Sou arrastada para fora de meus lindos sonhos por um barulho ensurdecedor e irritante, som já conhecido como meu querido despertador, mais um dia fazendo seu trabalho de me acordar às 6h da manhã. Resolvo não enrola para, enfim me sentar, uma certeza que tenho neste momento é de que minha cara está com a mais maravilhosa carranca de aborrecimento. Olho ao redor de meu quarto, esperando que essa ação, me ajudasse a trazer minha alma de volta ao corpo. Paro o olhar em minhas cortinas, sejam abençoados aqueles panos grossos que impedem que eu seja acordada pela sol. Balanço a cabeça quando percebo que estou começando a divagar coisas inúteis.
Após expulsar o sono de vez, e consegui novamente lembrar de meu nome, me levanto indo direto para o banheiro. Entro embaixo de uma dolorosa água gelada, tomando um torturoso banho, é ruim? Sim muito, porém ajuda a minha pele a continua bonita, e como já dizia Beyoncé, a beleza dói. Faço todos os rituais matinais que são naturais para o ser humano, como escovar os dentes e pentear os cabelo. Dou um sorrisinho enquanto faço esse segundo item, tenho muito orgulho de meus cabelos, desde o seu tom escuro formando um preto brilhoso, da sua franja, até a mecha vermelha em sua lateral, o acho lindo.
Como meu habitual de cada dia, passo uma maquiagem "forte", pois aqui não tem esse papo de "ah, mimimi são só 7h da manhã mimimi", o rosto é meu e eu faço o que eu quiser com ele. Como a grande deusa me abençoou com uma boa e bonita pele, não tenho a necessidade de passar base, nem pó, mas tenho como obrigação pessoal, passar protetor solar, delineador, rímel e lápis de olho. Por fim pego o meu batom do vermelho mais vinho que possuo, o deslizando pelos meus lábios, após o batom aplico um gloss por cima, para fica brilhoso e bonito.
Cominho de volta para o quarto enrolada na toalha, logo abrindo meu armário. Pego algumas peças de roupa, que as pessoas as caracterizariam por... Roupas de uma menina rockeiras? Bem, eu realmente sou um pouco, então não vejo problema. Ao termina de me vestir, meu corpo agora era coberto por uma calça preta justa e com rasgos nos joelhos, coturnos escuros, que me davam mais alguns poucos centímetros de altura. Na parte superior aderir por uma regata preta e uma blusa quadriculada vermelha. Por último pego minha jaqueta de couro preta favorita a colocando por cima do resto.
Paro na frente do espelho, me auto avaliando, dou um sorriso de canto, tendo a certeza de algo que já sabia a muito tempo, eu era muito gostosa. É ótimo me amar. Após meu momento de auto apreciação, saio de meu quarto, descendo em direção a cozinha.
Ao chegar no andar de baixo, percebo que não havia mais ninguém de minha família na casa, a única alma viva, além de mim, era a da simpática e amorosa senhora Márcia, a auxiliar doméstica que trabalha aqui em casa desde muito antes dos meus país pensarem em terem um filho.
- Bom dia, senhora Márcia - Digo com respeito e um sorriso no rosto, enquanto pegava leite e Sucrilhos para uma rápida refeição.
- Bom dia, senhorita Julieta - A senhora me devolvia o sorriso - Seus pais saíram bem cedo hoje, antes mesmo de eu chegar aqui.
- Ah, normal - Faço uma careta discreta após dizer isso, provavelmente minha mãe tinha ensaio da orquestra - Hoje irei chega tarde, então se quiser ir embora mais cedo tudo bem.
A senhora somente confirma levemente com a cabeça antes de sair para fazer seus afazeres. Começo a comer, usando uma das mão para segurar a colher e a outra para mexer no celular, já eram 06:40, mas não havia necessidade de me preocupar, pois as minhas aulas só começam às 07:30, eu tinha bastante tempo para chega na escola, que por sinal, nem fica longe da minha casa.
Assim que termino minha refeição, já coloco um chiclete na boca e vou em direção a porta de entrada da casa, gritando um "tchau" para a dona Márcia. Arrumo a mochila em minhas costas e subo na moto que tinha o prazer de chamar de minha, colocando o capacete e indo rumo a escola.
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Nêmesis
RomanceQuando o ódio vira desejo? Ou o desprezo vira apresso? Para aqueles dois isso nunca aconteceria, a única certeza que tinham no mundo era o ódio mútuo um pelo outro, e na visão deles isso nunca mudaria. A rivalidade vinha desde tão cedo que já era...