1_Birthday in darkness

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14 de julho de 1985

Era aniversario de 5 anos da pequena Amélia, plena 06:30 da manhã e a garota já estava acordada se arrumando para tomar seu café. Amélia descia as escadas de sua casa extremamente animada, quando estava no último degrau avistou sua mãe preparando o café da manhã.

__Bom dia mamãe.__diz a pequena correndo e abraçando sua mãe e a mesma retribui.

__Bom dia meu amor, feliz aniversário!

__Obrigada mamãe!

__Venha, vamos tomar café

__Mamãe, o Cedrico e meu padrinho vão vir?

__Ontem a noite chegou uma carta do pai de Cedrico dizendo ele não poderia vir, pois está doente; e seu padrinho... só vai poder vir amanhã.__A criança faz bico__Mas o Cedrico vai te mandar uma carta.

__Ele está bem?__Pergunta preocupada.

__Sim, não é nada grave, apenas um resfriado, vai ficar bem.

As duas tomavam seu café enquanto a mais nova ficava falando sobre uma borboleta azul que pousou no seu dedo na tarde anterior enquanto desenhava no jardim, a garota falava animadamente e sua mãe apenas a observava com um sorriso no rosto por sua filha ser tão alegre, mesmo sendo apenas elas duas naquela casa não tão grande, mas não tão pequena, tinham um jardim enorme onde as duas passavam a maior parte do tempo, lendo, desenhando, cantando, dançando, entre outras brincadeiras. Amélia por mais que fosse uma criança doce e bondosa, era muito tímida e não conseguia se socializar com as outras crianças, além de acharem ela estranha por falar com cobras, o único amigo que ela tinha era o Cedrico, por mais que ele fosse 3 anos mais velho que Amélia, o garoto era muito gentil, e é a unica criança que gostava e bricava com Amélia.
Tudo oque ela queria era ver sua filha feliz e a proteger de todo o mal, mas ela sabia que não iria poder, uma hora iram encotra-las e não poderiam mais ficar fugindo.

   (...)

Já era de tarde e não parava de chover. Amélia estava sentada na poltrona de sua mãe perto da janela, a garota olhava com um olhar triste para fora, por não poder sair.

__Desculpe querida.__ fala e se abaixa para ficar do mesmo tamanho de sua filha.__Está chovendo muito, não podemos fazer o piquenique lá fora.

__Tudo bem, mamãe.__a pequena diz desanimada.

__Não fique triste, podemos fazê-lo dentro de casa.__ a menina levanta animadamente da poltrona com a fala da mãe.

__Magia! Mamãe usa sua vareta!__fala dando pulinhos.

__É uma varinha.__diz rindo__Tudo bem, vamos arrumar as coisas.

As duas empurram o sofá para ter mais espaço, com sua varinha na mão a mais velha a balança suavemente conjurando um feitiço fazendo com que a toalha do piquenique que estava dobrada sobre a bancada começasse a flutuar até o chão da sala e assim se desdobrando, logo em seguida ela faz a comida flutuar até a toalha no chão. O resto da tarde foi agradável, por mais que lá fora ainda estivesse chovendo, elas comiam, brincavam cantavam e dançavam, só se ouvia risos por toda a casa.

(...)

O sol já havia dado lugar a lua, as luzes das casas próximas começavam a se acender. Amélia estava sentada no colo de sua mãe que por sua vez estava sentada na poltrona perto da janela que dava vista para o jardim. Amélia observava a chuva cair, enquanto a doce mulher contava uma história.

Eu Sou Diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora