Notas no final do capítulo!
Capa: Hiro
Historia: Tayuukie
Fanart da capa: não identificado.
Fanart do capítulo: não identificado.
Musica do capítulo: First Burn - Hamilton the musical.
_____________________________________A sala enorme que antes vivia cheia agora parecia solitária e sombria, apenas (mc) estava ali mas a atmosfera era pesada o suficiente para deixar o cômodo com a impressão de estar cheio. Ela estava sentada perto da lareira do local e o resto do ambiente estava escuro, a casa das lamentações por milagre estava silenciosa, ninguém se atreveria a fazer um barulho mínimo naquele dia.
Lucifer adentrou no recinto sabendo o que lhe esperava, havia feito merda e aquilo não passaria despercebido pela humana, ela sempre teve a personalidade forte demais para simplesmente chorar como se não houvesse amanhã e deixar o problema de lado. Ele tirou o casaco pesado que usava e deixou em uma poltrona próxima e em seguida mexeu no cabelo soltando um suspiro e se aproximando da garota.
—Eu salvei cada carta que você me escreveu, no momento em que te vi eu sabia que você era meu, você disse que era meu, eu pensei que fosse meu—ela declarou fazendo ele recuar com o que queria dizer, era melhor deixá-la falar. — Você sabe o que Diavolo disse quando eu falei o que você fez?
Aquilo o surpreendeu, achava que ele já sabia mas não que haviam tido tempo de conversarem, aquilo era assunto para depois pois não sabia o que passava na mente da garota e não ter o olhar dela sobre si para supor algo o matava lentamente.
—ele disse: "Você se casou com um Ícaro, e ele voou muito perto do Sol "— ela soltou, ele conseguia com clareza ouvir a voz do príncipe junto da dela naquelas palavras e imaginava o olhar decepcionado que ele lançaria se estivesse presente. Ele tentou chegar mais perto dela mas foi impedido por outra fala dela e o gesto de levantar a mão esquerda o fazendo recuar ao invés de avançar— não dê outro passo em minha direção, eu não posso confiar em você. Não pense que pode me conquistar novamente com suas palavras.
Ela levantou finalmente o olhando nos olhos com o ódio e repulsa que guardava desde ter recebido a notícia que quebrou seu coração, ela segurava uma caixa vermelha, a caixa onde guardava tudo que tinha para lembrar do amor do demônio do orgulho, ela abriu pegando alguns papéis ali e deixando a caixa em um banquinho próximo.
—(Mc)… por favor, vamos conversar—argumentar não iria ajudar, mas não custava tentar.
— Eu estou queimando as cartas que você me escreveu, você pode ficar aí se quiser, eu não sei quem você é e tenho muito o que aprender. —ele estava em choque, tentava falar algo mas sua boca só se mexia sem fazer som algum. Ela releu silenciosamente as cartas e estalou a língua enquanto lutava para evitar a lágrima em seus olhos cair. —Eu estou relendo suas cartas e observando elas queimarem.
Ela jogou o monte de papel na lareira fazendo uma lágrima sair do rosto do maior, eles trocavam cartas a um bom tempo, ela achava romântico e ele não impediria a felicidade da mulher que amava. Mas o destino gostava de lhe pregar peças e ele cometeu o pior erro que poderia, entenderia se ela desistisse dele, não julgaria. Afinal, uma vez que a confiança é quebrada ela nunca volta a ser o que era antes.
—Você publicou o que ela escreveu, você contou para Devildom toda como você trouxe essa garota para nossa cama. E para limpar o seu nome você arruinou nossas vidas!—ele se sentia sujo em todos os lugares onde havia permitido o toque da amante enquanto estava levado pelo desejo e não pela razão, não adiantaria falar que foi um deslize pois o único jeito que havia achado para aliviar o stress era aquele. (Mc) o tirou desse transe jogando uma bolinha de papel de outra carta no peito dele, a realidade novamente dava uma joelhada no estômago mostrando como era sentir dor, a dor que transbordava pelos olhos demonstrando que ele não conseguia conter para si como sempre fez. — que perdoem quem sussurre "ele é parte de um esquema!" O seu "inimigo" sussurra então você tem que gritar!
Ela chorava também, mas não por tristeza e sim por raiva enquanto gesticulava rapidamente e às vezes apontava o dedo para ele, em qualquer outra situação aquilo seria uma falta de respeito na visão dele, mas agora parecia um castigo do qual ele não queria receber mais sim que merecia.
