem é. Mas a pessoa disse que você saberá.
-Tudo bem, já estou indo. Obrigada, Ana.
-A mulher sorriu. -De nada, senhor. -e saiu.
-Não me demoro. Pode estudar o cliente enquanto isso. -Ele jogou outra pasta em cima de Pakorn antes de sair depressa.
Ele abriu o arquivo desinteressado.
-Esse homem feio está exigindo mulher bonita? Argh.
O celular do mesmo tocou alto o assustando por alguns segundos.
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À Beira da Escuridão
Fanfiction[PAUSADO] Essa é uma história 18+ que irá conter violência, sexo, drogas, prostituição, dependência emocional, síndrome de Estocolmo, entre alguns outros pontos sensíveis. Nada do que será descrito será para romantização dos personagens e/ou situaçõ...