Capítulo 1

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"Há milhares de anos a raça humana vêm evoluindo, os humanos conhecidos como antigamente serem compostos de frágeis tecidos de carne e sentidos subdesenvolvidos deram lugar a novos descendentes, mais fortes, mais inteligentes e com novas habilidad...

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"Há milhares de anos a raça humana vêm evoluindo, os humanos conhecidos como antigamente serem compostos de frágeis tecidos de carne e sentidos subdesenvolvidos deram lugar a novos descendentes, mais fortes, mais inteligentes e com novas habilidades, as 4 raças supremas foram fundadas os Blishs, os Drakters, os Fonguers e os Tiefs, juntas governaram a Terra e a mantiveram em equilíbrio. Mas assim como seus corpos, seus sentimentos e obsessões evoluíram, depois de centenas de anos de paz as raças supremas tiveram a união quebrada e os pecados dos seus antepassados agora caiam sobre todos.

Cem anos tinham passado e a Terra tinha se transformado em um campo de batalha de uma guerra interminável, 3 das 4 raças se mantinham no governo do planeta, a raça dos evoluídos na magia os Blishs, a raça dos evoluídos na construção os Drakters e aqueles evoluídos da força corporal os Fonguers. Os Tiefs tiveram seu posto derrubado pela união das raças Fonguer e Blishs, o que levou a milhares de mortes daqueles conhecidos como psíquicos, mesmo com tamanho massacre, aqueles mais fortes conseguiram fugir e se esconder."

_Eu vou caçar todos eles mamãe- dizia o garotinho Fonguer, enquanto a sua mãe contava a história do seu povo pela quarta vez só aquela semana, noite após noite, o jovem príncipe pedia para a sua mãe contar de novo e de novo, ele se imagina caçando os Tiefs escondidos nas florestas, nas cavernas, nos desertos e nas montanhas. 

_É claro que vai querido, você vai ser como o seu pai, governar as terras do norte e comandar as tropas.- a mãe dizia para o garoto de olhos azuis elétricos e cabelos pretos espetados.
Longe dos portões dourados do castelo Fonguer, os gritos de outra mãe inundavam a caverna ao sul, a rainha foragida dos Tiefs estava dando a luz a criança que seria a esperança de toda uma raça. 

_Por favor, por favor- o rei Tief sussurrava como uma oração, enquanto segurava a mão da sua esposa. 

_Não desista, está quase- encorajava a parteira. 

E com uma ultima força junto de um grito que tremeu o teto da caverna, a mulher deu a luz a criança prometida. 

_É uma menina- a parteira disse e entregou o bebê a rainha, os olhos da mãe que antes estavam inundados de lagrimas de dor agora tinham lagrimas de fé com a sensação do pequeno ser que ela tinha em seus braços.

Pela ligação que mantinham, o rei sentia a alegria de sua amada em cada pensamento que ela tinha, talento o qual os psíquicos evoluíram, a mente era o seu maior ponto forte e por isso talvez a raça mais temida, mas com a união de duas raças supremas nem a mais forte habilidade teve chance. 

Após alguns minutos do seu nascimento a pequena princesa abriu os olhos e tudo que a rainha viu foi branco, o seu pequeno bebê tinha nascido cego, seu sorriso que antes era radiante se desmanchou assim como os seus pensamentos que antes eram esperançosos agora se mantinham preocupados. Como uma criança cega poderia acabar com a guerra? Mas mesmo assim a rainha amava aquele bebê e queria acreditar que tudo ficaria bem, talvez algum curandeiro desertor do governo Blish poderia ajudar o seu bebê. 

O Rei percebeu a mudança de pensamento da sua esposa mas também percebeu novos pensamentos, pensamentos cruéis e assassinos de outros seres que se aproximavam da caverna. Fonguers. Foi o que o rei transmitiu por pensamento para as pessoas na caverna, poucos soldados que lhe restaram, a parteira, a sua esposa e sua princesa recém nascida. 

_Pelos vários pensamentos, são muitos soldados- afirmou o rei- temos que sair daqui.
_A caverna só tem uma saída majestade, vamos ter que passar por eles para conseguir sair- um soldado concluiu. 

_Quero que mantenham a rainha e a princesa segura entenderam? -ele não esperou uma resposta e já continuou- Minha mente é a mais forte daqui eu vou tentar paralisar eles enquanto elas saem. Você- apontou para o soldado mais novo- você acompanha elas enquanto os outros permanecem comigo lutando com esses malditos.

Todos concordaram menos a rainha. 

_Você precisa ir com a gente- a mulher suplicou.

_Não, eu preciso que vocês saiam primeiro, depois eu alcanço vocês, é mais seguro. - o rei tentou reconfortá-la. 

Ela engoliu o nó que se formou na garganta e ignorou a ardência que irradiava dos seus olhos e apenas concordou. 

A rainha sabia que aquilo era um sacrifício, o rei podia ocultar seus pensamentos dos seus soldados mas não da rainha. 

As poucas luzes da caverna tremiam nas paredes e o aumento do volume dos pensamentos denunciavam que os soldados estavam cada vez mais perto.

_Agora- foi o que o Rei transmitiu para todos quando os soldados com trajes vermelhos apareceram na sua visão. 

Espadas foram brandidas e com todo o poder que lhe restava o Rei transmitia uma mensagem de parada para o cérebro dos soldados Fonguers. Eram muitos e o poder do rei Tief não era infinito, a rainha mantinha a princesa em seus braços enquanto seguia o soldado encarregado de a proteger. Poucos passos de conseguir alcançar a saída o poder do rei sobre os soldados inimigos tinha acabado e agora eles recobravam os movimentos do corpo em direção aos Tiefs. 

O rei e os soldados não tinham chance contra os Fonguers sua força física era muito maior e os poderes mentais dos Tiefs estavam enfraquecidos devido a meses de fuga, noites mal dormidas e buscas por novos esconderijos. Mesmo com esforço, o grupo Fonguer derrotou os soldados Tiefs e o rei, a rainha viu os últimos pensamentos de seu amado serem apagados da sua mente e sua ligação ser quebrada, a rainha caiu de joelhos sobre a grama da floresta e sentiu seu coração apertar dentro do seu corpo, mesmo assim abraçou o pequeno bebê em seus braços e tentou continuar, "por ela, por minha esperança, por minha filha, por meu amor" ela repetia mentalmente. 

Depois de minutos correndo junto do soldado ela sabia que eles não tinham despistado os Fonguers, ela não conseguiria mais correr, estava exausta, a menos de uma hora atrás ela estava dando a luz, com a morte do seu companheiro ela sabia que não sobreviveria também, ela poderia escapar hoje, mas daqui uns dias ela saberia que a dor da ligação quebrada a mataria. Era isso, ela estava desistindo, não da vida da sua filha mas sim da dela. 

_Espere- disse ao soldado a sua frente- você precisa protegê-la, me prometa. -disse a rainha enquanto entregava a pequena princesa para o soldado de trajes preto e com o símbolo Tiefs cravado em sua armadura. 

_O que está fazendo majestade? Vamos temos que alcançar as montanhas, o rei me deu o dever de proteger vocês- exclama rápido o soldado. 

_Andrew está morto- a rainha disse com a voz recortada- você sabe a quebra da ligação me matará também, mas primeiro eu quero que você fuja com a minha filha. Por favor me prometa que a protegera.- suplicou a rainha.

O soldado assentiu sentindo um choque se espalhar pelo seu corpo. Ele estava com medo, não medo de morrer mas medo de não cumprir a promessa feita. 

A rainha sabia que os soldados estavam perto e ela precisaria dar a sua vida para proteger a sua filha, mas antes com um gesto delicado ela encostou o dedo indicador na testa da criança e transmitiu uma mensagem para sua filha. 

"Seja forte Aria, nascida sobre a escuridão, filha de Franzia e Andrew governantes de Tief, você é a prometida"

Enquanto o soldado Tief corria levando junto do peito aquela que seria a sentenciadora do futuro das raças supremas, a rainha lutava com toda sua energia e mente contra os soldados Fonguers, mesmo quando a lamina prateada atravessou seu peito ela continuou transmitindo pensamentos ordenados aos soldados, até cada um cair sem vida e junto deles ela também caiu, com o peito inundado de sangue e fé. Fé na sua filha, fé em Aria.

Nascida sob a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora