♤ Cap. 2 - Melhor Você Correr ♤

123 18 9
                                    

-Por favor. -A garota implorou fazendo cara de cachorro pidão. -Prometo que não te peço mais nada.

-Você disse isso da última vez.

-Dessa vez estou falando sério. Vai ser só uma bolsa. O cliente quer que eu vá de vermelho e não tenho nenhuma bolsa que combine.

-Ele a olhou com os olhos semicerrados -Tudo bem. -e pegou sua carteira estendendo um cartão de créditos.

-Obrigada. -Ela tentou pegar, mas ele puxou o cartão de volta. -O que foi?

-Apenas uma bolsa.

-Eu prometo.

-Da última vez você disse que seria 1 sapato e chegou com 5 pares e 1 jaqueta de couro.

-É que estavam em promoção. Mas dessa vez vai ser apenas uma bolsa.

-Eu vi você cruzar os dedos.

-Ela pegou o cartão rápido. -Obrigada! -e gritou saindo correndo da sala.

-Você deveria parar de mimar essas garotas, elas não são suas filhas.

-Boa noite para você também, Pakorn. O que aconteceu? Achei que iria trabalhar com o chefe.

-Ele estava ocupado. -Tul disse cabisbaixo deitando no sofá e abraçando a almofada.

-Ah, entendi. Ele te fodeu e te expulsou da casa dele.

-Vai se ferrar.

-O homem riu. -Vem, vamos trabalhar.

-Posso ficar deitado aqui um pouquinho?

-Não, isso não é um hotel... Tenho um cliente que quer 2 mulheres mais ou menos na casa dos 30, precisam ser ruivas ou loiras e especificamente magras. Essas são as que temos.

-Eu não quero trabalhar.

-Se não trabalhar, não ganha dinheiro.

-Ok.

Ele levantou irritado e pegou a pasta que o outro entregou a ele.

-Lana e... Jisung. Elas possuem ótima educação, ambas são bilíngue, conversam muito bem, são simpáticas e magras, como o cliente deseja. -Ele jogou a pasta longe e se recostou na cadeira.

-Muito bem... Posso te dar um conselho, Tul?

-Não.

-Eu vou dar mesmo assim. -Disse se ajeitando na cadeira. -Você precisa parar de se iludir com as coisas que o Suppasit diz para você.

-Eu sei, mas ele é tão... -Gesticulou tentando encontrar palavras.

-Babaca? Rico? Prepotente?

-Eu ia dizer lindo, na verdade. Mas todas as palavras que você disse encaixam.

O homem riu ao mesmo tempo que uma mulher bateu na porta ainda aberta.

-Senhor Nattapol?

-Sim?

-Alguém deseja vê-lo na sala de reuniões.

-Quem?

-Não me permitiram dizer quem é. Mas a pessoa disse que você saberá.

-Tudo bem, já estou indo. Obrigada, Ana.

-A mulher sorriu. -De nada, senhor. -e saiu.

-Não me demoro. Pode estudar o cliente enquanto isso. -Ele jogou outra pasta em cima de Pakorn antes de sair depressa.

Ele abriu o arquivo desinteressado.

-Esse homem feio está exigindo mulher bonita? Argh.

O celular do mesmo tocou alto o assustando por alguns segundos.

À Beira da EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora