Clássico 123

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Kazumi saiu correndo até seu irmão que permanecia gritando com a dor da perda. Nenhum momento havia sido tão doloroso do que esse dia para Naoki que finalmente conseguiu o que mas queria no mundo, ser reconhecido pelo seu pai e ouvir aquelas palavras lindas de sua própria boca, em vez das pesadas palavras que ele lançava para o garoto, mas ele realmente sentia que seu mundo ali estava despedaçado. Para Raijin que nunca tinha perdido algo assim, ele não sabia como reagir, mas Akira, ele conhecia a dor da perda! E tudo que Naoki precisava era um tempo para ele e tudo.

“A verdade é que, nada pode apagar uma dor assim, vai sempre o acompanhar...”, pensou Akira se afastando. “Contudo, mesmo com esse acontecimento Naoki... Você tem ainda sua mãe e seu irmão... Isso passa mas as lembranças ficam então, não se sinta tão pra baixo.”

O rosto de Akira ficou neutro e ele se aproximou colocando a mão no ombro do garoto e apertando, como se quisesse passar conforto. Olhando agora para ele, a expressão de Naoki se anuviou, cobrir-se de tristeza e armagura e principalmente dor, seus lábios fazia ondas e os olhos preenchido de lágrimas via a maiores das dores. Apertando seu peito Akira se afasta novamente, aquilo o incomodava pois lembrava seu passado e isso já deu para ele, deu pois não quer passar mas por aqueles sentimentos. Com o silêncio muito desconfortável, Kazumi se manifesta e diz:

– Você... Está bem? — perguntou Kazumi o olhando.

Naoki confirmou com a cabeça, devagar.

– Eu estou...! Ele se foi... Mas... Foi mudado... Está em paz agora...

– Mas, Naoki você não me parece está bem...

– Isso não importa mas...

– Meu Deus, para de fingir como se não estivesse mal, você está péssimo! Está quebrado e chorando!!! Não tente guardar para você... Pelo menos compartilhe, isso vai diminuir... Não significa que ela vai sumir mas pelo menos vai te fazer bem... Naoki... — diz Raijin pondo a mão sobre a dele. – Não sei o que dizer para te confortar, mas pelo menos não se deixe assim... Tão mal.

– Não posso dizer o que estou sentindo claramente, eu também não quero compartilhar o que eu estou sentindo a nenhum de vocês, pretendo guardar até quando eu estiver pronto...

– Ok — o rosto de Raijin se vira tão rápido que seu cabelo passou por cima do rosto de Naoki, os fios acaricia as bochechas do Hyūga. – Precisamos ir até nossos companheiros, achamos ele e ele está bem como diz.

– No meio do caminho eu falo o que aconteceu comigo e meu pai... Isso eu poderei falar, mas, Raijin, meus sentimentos são uma bagunça.

Ele diz passando pelo garoto enquanto era levado por Kazumi.

– He, os meus também são!

Os dois sorriram junto, mas o sorriso do Naoki era tão falso que poderia ganhar até de um DVD pirata, Raijin percebe isso pois, quem disse que ele nunca usou um sorriso assim para esconder suas amarguras? Seu sofrimento quando seu pai não estava por perto tem momentos que ele teve que esconder alguma tristeza que veio do nada, ele não poderia culpar o garoto pois querendo ou não, era quase parecidos. A diferença é que aquele garoto que tá sendo carregado passou por poucas e muitas coisas, das muitas que muitas crianças não gostaria de passar e ele passou, viveu sendo vigiado por sua mãe e ainda, nunca pode escolher uma amizade sendo que a mulher que lhe dava comida julgava as crianças, parecia uma preconceituosa e racista, algo que Naoki nunca foi e nunca vai ser alguém preconceituoso, afinal sua aparência é muita feminizada. Por que ele iria julgar um semelhante por aparência, cor, raça ou orientação sexual? Todos são iguais a única diferença é que todos tem suas personalidades e aparência diferente... Mas ainda são seres humanos que tem osso e carne. Raijin suspira e sai correndo para acompanhar seus amigos na corrida que eles fazia.

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