Mister Morgan [ROMANCE GAY]

04

Quando terminou seu turno, Joshua se despediu dos outros funcionários desapareceu do centro da cafeteria e entrou na pequena sala para guardar o uniforme e o avental e o crachá no seu armário designado e vestir suas roupas.

No instante em que saiu do prédio foi atingindo por uma brisa congelante, que o fez se encolher e se arrepender de ignorar o conselho de seu amigo sobre vestir um casaco mais pesado. Ele teria que se encolher e congelar literalmente durante dezenas de ruas até alcançar o velho apartamento do seu amigo onde estivera hospedado nos últimos dias.

Joshua tinha decidido que as coisas estavam indo rápido demais com Peter, não estava pronto para enfrentar qualquer que fosse o relacionamento que o mais velho estava tentando iniciar. E por mais que quisesse dissociar o Peter com quem tinha conversado e iniciado uma sessão quente de beijos proibidos nos arredores de sua casa com o Sr.Morgan entrelaçado em um casamento conturbado e prestes a ruir e para quem seus pais trabalhavam a anos era extremamente difícil, mas também não podia negar que gostava de ser a pessoa leve ao lado dele e isso parecia ser exatamente o que o outro precisava.

Enquanto caminhava estava aproveitando a breve mobilidade dos seus dedos para mandar uma mensagem para seus pais avisando que não retornaria para casa porque cobriria o turno de um colega do trabalho na manhã seguinte, quando recebeu uma ligação de um número desconhecido. Por alguns segundos ponderou e resolveu ignorar e recusar a ligação e continuar a digitar a mensagem, mas antes que pudesse deixar o beco escuro e frio para entrar na rua o mesmo número ligou novamente.

— Joshua? — Disse uma voz familiar. E levou apenas dois segundos para Joshua reconhecer a voz grossa e com um tom de suavidade de Peter.

— Sr. Morgan? Peter? Como você conseguiu o meu telefone? — Questionou surpreso e envergonhado por gaguejar de nervosismo. Joshua ainda não tinha superado ou entendido o que tinha acontecido há cinco noites em seu quarto, então decidiu se afastar dos seus pais que o questionavam frequentemente sobre seus momentos de devaneios e se afastar da tentação que era a perseguição perigosa de Peter.

— Não foi muito difícil encontrar o seu número no registro de chamadas do telefone da minha casa. — Peter respondeu em um tom divertido, porque aparentemente sua mãe fazia muitas ligações do telefone da mansão para receber notícias do seu único filho. — Você está ocupado?

Joshua parou e pensou rapidamente, concluindo que definitivamente não estava ocupado no momento. Ele tinha feito planos com Vernon, prometendo ajudá-lo a empacotar e mover seus últimos pertences para o novo apartamento.

— Não, exatamente. — Joshua respondeu e ouviu um sorriso de alivio de Peter. — Porquê?

— Olhe para frente.

Assim que foi pedido a fazer, Joshua ergueu a cabeça e encontrou Peter do outro lado da rua. O homem estava vestindo um terno com uma camisa branca que ficavam ligeiramente justos nos músculos em seus braços e peito e uma calça social escura, além disso, ele estava encostado em seu carro como se fosse um ator esperando pelo seu par em um filme clichê de romance. Peter balançou o celular e acenou para Joshua, que correu para atravessar a rua e parar ao seu lado um pouco desconfortável porque não estava esperando um encontro tão cedo.

— O que você está fazendo aqui?

— Decidi que estava cansado de esperar por você aparecer em casa. — Murmurou baixinho enquanto erguia uma mão para acariciar seu queixo, que vibrou com o toque repentino. — Você se arrepende? — Peter questionou retirando a mão e a escondendo no bolso.

— Eu só estou um pouco surpreso. — Ele confessou desviando o olhar para qualquer outro ponto que não fosse Peter Morgan. — Mas, como você sabe onde eu trabalho? Isso é realmente um pouco assustador.