—mas eu sei dos sussurros, eu vi como você olha o Diavolo…—aquilo o irritou, ela sabia mas o olhar de desprezo dela o fez repensar se valia a pena essa discussão naquele momento. Ele respirou fundo e tentou pegar na mão dela e recuando um passo quando ela removeu a mão bruscamente. — NÃO! eu não sou ingênua! Eu vi cada demônio envolta de você! Não ache que não percebi como todos caíram no seus charmes! Todos os seus charmes!
Ela se aproximou dele agora parecendo levemente mais calma, ela o olhava profundamente e isso mostrava o como ela estava machucada com aquilo, ele tentou levar a mão ao rosto dela mas ela virou antes do contato chegar o fazendo desistir.
—me perdoa (mc)…—ele implorou com a voz falha se arrependendo de tudo o que causou.
— Eu estou me apagando da narrativa, deixe que os futuros historiadores perguntem como a (mc) reagiu quando você quebrou o coração dela! E você jogou tudo isso fora agora veja queimar…— declarou demonstrando a dor e tristezas finalmente aparecendo, ambos choravam rios e sentiam a culpa corroer a alma, cada vez mais aquilo parecia a dor e ardência de queimaduras que ambos suportam até aquele momento. Ela virou de costas novamente voltando a lareira que já havia queimado praticamente todos os papéis, o sorriso convencido porém melancólico no rosto dela era a pior cena do dia de Lúcifer.
Ela passou por ele limpando as lágrimas e respirando fundo, ele tentou falar algo mas ela se adiantou.
—E quando a hora chegar, explique para as crianças a dor e constrangimento em que você colocou a mãe deles, quando você vai aprender que eles são o seu legado? NÓS somos seu legado! E eu pensei que você era meu…—ela desabou em lágrimas com o último fio de raiva que tinha enquanto Lúcifer caia de joelhos assustado com o que havia ouvido da esposa.
—E CORTA!— a voz de Diavolo se fez presente e em seguida as luzes acenderam fazendo Lúcifer e Mc piscarem para acostumar novamente com a claridade, Levi saiu de trás da câmera sorrindo por capturar todos os momentos em qualidade superior, Satan e Simeon que criaram o plot estavam surpresos ao ver a cena tão bem pensada se tornar realidade.A decisão de criar um filme foi tomada por Diavolo, mas dessa vez com o tema decidido entre os atores da vez, nesse caso, os sete irmãos, os meninos do purgatory hall, Barbatos e Diavolo. A cena de traição era uma peça chave ao enredo, o que serviu para aumentar a ansiedade de todos, mas por surpresa a cena na primeira vez foi concluída com máximo sucesso.
— Quem diria que Lúcifer e (mc) seriam tão bons em atuar! - Simeon se pronunciou fazendo alguns dos irmãos despertarem do choque que foi ver aquela cena, o sorriso dele era verdadeiro e escondiam orgulho se você olhasse bem a fundo, ele adora ver obras baseadas na sua escrita, ainda mais feita por seus amigos.
—pessoal vamos fazer uma pausa! — Luke falou ao sair da cozinha trazendo uma enorme bandeja com sanduíches feito por Barbatos, este por sinal saia com duas bandejas nos braços, uma de sanduíches e a outra de bebidas.
Lúcifer levantou com ajuda de (mc) e bateu as roupas para tirar a poeira que acumulou, ambos limparam as lagrimas e logo em seguida foram pegar alguns lanches antes que Beel acabasse com tudo, Asmo ia atrás deles reclamando de ter que refazer a Maquiagem pela milésima vez.
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Notas finais!:
Bem, espero que tenha ficado bom hehe.
Eu queria fazer um angst mas amo muito os personagens pra deixar apenas aquilo então fiz o plot twist. A ideia veio depois do evento paws and claws 2 no jogo, (que eu apenas fiz a rota normal porque ach chavinhas tavam difícil pra pegar , _ ,) espero ter deixado o Lucifer o mais canônico possivel.
De qualquer forma obrigada por ler!
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First Burn - imagine Lucifer!
FanfictionLucifer adentrou no recinto sabendo o que lhe esperava, havia feito merda e aquilo não passaria despercebido pela humana, ela sempre teve a personalidade forte demais para simplesmente chorar como se não houvesse amanhã e deixar o problema de lado.