A vida de Hannah Potter nunca foi normal, com menos de um ano, um Lord das Trevas tentou mata-la, mas falhou miseravelmente e acabou perdendo seu corpo, com isso Hannah Potter se transformou na Garota-que-sobreviveu, a criança que derrotou o Lord das Trevas. Aquele dia sem duvidas era um dia de comemoração, exceto para Hannah, afinal foi nesse dia em que ficou órfã e foi viver com os parentes da sua mãe, os Dursley.
Os Dursley eram pessoas que amavam a normalidade, e aquela criança que foi deixada em sua porta era tudo, menos normal, a garota era uma Bruxa, mas eles fariam de tudo para tirar a magia da garota.
Desde que se lembrava, sua vida vivendo com os Dursley era miserável, foi tratada como uma escrava, sempre fazendo tarefas da casa, limpando o quarto sujo e nojento do seu primo, Duda Dursley, limpando banheiros, cuidando das refeições e cuidando do Jardim. Mas tudo mudou quando completou seus 11 anos, recebeu uma carta, a carta de Hogwarts, uma escola se Magia e Bruxaria, ali ela descobriu tudo sobre ela, sobre seus pais, ela era uma bruxa.
Atualmente ela estava com 15 anos, iria iniciar o 5° Ano, e esperava seriamente que o próximo ano fosse melhor, uma coisa que ela julgava impossível, levando em conta o que aconteceu no final do seu 4° Ano.
Através de um torneio suicida, o Torneio Tri Bruxo, que Hannah Potter participou contra a vontade, o Lord das Trevas, o mesmo que matou seus pais e tentava lhe matar desde começar a estudar em Hogwarts, voltou.
A Hannah estava péssima, a pouco tempo tinha visto esse Lord das Trevas assassinar um de seus amigos no Torneio, Cedrico Diggory. A morte dele ainda lhe causava pesadelos, e agora ela estava tendo um.
- NÃO, CEDRICO. – Ela acordou gritando, e ao ver que estava em seu quarto nos Dursley se arrependeu de gritar, se seus tios ouvissem seu grito, ela com toda certeza seria castigada
- Não se preocupe, eu coloquei uma Runa de Privacidade na porta, ninguém além de mim ouviu seu grito. – Um garoto falou apontando para um desenho na porta, era circular com algumas retas que se encontravam e formava um desenho aleatório
- QUEM É VOCÊ. – Ela gritou olhando para aquele garoto, e um arrepio passou pela sua espinha, o garoto era muito parecido com a memoria de Tom Riddle, o garoto que viria a se tornar o Lord das Trevas Voldemort
O garoto na sua frente era sem duvidas nenhuma muito bonito, possuía cabelos negros que eram penteados para o lado, olhos acinzentados e um rosto fino, deixando-o com uma cara de serio. Ele vestia uma veste negra com alguns detalhes em azul.
Instintivamente a Hannah puxou sua varinha que estava em baixo do seu travesseiro e aponto no meio do rosto do garoto.
- Se acalme, não quer realizar magia fora da escola, principalmente quando o Ministério da Magia esta lhe taxando de Mentirosa por falar que o Lord das Trevas voltou. – Falou com um sorriso divertido
- Eu não sou mentirosa. – Ela rosnou ainda sem tirar os olhos do garoto
- Eu acredito em você, isso você pode ter certeza. Ele voltou. – Falou encostando-se na parede do quarto. – Pessoas bem desagradáveis ali em baixo. – Comentou descontraído
- Sim, eles são. – Concordou, mas por um momento ela se lembrou que não sabia quem era ele, e se levantou, revelando que estava apenas com uma larga camiseta do seu primo que era duas vezes maior que ela. – Quem é você? – Falou encostando sua varinha no peito do garoto, que apenas sorriu
- Gostei da roupa que você recebe as visitas. – Falou olhando para a garota com um sorriso malicioso, o que fez a garota corar, mas não tirou a varinha do peito do garoto
E o garoto pode observar a garota se perto, ela possuía cabelos negros como a noite, olhos verdes esmeralda e uma estranha cicatriz em forma de raio na testa.
- CALA A BOCA. – Gritou ainda vermelha. – E me fale quem é você e como você entrou aqui. – Ordenou já ficando com raiva
- Entrei pela porta da frente, sabe, é bem fácil girar uma maçaneta e abrir uma porta. – Falou com um sorriso sarcástico. – E não sou a pessoa que você esta pensando, não sou Tom Riddle. – Respondeu e a garota ficou ainda mais alerta com o nome
- Como você conhece esse nome? – Questionou com a sobrancelha erguida
- É bem normal eu saber o nome do meu pai, não acha? – Hannah Potter por um momento deixou a varinha cair no chão com os olhos arregalados
- O que... – Murmurou em choque, o garoto se abaixou e pegou a varinha da Hannah
- Deixe eu me apresentar, meu nome é Roman Riddle Gaunt. – Se apresentou com um sorriso divertido nos lábios
A garota encarou o garoto em choque, e seu choque só aumentou ao ver que sua varinha estava na mão do garoto. Imediatamente imagens da final do Torneio Tri Bruxo vieram em sua mente, Voldemort matando seu amigo, Voldemort a torturando e forçando-a duelar, como um instinto, ela levou a mão ao seu braço, de onde o sangue que o Lord das Trevas tinha tirado para poder realizar o ritual.
- Aqui, você deixou cair. – Roman falou entregando a varinha da garota ganhando um olhar de choque, ela lentamente tirou a mão do braço
Ela pegou a varinha olhando desconfiadamente para o garoto, não entendia o porque ele estar sendo gentil com ela, na verdade, não entendia o porquê dele estar ali. Era para estarem se matando agora, não era? Afinal ele era o filho do Lord das Trevas e ela era a Garota-que-sobreviveu.
- Sabe o porque de você ter que morar com aqueles trouxas repugnantes? – O Roman perguntou se desencostando da parede e caminhando ate a pequena janela no quarto da garota, se afastando da garota, que pelo que pode ver, não confiava nem um pouco nele
- Porquê as Alas de Sangue me protegem. – Falou olhando para o garoto sem entender apertando sua varinha, o medo brilhando em seus olhos
- E como eu estou aqui? Podendo te matar a qualquer momento? – Questionou encarando a garota curioso com a resposta que ela daria
- Você obviamente quebrou as Alas de Sangue. – Respondeu como se fosse óbvio e esse pensamento fez a garota tremer, deveria ter muitos comensais da morte em volta da sua casa
- Oh sim, e o grande Albus Dumbledore não estaria aqui para verificar o porque das Alas de Sangue da casa da Salvadora do Mundo Bruxo terem sido quebradas? – Questionou com a sobrancelha erguida, deixando a garota sem resposta alguma, ele tinha razão, se as Alas fossem quebradas, o Diretor Dumbledore teria percebido. – As Alas de Sangue ainda estão aqui, sem nenhum arranhão, eu posso garantir. – Falou com um sorriso
- E como você esta aqui? – Perguntou confusa
- Do mesmo jeito que tem integrantes da Ordem da Fenix patrulhando sua casa. – Respondeu vendo a cara de confusa da garota aumentar
- Ordem da Fênix? – Perguntou confusa
- Sim, o grupo de Bruxos que apoiaram Albus Dumbledore na primeira Guerra Bruxa, ele reativou o grupo no momento em que meu pai voltou. – Respondeu como se fosse óbvio, mas viu que a garota ainda estava confusa. – Imaginei que seus amigos tivessem lhe informado. – Comentou com curiosidade pela falta de informação da garota
- Eu não falo com eles desde o final do Ano Letivo. Mandei varias mensagens, mas nenhum deles me responderam. – Ela falou amargamente, estava furiosa com seus amigos, tinha preparado uma ultima carta para eles, se eles não a respondessem ela desistiria de tentar algum contato com eles durante as férias
- Entendo, ótima estratégia sabe, o Lord das Trevas retorna, e eles deixam a Garota-que-sobreviveu sem informações. Sem duvidas alguma são pessoas brilhantes. – Debochou e a garota teve que concordar internamente
- Você ainda não respondeu sobre as Alas de Sangue. – Falou, e pela primeira vez abaixou a varinha, mas ainda estava alerta
- Ah sim, me perdi no assunto. As Alas de Sangue não escondem a localização da sua casa, e sim bloqueia a entrada de qualquer pessoas que queira te fazer algum mal. Por isso os Membros da Ordem da Fênix podem patrulhar a propriedade, eles estão mantendo você segura. – Explicou brevemente
- E você? Não quer me fazer mal? – Perguntou duvidosa
- Eu entrei no seu quarto enquanto estava dormindo, era bem fácil te matar. Mas você esta aqui, de pé viva e ainda apenas com uma camiseta. – Debochou e fez a garota corar novamente ao lembrar da roupa que estava vestindo. – Não que eu esteja reclamando, sabe. Te achei muito bonita desde momento que entrei no seu quarto. – A garota dessa vez ficou vermelha igual um tomate e correu para fora do quarto, indo ate o banheiro
- PERVERTIDO. – Gritou antes de abrir a porta do quarto e sair correndo para o banheiro
O Roman soltou uma risada pela reação da garota. E por um momento se perguntou o quão despreparada estava a garota, na correria dela, ela acabou deixando a sua varinha em cima da cama.
