O Recomeço

. Capitulo 01 .

E foi naquele dia, que a chuva cada vez parece que só aumentava, o trovão era tão forte que Mark dava risada a cada susto que eu levava, e  no final riamos. Pensei que seria uma simples viagem qualquer, tinha conseguido uma semana de folga, Mark de férias, precisamos só sair um pouco da correria da cidade.

Eu não estava me sentindo muito bem, um pouco angustiada,  acho que dizem que e sexto sentindo, mas alias, pra que ligar pra isso, certo? Terminando de pegar todas as malas e colocar no carro, entramos e partimos. Estava um pouco complicado de enxergar, eu que morro de medo de chuva segurava minhas mão e nada dessa inquietação sair.

Mark - Esta tudo bem? 

Helora - Sim, só um pouco angustiada,  preocupação com a chuva na estrada.

Mark - Se acalme, não precisa disso. Ele da um sorriso e volta para o volante.

Quando ele para fazendo o retorno na rotatória...

....

Abro meus olhos com muita dificuldade, consigo sentir alguém me tirando do carro.

XXXX - Tudo bem?, preciso que a senhora fique acordada, por favor! está conseguindo me ouvir senhora?.

Helora - Mark... Minha cabeça estava muita pesada, eu só conseguia pensar nele.

XXXX - Os médicos já estão ajudando ele, fica tranquila, preciso que fique acordada.

Quando inclino minha cabeça para o lado, vejo muitas pessoas encima do carro e meus olhos se fecham.

Acho que naquele dia, a dor não estava só em meu corpo, meu coração parecia que cada pontada que dava e aquele preso dentro da minha garganta de tanto chorar e gritar, parecia que não ia ter fim. Meus pais, vieram me ajudar no hospital eu não conseguia andar, minhas pernas não se moviam, e minha sogra e cunhada não conseguiam nem falar. Os médicos disseram que a pancada foi em cheia do lado dele, onde acabou ficando preso nas ferragens e eu só me machuquei por que o carro rodou e bateu no muro. Eles fizeram o máximo que podiam para salvar a vida dele, só que os machucados estavam muito graves e não conseguiam sessar tanto sangue que ele estava perdendo, fazendo ele partir e ir a óbito na emergência. 

E de tanto implorar, quando fui ver ele com ajuda do meu pai para caminhar, encontro com o rosto muito machucado, com um saco preto fechado até o peito e ele não sorria mais, quando me via, não dizia, não abria os olhos, e vê ele daquele jeito só me fez despencar em um buraco que se abria aos meus pés naquele momento.

...Uma semana depois...

O enterro de Mark foi... triste e com muitos calmantes para conseguir digerir tudo aquilo que estava acontecendo, muitas pessoas prestaram suas homenagens a ele, alias era muito conhecido pelo seus pacientes e amigos no hospital, um médico conceituado.  E nessa altura eu estava ainda com alguns dias para ficar em casa e tentar pelo menos um pouco em organizar a minha vida, que no momento acaba de ficar sem cores.