Nine

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Nos divertimos bastante, como uma família, já que nos consideramos assim. Fiz amizade com a garota que Han ajudou e cuidou durante todo esse tempo, conversamos sobre algumas coisas nas quais Han não se interessava.

De noite, por volta das 20:30 estávamos todos nós dividindo, se despedindo para voltar para as suas casas, estamos mais velhos e cansados, não aguentamos mais toda a animação das reuniões igual antes. Me despedi de Toretto, com um abraço, ele chegou a me levantar do chão e eu soltei um gritinho fino e baixo.

"Obrigado por cuidar de Brian, não poderia pensar em outra pessoa melhor do que você para ser madrinha dele." – Dom diz todo bobo.

"Aquele rapazinho é um amor de pessoa, nunca negaria ficar umas semanas com ele." – Eu disse vendo o mini Brian correr na nossa direção.

Toretto pegou o garoto no colo todo sorridente, e me olhou novamente, ainda com um sorriso nos lábios.

"Vou sentir saudades..."

"Eu também vou... Mas em compensação, ensinei o Brian a fazer aquele bolo de cenoura com cobertura de chocolate que você tanto adora, ensinei até o meu segredo!" – Disse olhando para Brian.

"E qual é o segredo?" – Dom diz olhando para o filho.

"Não posso contar, é segredo." - O garoto diz  inocente.

Eu e Dom demos risada desse momento, me despedi de Brian e sai da casa do Toretto, fui até meu carro e no meio do caminho vi alguém encostado nele com um pacote pequeno de algo nas mãos.

Continuei caminhando e parei de frente da pessoa, Han me olha e sorri, me oferece o que estava dentro do pacote mas eu nego.

"Saudades de me atrapalhar a ir embora?" – Digo olhando para ele ainda encostado no carro

"Você nem imagina!" – Han diz cruzando os braços – "E agora?... O que vai acontecer com nós dois?"

"Eu não sei..." – Digo abaixando a cabeça – "Eu não faço a menor ideia do que fazer, como agir, o que sentir..."

"Você ainda tem o espírito de adolescente rebelde que eu conheci." – Ele solta um suspiro, como uma risada – "Pode agir como antes, fazer suas piadas sem graça, me morder quando eu te irritar, fazer careta estranha..." – Ele diz me cutucando na barriga – "Me contar o que você enxerga quando olha para o céu, me encarar e ficar com vergonha, juntar nossas mãos..." – Ele as junta – "cantarolar alguma música da infância."

Minha ansiedade estava a mil por hora, uma explosão de sentimentos surgia a cada vez que Han se aproximava, mas no momento em que os lábios dele tocaram os meus, a respiração quente estava perto da minha, eu não aguentava.

Nos beijamos, e diferente de antes, esse beijo era perfeito, eu sentia todos os sentimentos possíveis de se sentir naquele momento: saudade; amor; raiva; ansiedade; paixão; medo; excitação. Paramos o beijo e ficamos nos encarando por poucos instantes, foi aí que percebi, ele pegou a chaves do meu carro.

Entrei no carro pela porta do passageiro, já que Han pegou a chaves do meu carro. Durante todo o caminho fomos escutando algumas músicas e cantando elas também, e também fui dizendo a Han o caminho para minha casa, e com pouca demora nós chegamos. Estacionamos o carro na garagem e entramos em minha casa, coloquei minha bolsa na mesinha que havia na entrada e segui para a cozinha, Han me seguiu.

Pego duas taças e um vinho de 2012, o abri e coloquei o líquido em ambas taças, entreguei a taça para Han e fomos para o segundo andar, indo para a varanda se sentando nas cadeiras confortáveis. Olhamos para o céu e nos olhamos ao mesmo tempo, sorrimos juntos e bebemos o vinho juntos.

"Estamos conectados." - Han diz aos sussurros.

"Sim... Podíamos nos conectar por corpos e não só por alma." - Disse olhando fixamente para Han Lue.

"Podemos, basta você querer..." - Han se senta desajeitado com os braços no joelho.

"Eu quero..."

Me levanto indo até Han, segurando o rosto dele e o beijando suavemente.

𝙒𝙚𝙡𝙘𝙤𝙢𝙚 𝙩𝙤 𝙏𝙝𝙚 𝙘𝙡𝙪𝙗 ◆  𝘽𝙚𝙢 𝙫𝙞𝙣𝙙𝙖 𝙖𝙤 𝙘𝙡𝙪𝙗𝙚 Onde histórias criam vida. Descubra agora