CAPÍTULO 1

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( SEM REVISÃO)

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JULY

- Inferno - grito quando Metusa, que deveria ter no nome mais o além joga a bola de vôlei na minha cabeça. Racista de merda.

- Desculpa querida. Pensei que você iria pegar - olho para a galinha de macumba na minha frente e respiro fundo. Não posso dar mais dor de cabeça para minha mãe. Ela já tem aquele bêbado, viciado em jogos para se preocupar.

- Tudo bem fofa. Acho que sua lente de contato está com problemas. Volte no oftalmologista. - seu sorriso idiota some. E a professora manda nós duas pararmos. Ignoro a presença dela.

- July você vai na minha festa? - pergunta Brenda toda animada. Ela é muito simpática e uma das lideres de torcida.

- Não poderei ir pois já tenho outro compromisso. - ela concorda e logo sai.

Não menti sobre o compromisso. Hoje o babaca do Nero resolveu fazer um jantar lá em casa, ele quer aparecer para os sócios, eles não estão gostando da sua conduta.

Se nós ainda não estamos falidos, deve ser um milagre. Pois, todos os dias há alguém o cobrando. Tenho minhas dúvidas se realmente ainda temos uma condição financeira estável.

Troco de roupa e volto para casa, eu odeio fazer educação física. Sou péssima em qualquer esporte. Acho que nem consigo participar de um jogo de botão.

Mamãe está organizando o evento. Tudo do bom e melhor, pois, aí dela se errar em alguma coisa. Ele a arrebenta. Não estou falando no sentido figurado não. Nero bate na minha mãe desde quando eu me entendo por gente.

Já disse para ela o abandonar, irmos embora para outro país, mas, ela insiste que tudo vai mudar, que as coisas vão melhorar, contudo, eu não vejo isso acontecer.

Nero era sócio do meu pai, ele morreu quando eu tinha três anos, dois anos depois minha mãe e ele ficaram juntos, no começo como toda relação, era só flores e ele um marido exemplar.

Quando eu tinha dez anos lembro da primeira vez que vi minha mãe toda marcada. Ela alegou que tinha caído no quarto, depois no banheiro, escada, cozinha. Cada tombo era no momento que eu não estava em casa. Desconfiei. Até ter a real prova que ele a machucava.

Implorei tantas vezes para nós fugirmos desse lugar. Hoje estou com 15 anos e ainda não posso ser responsável pela minha vida. Mamãe não aceita me emancipar, tenho a herança que meu pai deixou e as ações da empresa se ainda não estiver falida que me pertence.

Vejo mamãe se iludir como tantas mulheres por aí, elas acreditam que foi só o primeiro tapa, a primeira vez, não se iludam, a partir do momento que ele te bater a primeira vez, vai bater a segunda, seja um tapa, puxão de cabelo, um arranhão. Ele não te respeitou a primeira vez e nunca mais voltará a te respeitar.

Acabe com uma relação abusiva, não seja submissa, não aceite que sua luz se apague por amá-lo mais do que a você mesma. Antes viver uma vida sem tanto luxo, mas com felicidade, do que ter tudo, menos o mais importante, que é o respeito do seu companheiro.

NATAN LIVRO 1 - SÉRIE DESEJO INCONTROLÁVELOnde histórias criam vida. Descubra agora