- Com toda certeza ela seria uma péssima Sonserina. – Murmurou se sentando na cama, ele pode reparar que a cama era da pior qualidade, parecia que estava sentado em um degrau de cimento
Em poucos minutos a garota retornou ao quarto, agora vestia uma calça Jens surrada e uma camiseta que parecia maior que a anterior.
- Você não tem roupas para o seu tamanho? – Questionou com a sobrancelha erguida olhando para a qualidade das roupas
- Só tenho as roupas que eram do meu primo. – Admitiu com as bochechas coradas
- Você sabe que você é uma Potter, né? Você possui bastante dinheiro. – Argumentou devagar, a garota não parecia saber de muitas coisa do mundo mágico, tinha medo dela não saber o quão rica era
- Sim, eu possuo um cofre que meus pais deixaram, mas não quero gastar dinheiro com coisas fúteis, vai que eu precise. Se eu não me engano possuía algumas pilhas de galeões. – Ela falou tranquilamente, e por um momento se perguntou do porquê estava falando com esse garoto
- ALGUMAS PILHAS DE GALEÕES? – Gritou inconformado, surpreendendo a garota. – Os Potter é uma das famílias mais ricas do mundo bruxo, eles possuíam pelo menos dois cofres cheios até a boca de galeões. Sua fortuna não são algumas pilhas de galeões, são milhares de pilhas de galeões. – Falou inconformado. – Você não recebe os extratos das suas contas todos os meses? – Questionou
- Não, eu deveria? – Perguntou confusa
- Sim. – Foi tudo o que falou antes de uma pessoa aparecer na porta do quarto, quando a garota retornou do banheiro, acabou deixando a porta aberta
Um homem enorme entrou no quatro, ele quase não possuía pescoço, vestia um terno marrom, tinha um bigode enorme e uma testa suada.
- Escuta aqui pirralha, será que tem como você parar de gritar que nem uma aberração. – O homem irritado, e por um momento ele viu o garoto no quarto, ele ficou vermelho de raiva. – SUA ABERRAÇÃO, ALEM DE ANORMAL AGORA É UMA VADIA. – Gritou em furia e levantou sua mão pronto para dar um tapa no rosto da garota, que se encolheu imediatamente, já havia sentido o peso da mão do seu tio muitas vezes para saber que seria doloroso
Porém o homem parou assim que sentiu algo frio tocar sua garganta, era uma varinha. Ao olhar para o garoto, ele estremeceu, os olhos do garoto estavam vermelhos e possuía duas fendas, como se fossem olhos de serpentes, e ele estava apontando a sua varinha para o pescoço do homem.
- OUTRA ABERRAÇÃO. – Gritou assim que viu a varinha apontada para sua garganta. – Você acha que eu não conheço as regras? Você não pode usar suas esquisitices aqui. – O Homem argumentou ganhando um pequeno sorriso nos lábios
- Esquisitices? Aberração? – Murmurou, o ar no quarto esfriou, e a Hannah pode ver o rosto do Roman em fúria. – É isso que você acha da Hannah? – Sua voz não passava de um sussurro, parecia quase assobios de cobras, o que fez as duas pessoas do quarto estremecerem
A Hannah odiava o tio, realmente o odiava, mas não queria que ele morresse, queria? Ela sabia pelo olhar do Roman que ele iria assassinar seu tio, e uma parte dela queria isso, uma pequena parte em sua mente gritava para deixar o garoto mata-lo, mas o resto da sua mente pedia para ele poupa-lo.
- Roman, deixe-o. – Murmurou em um fio de voz, ela tinha tomado uma decisão, não era certo matar seu tio
O Roman olhou para a garota, e pode ver duas orbes verdes esmeralda o encarando suplicando.
- Sabe, até onde eu sei, seus pais fizeram a mesma suplica por você. – Ele falou encarando para a garota. – E ele agora são consagrados como heróis. – Seus olhos voltaram para um tom acinzentado. – Obliviate. – Imediatamente o Homem perdeu o brilho dos seus olhos. – Saia daqui, pegue sua família, e fique fora o dia inteiro. – Sussurrou lançando uma pequena onda de magia no homem, que saiu parecendo estar hipnotizado
Assim que seu tio saiu pela porta do seu quarto, a Hannah pode ouvir ele falando com sua tia e seu tio, em poucos minutos, o som do carro preencheu a casa.
- Obrigada. – Falou se sentando na sua cama, em um instante achava que levaria um tapa do seu tio, e no outro ela achou que assistiria o assassinato do seu tio
- É sempre assim? – Ele perguntou suavemente
- O que? – Ela pareceu não entender sua pergunta
- Sempre que você desagrada seus tios, eles te batem? – Ele perguntou encarando a garota
- Não, não sempre, as vezes meu castigo é ficar trancada no armário em baixo da escada. – Seus olhos pareciam tristes
- Me desculpe, eu sou péssimo com pessoas, muitos dizem que eu sou muito direto quando se trata de emoções. – Ele admitiu com um sorriso
- O que você veio fazer aqui? – Ela perguntou sem devaneio, e ele soltou uma risadinha
- Meu pai. – Ela ergueu a sobrancelha para ele. – Fui criado para ver meu pai como um herói, um homem intocável e imortal, mas desde que ele voltou, ele só está se escondendo e se preparando para uma guerra, ele teme o seu poder. – A garota pareceu ficar surpresa. – Ele me disse que apenas três pessoas podem dar trabalho nessa guerra, uma delas é Albus Dumbledore, aparentemente o velho é muito poderoso. – Ela riu pelo jeito que o garoto falou. – A segunda pessoas é você. – Ela conseguiu ficar ainda mais surpresa. – Ele diz que você não é poderosa, não sabe muitos feitiços, e mesmo sempre consegue superar ele de alguma forma e escapar das suas garras. Isso intriga ele. – A garota soltou um pequeno sorriso. – Do mesmo jeito que me instiga, sua magia é muito poderosa, mas você não foi treinada para o duelo, então como você sempre consegue superar o Lord das Trevas? – Questionou encarando a garota analiticamente
- Eu...eu não sei. – Admitiu com sinceridade
E ele soltou uma longa risada, e a garota o encarou estranhamente.
- Me perdoe. – Falou tentando parar de rir. – A garota que dá tanto trabalho para o Lord das Trevas não tem ideia de como faz isso. Isso é hilário. – Explicou o porque da risada repentina ainda dando um pouco de risada
- Nós somos inimigos? – Ela perguntou do nada, enquanto o garoto ainda tentava conter o riso, e a pergunta da garota o fez parar de rir
- Você é inimiga do meu pai, isso não tenho duvidas. – Falou com um sorriso divertido. – Mas eu não sou meu pai. – Ele ergueu sua manga esquerda, mostrando seu braço. – E muito menos um dos seus Comensais da Morte. Não me importo com a guerra, não compactuo com nenhum dos dois lados. Acho o lado das trevas muito extremista, e o lado da luz é muito passivo. Não faço parte dessa guerra, sou uma pessoa neutra, por isso não sou seu inimigo, e nem inimigo do meu pai. Sou apenas Roman Riddle Gaunt. – Explicou sua visão sobre ambos os lados da guerra, e a garota se deixou se surpreender, ela esperaria que ele fosse lutar pelas travas, afinal ele era o filho do Lord das Trevas
Ela encarou o Roman por alguns segundos, ela não sabia o porquê, mas algo em sua mente estava lhe dizendo que ele falava a verdade, e isso a surpreendeu, espera apenas mentiras vindo do filho do Lord das Trevas, obviamente que ele poderia estar mentindo, mas algo dentro dela gritava que ele falava a verdade, era estranho.
- Vim até aqui por queria conhecer você, não o que os jornais ou o que o meu pai fala sobre você, queria conhecer a verdadeira Hannah Potter. – Falou com um sorriso
Ela analisou ele novamente, olhou para a carta que estava em cima da sua mesa, era uma carta para os seus amigos, os mesmos amigos que haviam ignorado a garota durante esse verão. Encarou o garoto e sorriu.
- Me leve até Gringotes, quero saber mais sobre a família Potter. – Ela falou firmemente, e agora foi a vez do Roman se surpreender
- Que aleatório... – Murmurou e sorriu. – Venha, vamos sair pelos fundos, assim que estivermos a algumas quadras daqui eu poderei sumir junto de você sem ser percebido. – Ele explicou
- Espere um pouco, irei trocar de roupa. – Ela falou pegando um par de roupas do seu primo, as que estavam em melhor condição e caminhou ate o banheiro, mas parou antes de sair do seu quarto. – Você disse que existiam 3 pessoas que poderiam dar trabalho para o seu pai nessa guerra, quem é a terceira pessoa? – Ela perguntou curiosamente
- Este seria eu, Senhorita Potter. – Falou com um sorriso orgulhoso no rosto
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Lord Black-Gaunt
FantasyO garoto que com apenas 15 anos se tornou um Mestre em Runas, com 3 anos descobriu que podia conversar com cobras e com apenas 5 anos descobriu que era um Jumper. Esse é Roman Riddle Gaunt, o Filho do Lord das Trevas.